Ministério quer triplicar alunos com tutorias e anuncia 125 milhões para contratações - Notícias

21-07-2020
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30 de Junho de 2020 | por Público

O ministro da Educação anunciou nesta terça-feira no Parlamento que o programa de tutorias será triplicado no próximo ano lectivo, passando também a abranger os alunos do ensino secundário. O chamado apoio tutorial específico abrange actualmente cerca de 20 mil alunos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, tendo começado por ser dirigido a alunos com um historial de retenções.

No conjunto, indicou Tiago Brandão Rodrigues, serão mobilizados “125 milhões para se proceder a uma reforço muito significativo de recursos humanos nas escolas” para garantir a recuperação de aprendizagens que ficaram em falta neste ano.

Vão ser contratados ”mais professores, pessoal não docente e técnicos especializados”, como psicólogos. E também reforçar equipas com “assistentes sociais e mediadores”.

Na prática, este reforço destina-se a que as cinco semanais iniciais de recuperação “serão suplementadas ao longo de todo o ano lectivo”, frisou o ministro, que voltou a insistir que a “prioridade do Ministério da Educação para o próximo ano lectivo é o do regresso ao regime presencial”. “Mas teremos normativos que possibilitem termos um regime misto (presencial e à distância) ou não presencial, caso necessário”, reforçou.

Em resposta à deputada do PCP Ana Mesquita, Tiago Brandão Rodrigues esclareceu que o reforço do apoio tutorial específico será feito “na grande maioria através de novas contratações de professores”, bem como o aumento “em 25% do crédito horário” das escolas”. “E no início do ano lectivo lá estarão”, garantiu. O ministro confirmou que o próximo ano lectivo se iniciará entre 14 e 17 de Setembro e anunciou que nos próximos dias serão enviadas às escolas “directrizes com vista às primeiras cinco semanas”, que serão consagradas à recuperação das aprendizagens, e sugeridos uma série de “instrumentos didácticos para esta intervenção inicial”.

“Os professores sabem ensinar e recuperar aprendizagens”, retorquiu, dirigindo-se sobretudo às deputadas do BE Joana Mortágua e do PCP Ana Mesquita, a quem acusou de terem uma “desconfiança enorme” face às escolas e à sua autonomia.

O ministro da Educação também se mostrou particularmente irritado com a deputada do CDS Ana Rita Bessa, quando esta lembrou a decisão do Parlamento de suspender a devolução dos manuais gratuitos, adoptada na manhã desta terça-feira. “Estou abismado”, exclamou, acusando a parlamentar de desconhecer as escolas ao considerar que os manuais são decisivos para a recuperação das aprendizagens. A decisão de suspender a devolução significa pôr em causa “150 milhões de euros”, que era o montante que deveria ser garantido pela reutilização dos manuais no próximo ano lectivo, disse ainda.

30 de Junho de 2020 | por Público

O ministro da Educação anunciou nesta terça-feira no Parlamento que o programa de tutorias será triplicado no próximo ano lectivo, passando também a abranger os alunos do ensino secundário. O chamado apoio tutorial específico abrange actualmente cerca de 20 mil alunos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, tendo começado por ser dirigido a alunos com um historial de retenções.

No conjunto, indicou Tiago Brandão Rodrigues, serão mobilizados “125 milhões para se proceder a uma reforço muito significativo de recursos humanos nas escolas” para garantir a recuperação de aprendizagens que ficaram em falta neste ano.

Vão ser contratados ”mais professores, pessoal não docente e técnicos especializados”, como psicólogos. E também reforçar equipas com “assistentes sociais e mediadores”.

Na prática, este reforço destina-se a que as cinco semanais iniciais de recuperação “serão suplementadas ao longo de todo o ano lectivo”, frisou o ministro, que voltou a insistir que a “prioridade do Ministério da Educação para o próximo ano lectivo é o do regresso ao regime presencial”. “Mas teremos normativos que possibilitem termos um regime misto (presencial e à distância) ou não presencial, caso necessário”, reforçou.

Em resposta à deputada do PCP Ana Mesquita, Tiago Brandão Rodrigues esclareceu que o reforço do apoio tutorial específico será feito “na grande maioria através de novas contratações de professores”, bem como o aumento “em 25% do crédito horário” das escolas”. “E no início do ano lectivo lá estarão”, garantiu. O ministro confirmou que o próximo ano lectivo se iniciará entre 14 e 17 de Setembro e anunciou que nos próximos dias serão enviadas às escolas “directrizes com vista às primeiras cinco semanas”, que serão consagradas à recuperação das aprendizagens, e sugeridos uma série de “instrumentos didácticos para esta intervenção inicial”.

“Os professores sabem ensinar e recuperar aprendizagens”, retorquiu, dirigindo-se sobretudo às deputadas do BE Joana Mortágua e do PCP Ana Mesquita, a quem acusou de terem uma “desconfiança enorme” face às escolas e à sua autonomia.

O ministro da Educação também se mostrou particularmente irritado com a deputada do CDS Ana Rita Bessa, quando esta lembrou a decisão do Parlamento de suspender a devolução dos manuais gratuitos, adoptada na manhã desta terça-feira. “Estou abismado”, exclamou, acusando a parlamentar de desconhecer as escolas ao considerar que os manuais são decisivos para a recuperação das aprendizagens. A decisão de suspender a devolução significa pôr em causa “150 milhões de euros”, que era o montante que deveria ser garantido pela reutilização dos manuais no próximo ano lectivo, disse ainda.

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