“Saberemos vencer esta crise à esquerda”, garante adjunto do primeiro-ministro

15-05-2020
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O secretário de Estado adjunto do Primeiro-Ministro, Tiago Antunes, diz que, para vencer a crise, o Governo “nunca teve dúvidas” sobre onde estavam os seus parceiros: à esquerda, apesar de falarem com todos e agradecerem o contributo de todos.

"Se soubemos vencer a última crise à esquerda, creio que saberemos vencer esta crise à esquerda", diz, em entrevista ao "Público". Quanto à resposta europeia, o governante admite que é difícil de antecipar. "Vai ser preciso encontrar mecanismos para responder a novas necessidades que não se anteviam".

Mais apoios

O secretário de Estado adjunto do Primeiro-Ministro avança que, esta semana, o Conselho de Ministros irá aprovar um diploma que visa colmatar situações de trabalhadores que ficaram sem proteção no pacote de medidas de apoio social anunciadas pelo Governo desde o início da crise pandémica. Após um levantamento das situações a descoberto, Tiago Antunes revela que alguns dos casos ainda sem proteção irão corrigidos através de um pacote de medidas de novos apoios.

Entre as situações sem cobertura, estão os sócios-gerentes de micro-empresas com trabalhadores a cargo, cujos funcionários podiam recorrer de lay-off, enquanto os próprios ficaram excluídos deste regime, na maioria dos casos sem rendimentos por terem visto as actividades suspensas, em sectores como a restauração e comércio, e agora retomadas com restrições.

Tiago Antunes garante que esta é uma das situações a corrigir, através de apoios “aos sócios-gerentes de micro-empresas que tenham até 10 trabalhadores”. O pacote de novas mediadas de proteção visa ainda os trabalhadores independentes em início de atividade, que, estando isentos de contribuições nos primeiros 12 meses, ficaram também excluídos de apoios específicos, como recurso a subsídio de desemprego.

Crise não será "indolor"

“O prazo de acesso ao subsídio social de desemprego inicial vai ser encurtado para metade”, refere Tiago Antunes, que sustenta que estes são apenas alguns exemplos “de buracos que ficaram a descoberto” dos mecanismos de proteção criados. As novas medidas de não terão efeitos retroativos, vigorando apenas para o futuro. Questionado se, mesmo com apoios, haverá casos de empresas que irão desaparecer, o governante responde que “esta situação não será indolor”. “As consequências sentir-se-ão e haverá, infelizmente, muitos portugueses que sentirão consequências”, diz, acrescentando que foi para mitigar situações de desemprego que foi criado o plano de lay-off.

Tiago Antunes aponta o período até final de junho como o mais critico: “Agora é ajudar as empresas a aguentar, é dar apoios de tesouraria, é adiar ou diferir o pagamento de impostos ou de contribuições sociais, é ajudar as empresas no pagamento até dois terços dos salários...Depois, passada esta fase mais crítica, será preciso um plano robusto de relançamento da economia”.

DGS prepara plano para visitas a lares

O secretário de Estado adiantou ainda em entrevista ao Público que a DGS está a trabalhar num plano de retoma de visita aos lares, mas sem adiantar datas. Tiago Antunes avança que o Governo está a afinar com as autarquias e capitanias um plano para o acesso às praias, distinto para grandes e pequenas areais, sem adiantar, contudo, se as mais pequenas irão permanecer fechadas.

Após a polémica das comemorações presenciais do 1º de Maio, a celebração da Festa do Avante! também foi abordada, mas Tiago Antunes não levantou o véu, referindo apenas que “setembro parece uma eternidade à distância” e que tudo dependerá da evolução epidemiológica.

O secretário de Estado adjunto do Primeiro-Ministro, Tiago Antunes, diz que, para vencer a crise, o Governo “nunca teve dúvidas” sobre onde estavam os seus parceiros: à esquerda, apesar de falarem com todos e agradecerem o contributo de todos.

"Se soubemos vencer a última crise à esquerda, creio que saberemos vencer esta crise à esquerda", diz, em entrevista ao "Público". Quanto à resposta europeia, o governante admite que é difícil de antecipar. "Vai ser preciso encontrar mecanismos para responder a novas necessidades que não se anteviam".

Mais apoios

O secretário de Estado adjunto do Primeiro-Ministro avança que, esta semana, o Conselho de Ministros irá aprovar um diploma que visa colmatar situações de trabalhadores que ficaram sem proteção no pacote de medidas de apoio social anunciadas pelo Governo desde o início da crise pandémica. Após um levantamento das situações a descoberto, Tiago Antunes revela que alguns dos casos ainda sem proteção irão corrigidos através de um pacote de medidas de novos apoios.

Entre as situações sem cobertura, estão os sócios-gerentes de micro-empresas com trabalhadores a cargo, cujos funcionários podiam recorrer de lay-off, enquanto os próprios ficaram excluídos deste regime, na maioria dos casos sem rendimentos por terem visto as actividades suspensas, em sectores como a restauração e comércio, e agora retomadas com restrições.

Tiago Antunes garante que esta é uma das situações a corrigir, através de apoios “aos sócios-gerentes de micro-empresas que tenham até 10 trabalhadores”. O pacote de novas mediadas de proteção visa ainda os trabalhadores independentes em início de atividade, que, estando isentos de contribuições nos primeiros 12 meses, ficaram também excluídos de apoios específicos, como recurso a subsídio de desemprego.

Crise não será "indolor"

“O prazo de acesso ao subsídio social de desemprego inicial vai ser encurtado para metade”, refere Tiago Antunes, que sustenta que estes são apenas alguns exemplos “de buracos que ficaram a descoberto” dos mecanismos de proteção criados. As novas medidas de não terão efeitos retroativos, vigorando apenas para o futuro. Questionado se, mesmo com apoios, haverá casos de empresas que irão desaparecer, o governante responde que “esta situação não será indolor”. “As consequências sentir-se-ão e haverá, infelizmente, muitos portugueses que sentirão consequências”, diz, acrescentando que foi para mitigar situações de desemprego que foi criado o plano de lay-off.

Tiago Antunes aponta o período até final de junho como o mais critico: “Agora é ajudar as empresas a aguentar, é dar apoios de tesouraria, é adiar ou diferir o pagamento de impostos ou de contribuições sociais, é ajudar as empresas no pagamento até dois terços dos salários...Depois, passada esta fase mais crítica, será preciso um plano robusto de relançamento da economia”.

DGS prepara plano para visitas a lares

O secretário de Estado adiantou ainda em entrevista ao Público que a DGS está a trabalhar num plano de retoma de visita aos lares, mas sem adiantar datas. Tiago Antunes avança que o Governo está a afinar com as autarquias e capitanias um plano para o acesso às praias, distinto para grandes e pequenas areais, sem adiantar, contudo, se as mais pequenas irão permanecer fechadas.

Após a polémica das comemorações presenciais do 1º de Maio, a celebração da Festa do Avante! também foi abordada, mas Tiago Antunes não levantou o véu, referindo apenas que “setembro parece uma eternidade à distância” e que tudo dependerá da evolução epidemiológica.

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