Águas quer ser o primeiro grupo neutro em energia

29-10-2020
marcar artigo

"Há números que apontam para que mais de 50% de água se perca no conjunto de todos os sistemas, mas as perdas são mais significativas nos sistemas em baixa do que nos sistemas em alta onde a Águas de Portugal se insere", diz João Neves, administrador da comissão executiva da AdP - Águas de Portugal.Afirma que, nos sistemas em alta, as perdas não ultrapassam os 5%, mas têm o compromisso de trabalhar com os municípios, que gerem os sistemas em baixa, no sentido de os ajudar a reduzir essas perdas. É que só com esta redução é que a Águas de Portugal poderá conseguir um objetivo importante "que é ser o primeiro grupo a nível mundial neutro em termos energéticos. Uma forma de reduzir o consumo de energia associado ao setor da água é reduzir o nível de perdas e, portanto, é também um tema que temos na nossa agenda", acentua João Neves.Sublinha que "a circularidade no setor das águas já acontece há alguns anos. Captamos a água, utilizamos e depois de utilizar rejeitamo-la nos rios e nos oceanos de forma a ter condições de integrar o ciclo da água".Mas, como considera João Neves, os desafios são mais exigentes do que a mera devolução da água ao meio hídrico. Por isso, para os próximos anos, a Águas de Portugal aposta em projetos de reutilização de água. "Depois de tratar a água, queremos aperfeiçoá-la de modo que possa ser utilizada nos usos agrícolas, turísticos, como a rega de campos de golfe, urbanos, como a rega de espaços verdes e a lavagem de pavimentos, ou usos industriais, como a refrigeração de equipamentos" diz João Neves.Outras áreas que podem contribuir para uma utilização mais sustentável dos recursos naturais passam, por exemplo, pelo tratamento das lamas das ETAR com um plano para reduzir em 50% a quantidade de lamas que são produzidas nos processos de tratamento das águas residuais. "Essa redução será feita pela redução do teor de humidade das lamas e terá como consequência direta a redução dos custos de transporte e a redução da pegada de CO2 que está associada a esses custos", explica João Neves.Este gestor refere ainda que à necessidade de reduzir as perdas de água e melhorar os processos de tratamento de águas, se junta a necessidade de redução dos consumos, o que pode ser feito por via de uma maior eficiência hídrica, "que está também nos nossos planos nos próximos anos"."Continuamos a ter zonas do país com elevada escassez hídrica, em que os consumos per capita são muito mais elevados do que em zonas mais urbanas. Precisamos de reciclar a água e, apesar de termos uma taxa de cobertura de abastecimento de água bastante elevada, ainda há zonas do país onde o saneamento não chegou e não há esta reciclagem de água", adverte João Neves. Mas alerta que "existem também zonas do país onde se utiliza água potável para lavar pavimentos ou para regar jardins. É preciso encontrar alternativas a estes desperdícios de água que acontecem todos os dias no nosso país".Adianta ainda que "o fenómeno das alterações climáticas não traz boas notícias para Portugal. As zonas de escassez e de carência no nosso país são cada vez maiores, portanto, usar a água das fontes que temos utilizado, ir às albufeiras, aos aquíferos, estas medidas não são suficientes para produzirmos. Temos de reciclar e poupar água".

"Há números que apontam para que mais de 50% de água se perca no conjunto de todos os sistemas, mas as perdas são mais significativas nos sistemas em baixa do que nos sistemas em alta onde a Águas de Portugal se insere", diz João Neves, administrador da comissão executiva da AdP - Águas de Portugal.Afirma que, nos sistemas em alta, as perdas não ultrapassam os 5%, mas têm o compromisso de trabalhar com os municípios, que gerem os sistemas em baixa, no sentido de os ajudar a reduzir essas perdas. É que só com esta redução é que a Águas de Portugal poderá conseguir um objetivo importante "que é ser o primeiro grupo a nível mundial neutro em termos energéticos. Uma forma de reduzir o consumo de energia associado ao setor da água é reduzir o nível de perdas e, portanto, é também um tema que temos na nossa agenda", acentua João Neves.Sublinha que "a circularidade no setor das águas já acontece há alguns anos. Captamos a água, utilizamos e depois de utilizar rejeitamo-la nos rios e nos oceanos de forma a ter condições de integrar o ciclo da água".Mas, como considera João Neves, os desafios são mais exigentes do que a mera devolução da água ao meio hídrico. Por isso, para os próximos anos, a Águas de Portugal aposta em projetos de reutilização de água. "Depois de tratar a água, queremos aperfeiçoá-la de modo que possa ser utilizada nos usos agrícolas, turísticos, como a rega de campos de golfe, urbanos, como a rega de espaços verdes e a lavagem de pavimentos, ou usos industriais, como a refrigeração de equipamentos" diz João Neves.Outras áreas que podem contribuir para uma utilização mais sustentável dos recursos naturais passam, por exemplo, pelo tratamento das lamas das ETAR com um plano para reduzir em 50% a quantidade de lamas que são produzidas nos processos de tratamento das águas residuais. "Essa redução será feita pela redução do teor de humidade das lamas e terá como consequência direta a redução dos custos de transporte e a redução da pegada de CO2 que está associada a esses custos", explica João Neves.Este gestor refere ainda que à necessidade de reduzir as perdas de água e melhorar os processos de tratamento de águas, se junta a necessidade de redução dos consumos, o que pode ser feito por via de uma maior eficiência hídrica, "que está também nos nossos planos nos próximos anos"."Continuamos a ter zonas do país com elevada escassez hídrica, em que os consumos per capita são muito mais elevados do que em zonas mais urbanas. Precisamos de reciclar a água e, apesar de termos uma taxa de cobertura de abastecimento de água bastante elevada, ainda há zonas do país onde o saneamento não chegou e não há esta reciclagem de água", adverte João Neves. Mas alerta que "existem também zonas do país onde se utiliza água potável para lavar pavimentos ou para regar jardins. É preciso encontrar alternativas a estes desperdícios de água que acontecem todos os dias no nosso país".Adianta ainda que "o fenómeno das alterações climáticas não traz boas notícias para Portugal. As zonas de escassez e de carência no nosso país são cada vez maiores, portanto, usar a água das fontes que temos utilizado, ir às albufeiras, aos aquíferos, estas medidas não são suficientes para produzirmos. Temos de reciclar e poupar água".

marcar artigo