Detetives britânicos acreditam que Sergei Skripal e a filha foram envenenados à porta de casa

23-06-2020
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Detetives britânicos acreditam que o ex-espião russo Sergei Skripal e a sua filha, Yulia Skripal, foram envenenados à porta de casa, em Salisbury, no sul de Inglaterra.

A suspeita foi lançada depois de os detetives terem detetado uma concentração elevada de um gás neurotóxico naquela localização. Não foram revelados detalhes sobre a substância, mas vários cientistas britânicos garantiram que a arma utilizada no envenenamento foi o Novichok, um agente tóxico desenvolvido pela União Soviética e que é dez vezes mais potente que o agente VX, considerada até hoje a substância mais fatal de uma lista elaborada pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

Sergei Skripal e a sua filha continuam hospitalizados em estado muito grave e as hipóteses de sobreviverem são poucas, disse esta quarta-feira uma sobrinha do antigo espião em entrevista à BBC. “O prognóstico não é de facto bom. Tenho 1% de esperança. Mesmo que sobrevivam, vão ficar inválidos para o resto das suas vidas”, afirmou Viktoria Skripal.

Dean Haydon, comissário da unidade antiterrorista da polícia britânica, esclareceu que a hipótese tida como mais provável é a de que Sergei Skripal e a sua filha tenham sido de facto envenenados à porta de casa. “É aí que temos centrado a nossa investigação”, afirmou o comissário, alertando os residentes para a presença, nos próximos dias, de detetives junto à casa do antigo espião russo.

Desde o início das investigações ao envenenamento, atribuído pelo Reino Unido aos serviços secretos de Moscovo, foram detetados vestígios do mesmo gás neurotóxico noutros sítios, mas em concentração inferior.

Depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, ter negado que Portugal se tenha excluído da ação conjunta de expulsar diplomatas russos e explicado que o país “usa da prudência” no plano bilateral de forma a “defender os interesses nacionais”, a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, afirmou esta quarta-feira que o Governo português pode mudar de posição depois do Conselho Europeu de 16 de abril e no Conselho Europeu de junho.

Durante a reunião da comissão parlamentar de Assuntos Europeus realizada esta quarta-feira, a secretária de Estado defendeu que Portugal não está “isolado” nem “abandonou o Reino Unido”, tendo invocado aspetos "pragmáticos" para justificar a decisão de não expulsar diplomatas russos do país. “Nós temos três diplomatas em Moscovo. Se expulsarmos diplomatas ficamos sem ninguém lá”. Até agora, foram mais de vinte os países que expulsaram diplomatas russos do seu território, 16 deles pertencentes à União Europeia. Também a NATO anunciou ter expulsado sete diplomatas da missão da Rússia junto da organização e ter rejeitado os pedidos de acreditação para outros três elementos da mesma missão.

Ainda na terça-feira, soube-se que o embaixador português em Moscovo foi chamado a Lisboa, o que, na perspetiva de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, constitui “um aviso” e “uma decisão forte por parte do Estado português”, conforme afirmou esta quarta-feira à entrada para a estreia de uma peça no Teatro Municipal Mirita Casimiro, em Cascais.

Detetives britânicos acreditam que o ex-espião russo Sergei Skripal e a sua filha, Yulia Skripal, foram envenenados à porta de casa, em Salisbury, no sul de Inglaterra.

A suspeita foi lançada depois de os detetives terem detetado uma concentração elevada de um gás neurotóxico naquela localização. Não foram revelados detalhes sobre a substância, mas vários cientistas britânicos garantiram que a arma utilizada no envenenamento foi o Novichok, um agente tóxico desenvolvido pela União Soviética e que é dez vezes mais potente que o agente VX, considerada até hoje a substância mais fatal de uma lista elaborada pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

Sergei Skripal e a sua filha continuam hospitalizados em estado muito grave e as hipóteses de sobreviverem são poucas, disse esta quarta-feira uma sobrinha do antigo espião em entrevista à BBC. “O prognóstico não é de facto bom. Tenho 1% de esperança. Mesmo que sobrevivam, vão ficar inválidos para o resto das suas vidas”, afirmou Viktoria Skripal.

Dean Haydon, comissário da unidade antiterrorista da polícia britânica, esclareceu que a hipótese tida como mais provável é a de que Sergei Skripal e a sua filha tenham sido de facto envenenados à porta de casa. “É aí que temos centrado a nossa investigação”, afirmou o comissário, alertando os residentes para a presença, nos próximos dias, de detetives junto à casa do antigo espião russo.

Desde o início das investigações ao envenenamento, atribuído pelo Reino Unido aos serviços secretos de Moscovo, foram detetados vestígios do mesmo gás neurotóxico noutros sítios, mas em concentração inferior.

Depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, ter negado que Portugal se tenha excluído da ação conjunta de expulsar diplomatas russos e explicado que o país “usa da prudência” no plano bilateral de forma a “defender os interesses nacionais”, a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, afirmou esta quarta-feira que o Governo português pode mudar de posição depois do Conselho Europeu de 16 de abril e no Conselho Europeu de junho.

Durante a reunião da comissão parlamentar de Assuntos Europeus realizada esta quarta-feira, a secretária de Estado defendeu que Portugal não está “isolado” nem “abandonou o Reino Unido”, tendo invocado aspetos "pragmáticos" para justificar a decisão de não expulsar diplomatas russos do país. “Nós temos três diplomatas em Moscovo. Se expulsarmos diplomatas ficamos sem ninguém lá”. Até agora, foram mais de vinte os países que expulsaram diplomatas russos do seu território, 16 deles pertencentes à União Europeia. Também a NATO anunciou ter expulsado sete diplomatas da missão da Rússia junto da organização e ter rejeitado os pedidos de acreditação para outros três elementos da mesma missão.

Ainda na terça-feira, soube-se que o embaixador português em Moscovo foi chamado a Lisboa, o que, na perspetiva de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, constitui “um aviso” e “uma decisão forte por parte do Estado português”, conforme afirmou esta quarta-feira à entrada para a estreia de uma peça no Teatro Municipal Mirita Casimiro, em Cascais.

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