Governo quer plano nacional para combater fake news e ciberataques

25-10-2019
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Governo quer plano nacional para combater fake news e ciberataques A secretária de Estado dos Assuntos Europeus sublinha terem-se detetado "interferências nos sítios públicos das páginas 'web' dos ministérios".Ana Paula Zacarias© MIGUEL A. LOPES/LUSADN/Lusa30 Agosto 2019 — 18:23FacebookTwitterComentarPartilharTópicossegurançapodercibersegurançaRelacionadoslegislativas 2019Equipas do Facebook que combatem fake news vão estar atentas a Portugalfake newsCorrupção e racismo são os temas dominantes da desinformação antes das eleiçõesfake newsRefugiados e fake news ressuscitadas em véspera de eleiçõesO Governo português formalizou esta sexta-feira a candidatura ao Centro Europeu de Excelência para Combate às Ameaças Híbridas, visando aprender como se defender face a fenómenos como desinformação e ciberataques e criar um plano nacional para os combater."Este é um tema interessante para Portugal porque temos, em Lisboa, a academia da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] sobre cibersegurança, que está a desenvolver uma ação nacional e a fazer a identificação dos nossos pontos de vulnerabilidade para podermos fazer um plano nacional de luta contra as ameaças híbridas", afirmou à Lusa a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias.Falando no final da reunião informal dos chefes da diplomacia da União Europeia (UE), em Helsínquia, no âmbito da presidência comunitária finlandesa, a governante explicou que foi para se precaver perante tais fenómenos que o país entregou o pedido de adesão ao Centro Europeu de Excelência para Combate às Ameaças Híbridas.Fechar
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Subscrever"Prepara-nos melhor para toda a necessidade de cooperação nesta matéria, de troca de informação, quer ao nível da UE, quer ao nível da NATO", justificou Ana Paula Zacarias, justificando a candidatura do país ao centro, que ainda terá de ser aprovada numa reunião daquela estrutura a decorrer em outubro.Segundo a secretária de Estado, em causa estão ameaças como a desinformação e os ciberataques."Nós normalmente damos atenção às 'fake news', à manipulação da informação, essa tem sido a parte mais visível, mas depois [...] temos tido interferências nos sítios públicos das páginas 'web' dos ministérios", precisou Ana Paula Zacarias.Estas ameaças, "muitas vezes, são dirigidas ao Estado, aos órgãos políticos, a interferências em processos eleitorais, mas também afetam empresas, serviços financeiros", observou a responsável."Temos de falar e ver o que é identificado como ameaça e o que cada setor está a fazer para se precaver e tentarmos encontrar uma linha a nível nacional", adiantou.A criação deste plano nacional implica, assim, uma cooperação entre os ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, mas também da Cultura, por tutelar a comunicação social, bem como a colaboração de entidades como o Centro Nacional de Cibersegurança.Criado em 2017 pelo governo finlandês, o centro junta Estados-membros da UE, como Alemanha, Áustria, Chipre, Dinamarca, Estónia, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França, Itália, Grécia, Letónia, Lituânia, Holanda, Polónia, República Checa, Roménia, Suécia e Reino Unido.Agrega, ainda, membros da NATO, como o Canadá, Estados Unidos, Noruega, Montenegro.Neste centro internacional existem, assim, profissionais e especialistas do setor que ajudam os membros a entender e a criar formas de defesa contra ameaças híbridas.Este 'hub' está sediado em Helsínquia, cidade que acolheu, entre quinta-feira e hoje, a reunião dos chefes da diplomacia da UE, na qual foram discutidas estas ameaças híbridas.O tema esteve também na agenda dos ministros de Defesa da União, que se reuniram na cidade entre quarta-feira e quinta-feira, e é uma das prioridades da presidência finlandesa da UE.Para aderir a este centro, Portugal vai pagar uma verba anual de 60 mil euros, montante que poderá vir a diminuir caso o número de membros aumente.

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Governo quer plano nacional para combater fake news e ciberataques A secretária de Estado dos Assuntos Europeus sublinha terem-se detetado "interferências nos sítios públicos das páginas 'web' dos ministérios".Ana Paula Zacarias© MIGUEL A. LOPES/LUSADN/Lusa30 Agosto 2019 — 18:23FacebookTwitterComentarPartilharTópicossegurançapodercibersegurançaRelacionadoslegislativas 2019Equipas do Facebook que combatem fake news vão estar atentas a Portugalfake newsCorrupção e racismo são os temas dominantes da desinformação antes das eleiçõesfake newsRefugiados e fake news ressuscitadas em véspera de eleiçõesO Governo português formalizou esta sexta-feira a candidatura ao Centro Europeu de Excelência para Combate às Ameaças Híbridas, visando aprender como se defender face a fenómenos como desinformação e ciberataques e criar um plano nacional para os combater."Este é um tema interessante para Portugal porque temos, em Lisboa, a academia da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] sobre cibersegurança, que está a desenvolver uma ação nacional e a fazer a identificação dos nossos pontos de vulnerabilidade para podermos fazer um plano nacional de luta contra as ameaças híbridas", afirmou à Lusa a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias.Falando no final da reunião informal dos chefes da diplomacia da União Europeia (UE), em Helsínquia, no âmbito da presidência comunitária finlandesa, a governante explicou que foi para se precaver perante tais fenómenos que o país entregou o pedido de adesão ao Centro Europeu de Excelência para Combate às Ameaças Híbridas.Fechar
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Subscrever"Prepara-nos melhor para toda a necessidade de cooperação nesta matéria, de troca de informação, quer ao nível da UE, quer ao nível da NATO", justificou Ana Paula Zacarias, justificando a candidatura do país ao centro, que ainda terá de ser aprovada numa reunião daquela estrutura a decorrer em outubro.Segundo a secretária de Estado, em causa estão ameaças como a desinformação e os ciberataques."Nós normalmente damos atenção às 'fake news', à manipulação da informação, essa tem sido a parte mais visível, mas depois [...] temos tido interferências nos sítios públicos das páginas 'web' dos ministérios", precisou Ana Paula Zacarias.Estas ameaças, "muitas vezes, são dirigidas ao Estado, aos órgãos políticos, a interferências em processos eleitorais, mas também afetam empresas, serviços financeiros", observou a responsável."Temos de falar e ver o que é identificado como ameaça e o que cada setor está a fazer para se precaver e tentarmos encontrar uma linha a nível nacional", adiantou.A criação deste plano nacional implica, assim, uma cooperação entre os ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, mas também da Cultura, por tutelar a comunicação social, bem como a colaboração de entidades como o Centro Nacional de Cibersegurança.Criado em 2017 pelo governo finlandês, o centro junta Estados-membros da UE, como Alemanha, Áustria, Chipre, Dinamarca, Estónia, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França, Itália, Grécia, Letónia, Lituânia, Holanda, Polónia, República Checa, Roménia, Suécia e Reino Unido.Agrega, ainda, membros da NATO, como o Canadá, Estados Unidos, Noruega, Montenegro.Neste centro internacional existem, assim, profissionais e especialistas do setor que ajudam os membros a entender e a criar formas de defesa contra ameaças híbridas.Este 'hub' está sediado em Helsínquia, cidade que acolheu, entre quinta-feira e hoje, a reunião dos chefes da diplomacia da UE, na qual foram discutidas estas ameaças híbridas.O tema esteve também na agenda dos ministros de Defesa da União, que se reuniram na cidade entre quarta-feira e quinta-feira, e é uma das prioridades da presidência finlandesa da UE.Para aderir a este centro, Portugal vai pagar uma verba anual de 60 mil euros, montante que poderá vir a diminuir caso o número de membros aumente.

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