​Restaurantes de Braga entregam chaves ao município. "É um grito por ajuda"

06-05-2020
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São cerca de 150 restaurantes, estão agregados no movimento cívico União de Restaurantes de Braga de Apoio à Covid-19 (URBAC19), e preparam-se para entregar as chaves dos seus estabelecimentos ao município bracarense. Trata-se de um ato simbólico para chamar à atenção do poder central para a agonia do setor, provocada pela pandemia. “Ao fazermos a entrega das chaves dos nossos restaurantes ao município estamos a dar um grito de um pedido de ajuda junto da Câmara de Braga, para que junto do poder central faça algo para que os restaurantes tenham outro tipo de ajudas diferente daquilo que está a ser sugerido”, conta à Renascença Tiago Carvalho.

O grito, como lhe chama o porta-voz da URBAC19 prevê também uma exposição de mesas de todos os restaurantes aderentes e uma exposição de espantalhos. De acordo com Tiago Carvalho, vão estar expostas na praça do município “um número de mesas que será muito próximo do número de restaurantes aderentes a este movimento, separadas pela distância de segurança que se perspetiva para a reabertura”. Além disso, “vamos ter ‘cadáveres’ que representam a morte do setor e uma série de espantalhos, simbolizando aquilo que nós achamos que é por quem nos toma o Governo enquanto sócios-gerentes”, acrescenta. Medidas do Governo só servem para criar mais dívida O movimento cívico União de Restaurantes de Braga de Apoio à Covid-19 considera que as medidas apresentadas pelo Governo para o setor são uma mão cheia de nada e só servem para criar mais dívida. “Ouvimos o nosso primeiro-ministro dizer que é preciso combater esta crise na União Europeia com uma bazuca e que ele tem uma arma de pressão. Nós nem arma de pressão temos, o que nós temos é uma pistola de fulminantes que só faz barulho”, lamenta.

Segundo Tiago Carvalho, a “única medida que veio e que neste momento ainda não está a funcionar como anunciado foi o 'lay-off', tudo o resto que nos deu foi moratórias, foi passar a dívida de hoje para amanhã, foi criar mais dívida e sempre sabendo que iremos trabalhar muito menos num curto espaço de tempo”. “Isto quer dizer mais despesa, menos receita. Não é difícil ver onde é que isto vai dar”, atira. Manifesto com propostas para salvar o setor A URBAC19, que reúne cerca de centena e meia de restaurantes da cidade de Braga e que representa perto de 1.500 postos de trabalho, já apresentou um manifesto com sete propostas que considera “fundamentadas e fundamentais” para a restauração. De entre as medidas propostas destaca-se um "lay-off" adaptado, em que o Governo assume o pagamento integral dos salários durante o estado de emergência. “Que o pagamento seja feito diretamente pela segurança social ao colaborador, nós não queremos receber o dinheiro, trata-se de uma ajuda real para segurar os postos de trabalho”, explica. A URBAC defende ainda que “neste tempo complicado de retoma económica e da confiança da parte do cliente, o Governo assuma o pagamento de metade do ordenado aos trabalhadores”. “Porque uma coisa é nós abrirmos no dia 18, outra coisa é nós trabalharmos no dia 18, são coisas totalmente diferentes. Nós acreditamos que o pior ainda está para vir e será angustiante ter restaurantes abertos durante o turno do almoço e o turno do jantar e chegar ao final do dia com faturação zero. É para isso que aponta, se não temos turismo, se temos aeroportos e fronteiras fechados, se a nível nacional perdemos poder de compra”, justifica Tiago Carvalho. Lay-off para sócios-gerentes de pequenas empresas e isenções O movimento cívico pede também que seja revista a questão dos sócios gerentes, “uma realidade extremamente importante no setor da restauração”. Uma situação, entrentanto, revista, comoconfirmou o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, em entrevista à Renascença e ao jornal "Público". "Neste momento o que temos apenas é uma cobertura dos sócios-gerentes que não têm trabalhadores a cargo. Vamos passar a aplicar esse apoio aos sócios-gerentes de microempresas que tenham até dez trabalhadores. Outra situação tem a ver com os trabalhadores independentes. Criámos um apoio específico para eles, mas nos primeiros 12 meses os trabalhadores independentes estão isentos de contribuições. E, por não terem contribuições, numa situação em que estavam isentos, depois também não tinham acesso a este apoio especial que criámos", anunciou Tiago Antunes.

São cerca de 150 restaurantes, estão agregados no movimento cívico União de Restaurantes de Braga de Apoio à Covid-19 (URBAC19), e preparam-se para entregar as chaves dos seus estabelecimentos ao município bracarense. Trata-se de um ato simbólico para chamar à atenção do poder central para a agonia do setor, provocada pela pandemia. “Ao fazermos a entrega das chaves dos nossos restaurantes ao município estamos a dar um grito de um pedido de ajuda junto da Câmara de Braga, para que junto do poder central faça algo para que os restaurantes tenham outro tipo de ajudas diferente daquilo que está a ser sugerido”, conta à Renascença Tiago Carvalho.

O grito, como lhe chama o porta-voz da URBAC19 prevê também uma exposição de mesas de todos os restaurantes aderentes e uma exposição de espantalhos. De acordo com Tiago Carvalho, vão estar expostas na praça do município “um número de mesas que será muito próximo do número de restaurantes aderentes a este movimento, separadas pela distância de segurança que se perspetiva para a reabertura”. Além disso, “vamos ter ‘cadáveres’ que representam a morte do setor e uma série de espantalhos, simbolizando aquilo que nós achamos que é por quem nos toma o Governo enquanto sócios-gerentes”, acrescenta. Medidas do Governo só servem para criar mais dívida O movimento cívico União de Restaurantes de Braga de Apoio à Covid-19 considera que as medidas apresentadas pelo Governo para o setor são uma mão cheia de nada e só servem para criar mais dívida. “Ouvimos o nosso primeiro-ministro dizer que é preciso combater esta crise na União Europeia com uma bazuca e que ele tem uma arma de pressão. Nós nem arma de pressão temos, o que nós temos é uma pistola de fulminantes que só faz barulho”, lamenta.

Segundo Tiago Carvalho, a “única medida que veio e que neste momento ainda não está a funcionar como anunciado foi o 'lay-off', tudo o resto que nos deu foi moratórias, foi passar a dívida de hoje para amanhã, foi criar mais dívida e sempre sabendo que iremos trabalhar muito menos num curto espaço de tempo”. “Isto quer dizer mais despesa, menos receita. Não é difícil ver onde é que isto vai dar”, atira. Manifesto com propostas para salvar o setor A URBAC19, que reúne cerca de centena e meia de restaurantes da cidade de Braga e que representa perto de 1.500 postos de trabalho, já apresentou um manifesto com sete propostas que considera “fundamentadas e fundamentais” para a restauração. De entre as medidas propostas destaca-se um "lay-off" adaptado, em que o Governo assume o pagamento integral dos salários durante o estado de emergência. “Que o pagamento seja feito diretamente pela segurança social ao colaborador, nós não queremos receber o dinheiro, trata-se de uma ajuda real para segurar os postos de trabalho”, explica. A URBAC defende ainda que “neste tempo complicado de retoma económica e da confiança da parte do cliente, o Governo assuma o pagamento de metade do ordenado aos trabalhadores”. “Porque uma coisa é nós abrirmos no dia 18, outra coisa é nós trabalharmos no dia 18, são coisas totalmente diferentes. Nós acreditamos que o pior ainda está para vir e será angustiante ter restaurantes abertos durante o turno do almoço e o turno do jantar e chegar ao final do dia com faturação zero. É para isso que aponta, se não temos turismo, se temos aeroportos e fronteiras fechados, se a nível nacional perdemos poder de compra”, justifica Tiago Carvalho. Lay-off para sócios-gerentes de pequenas empresas e isenções O movimento cívico pede também que seja revista a questão dos sócios gerentes, “uma realidade extremamente importante no setor da restauração”. Uma situação, entrentanto, revista, comoconfirmou o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, em entrevista à Renascença e ao jornal "Público". "Neste momento o que temos apenas é uma cobertura dos sócios-gerentes que não têm trabalhadores a cargo. Vamos passar a aplicar esse apoio aos sócios-gerentes de microempresas que tenham até dez trabalhadores. Outra situação tem a ver com os trabalhadores independentes. Criámos um apoio específico para eles, mas nos primeiros 12 meses os trabalhadores independentes estão isentos de contribuições. E, por não terem contribuições, numa situação em que estavam isentos, depois também não tinham acesso a este apoio especial que criámos", anunciou Tiago Antunes.

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