80 mil portugueses emigraram em 2018: é o número de saídas mais baixo dos últimos oito anos

28-02-2020
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O Observatório da Emigração estima que 80 mil portugueses tenham deixado o país em 2018. São menos cinco mil do que no ano anterior e é preciso recuar até 2010 para encontrar um número de saídas mais baixo, mostra o relatório do Observatório da Emigração relativo a 2018, apresentado esta terça-feira.

“A descida observada depois do pico de 2013 está globalmente correlacionada com a retoma da economia portuguesa, sobretudo no plano da criação de emprego, bem como com a redução da atração de países de destino como o Reino Unido, devido ao efeito ‘Brexit’, e Angola, devido à crise económica desencadeada com a desvalorização dos preços do petróleo”, resume o Relatório da Emigração. Entre 2017 e 2018, o facto de o Reino Unido, Angola e Suíça terem deixado de ser tão atrativos para os emigrantes justifica o essencial da redução da emigração.

Segundo o Observatório, “as variações do volume da emigração portuguesa dependem hoje mais de mudanças de contexto nos principais países de destino do que da evolução da economia portuguesa”. E ao contrário do que poderia esperar-se, o fluxo de saídas de portugueses não deverá recuar para níveis mais baixos do que os registados antes da crise. É que entretanto foram criadas redes de migração e novos destinos que atraem mais portugueses.

Apesar de a emigração para o Reino Unido ter caído 17%, o país foi escolhido por 19 mil portugueses e continua a ser o principal destino. As saídas para Angola baixaram 36% e para a Suíça desceram 6%. Alguns outros países, como os do Norte da Europa, receberam mais portugueses no ano passado. Mas o único caso que regista uma subida sustentada há já quatro anos é Espanha: em 2018, a emigração portuguesa para o país vizinho subiu 18% (10 mil novas entradas).

Como principais destinos dos fluxos seguem-se, com valores entre os 5 e 10 mil portugueses, a Alemanha, França e Suíça. Fora da Europa, destaca-se Angola, Moçambique e Brasil.

Menos 40 mil saídas do que no pico da crise

As estimativas do Observatório da Emigração são feitas todos os anos, com base nas estatísticas de entrada nos países de destino. E os dados mostram que no pico da crise, em 2013, emigraram cerca de 120 mil portugueses, mantendo-se perto dos 115 mil nos dois anos seguintes. Desde 2015 as saídas têm vindo a diminuir.

Portugal continua a ser o país da União Europeia com mais emigrantes em proporção da população residente (considerando apenas os países com mais de um milhão de habitantes), conclui o relatório. De acordo com as estimativas, há cerca de 2,3 milhões portugueses (nascidos em portugal) a viver no estrangeiro, ou seja, 22% dos portugueses vivem fora do país.

Na nota introdutória deste relatório, apresentado no Ministério dos Negócios Estrangeiros esta terça-feira, a secretária de Estado das Comunidades, Berta Nunes, faz referência à importância de “desenhar políticas de fixação” dos jovens que estão a entrar no mercado de trabalho em Portugal, assim como políticas de incentivo ao regresso.

“É relevante notar também que muitos dos cidadãos que regressam, ou se fixam em Portugal todos os anos, são cidadãos nacionais, na sua maioria naturais de Portugal. Quer isto dizer que o saldo migratório tem crescido igualmente devido ao regresso de portugueses ao seu país: o INE estima que em 2018 tenham regressado ao Portugal 20.415 cidadãos portugueses, o que representa 47,2% das entradas permanentes no nosso país nesse ano”, escreve Berta Nunes.

O Observatório da Emigração estima que 80 mil portugueses tenham deixado o país em 2018. São menos cinco mil do que no ano anterior e é preciso recuar até 2010 para encontrar um número de saídas mais baixo, mostra o relatório do Observatório da Emigração relativo a 2018, apresentado esta terça-feira.

“A descida observada depois do pico de 2013 está globalmente correlacionada com a retoma da economia portuguesa, sobretudo no plano da criação de emprego, bem como com a redução da atração de países de destino como o Reino Unido, devido ao efeito ‘Brexit’, e Angola, devido à crise económica desencadeada com a desvalorização dos preços do petróleo”, resume o Relatório da Emigração. Entre 2017 e 2018, o facto de o Reino Unido, Angola e Suíça terem deixado de ser tão atrativos para os emigrantes justifica o essencial da redução da emigração.

Segundo o Observatório, “as variações do volume da emigração portuguesa dependem hoje mais de mudanças de contexto nos principais países de destino do que da evolução da economia portuguesa”. E ao contrário do que poderia esperar-se, o fluxo de saídas de portugueses não deverá recuar para níveis mais baixos do que os registados antes da crise. É que entretanto foram criadas redes de migração e novos destinos que atraem mais portugueses.

Apesar de a emigração para o Reino Unido ter caído 17%, o país foi escolhido por 19 mil portugueses e continua a ser o principal destino. As saídas para Angola baixaram 36% e para a Suíça desceram 6%. Alguns outros países, como os do Norte da Europa, receberam mais portugueses no ano passado. Mas o único caso que regista uma subida sustentada há já quatro anos é Espanha: em 2018, a emigração portuguesa para o país vizinho subiu 18% (10 mil novas entradas).

Como principais destinos dos fluxos seguem-se, com valores entre os 5 e 10 mil portugueses, a Alemanha, França e Suíça. Fora da Europa, destaca-se Angola, Moçambique e Brasil.

Menos 40 mil saídas do que no pico da crise

As estimativas do Observatório da Emigração são feitas todos os anos, com base nas estatísticas de entrada nos países de destino. E os dados mostram que no pico da crise, em 2013, emigraram cerca de 120 mil portugueses, mantendo-se perto dos 115 mil nos dois anos seguintes. Desde 2015 as saídas têm vindo a diminuir.

Portugal continua a ser o país da União Europeia com mais emigrantes em proporção da população residente (considerando apenas os países com mais de um milhão de habitantes), conclui o relatório. De acordo com as estimativas, há cerca de 2,3 milhões portugueses (nascidos em portugal) a viver no estrangeiro, ou seja, 22% dos portugueses vivem fora do país.

Na nota introdutória deste relatório, apresentado no Ministério dos Negócios Estrangeiros esta terça-feira, a secretária de Estado das Comunidades, Berta Nunes, faz referência à importância de “desenhar políticas de fixação” dos jovens que estão a entrar no mercado de trabalho em Portugal, assim como políticas de incentivo ao regresso.

“É relevante notar também que muitos dos cidadãos que regressam, ou se fixam em Portugal todos os anos, são cidadãos nacionais, na sua maioria naturais de Portugal. Quer isto dizer que o saldo migratório tem crescido igualmente devido ao regresso de portugueses ao seu país: o INE estima que em 2018 tenham regressado ao Portugal 20.415 cidadãos portugueses, o que representa 47,2% das entradas permanentes no nosso país nesse ano”, escreve Berta Nunes.

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