Orçamento sem Bloco

15-12-2020
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Ninguém esperava outra coisa do BE. Não tendo tudo o que queria, por agora, atira para a frente, se o Governo vergar. O orçamento vai ser aprovado na generalidade, com as abstenções anunciadas, e discutido ferozmente na especialidade. É o tempo, e a oportunidade, para se resolverem assuntos pendentes, e manter o jogo do avança e recua dos que se vão abster e do BE.

Convenhamos, para que não existam dúvidas, que quem se abstém num Orçamento de Estado está a aprová-lo, por defeito. Mas persiste um grave problema: o Governo tem de andar mais depressa, e encontrar parceiros seguros, que o ajudem em 2021, um ano que não será positivo, fácil, e muito menos com o PIB a crescer.

Temos a Presidência portuguesa da União, o que coloca o PM politicamente voltado para a Europa, o que é muito bom, até para forçar o andamento da ajuda financeira acordada na União. Já se percebeu, infelizmente, que só lá para meados do próximo ano é que esses fundos começarão a chegar, e isso são muitos meses perdidos. No intervalo haverá um orçamento retificativo, e estamos para ver, sem adivinhação, em que condições estará Portugal, com a pandemia.

No seu estilo, o Bloco só podia votar contra, na generalidade. Se vai fazer o mesmo na aprovação final e global, estamos para ver. A estabilidade que o país e o Governo precisam está nas mãos do PCP, que continua a ser um partido muito estável e previsível, e também do Bloco, que por agora saiu do jogo. Uma governação sólida, nesta fase de grande incerteza, exige, como disse o PM, um acordo para uma geringonça que dure até 2023. É indiscutível.

Governar ao sabor da vontade política de outros partidos é demasiado inseguro, arriscado, e de futuro incerto. E tanto pior será, quanto maior a crise pandémica e económica. Por agora resolve-se, mas uma legislatura assim, aos solavancos, neste tempo, será sempre precária. É tudo o que não precisamos.

Ninguém esperava outra coisa do BE. Não tendo tudo o que queria, por agora, atira para a frente, se o Governo vergar. O orçamento vai ser aprovado na generalidade, com as abstenções anunciadas, e discutido ferozmente na especialidade. É o tempo, e a oportunidade, para se resolverem assuntos pendentes, e manter o jogo do avança e recua dos que se vão abster e do BE.

Convenhamos, para que não existam dúvidas, que quem se abstém num Orçamento de Estado está a aprová-lo, por defeito. Mas persiste um grave problema: o Governo tem de andar mais depressa, e encontrar parceiros seguros, que o ajudem em 2021, um ano que não será positivo, fácil, e muito menos com o PIB a crescer.

Temos a Presidência portuguesa da União, o que coloca o PM politicamente voltado para a Europa, o que é muito bom, até para forçar o andamento da ajuda financeira acordada na União. Já se percebeu, infelizmente, que só lá para meados do próximo ano é que esses fundos começarão a chegar, e isso são muitos meses perdidos. No intervalo haverá um orçamento retificativo, e estamos para ver, sem adivinhação, em que condições estará Portugal, com a pandemia.

No seu estilo, o Bloco só podia votar contra, na generalidade. Se vai fazer o mesmo na aprovação final e global, estamos para ver. A estabilidade que o país e o Governo precisam está nas mãos do PCP, que continua a ser um partido muito estável e previsível, e também do Bloco, que por agora saiu do jogo. Uma governação sólida, nesta fase de grande incerteza, exige, como disse o PM, um acordo para uma geringonça que dure até 2023. É indiscutível.

Governar ao sabor da vontade política de outros partidos é demasiado inseguro, arriscado, e de futuro incerto. E tanto pior será, quanto maior a crise pandémica e económica. Por agora resolve-se, mas uma legislatura assim, aos solavancos, neste tempo, será sempre precária. É tudo o que não precisamos.

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