Câmara Corporativa: Se não foste tu, foi o teu irmão… A Teixeira Duarte é que não!

09-12-2019
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Naquele jogo das setinhas na última página do Público, o crucificado do dia é Mário Lino. Que fez o homem de mal nas últimas 24 horas? Nada… só que “calhou ser este” o ministro das Obras Públicas quando abriu o último troço da linha do Metro que acaba em Santa Apolónia. Não acredita, caro leitor, que tenha sido essa a razão para levar com uma setinha de pernas para o ar? Veja a redacção do Público a exprimir de imediato o direito à indignação: “O Governo (calhou ser este) devia abrir as portas com vergonha e pedir desculpa ao país pelos dez anos de atraso”.Já que está com a mão na massa, o Público prossegue com inexcedível zelo: o pedido de desculpa é também devido pela “derrapagem para o dobro”. Qualquer principiante que lide com o regime das empreitadas de obras públicas sabe distinguir “trabalhos a mais” (sinónimo de derrapagens, expressão celebrizada por Sousa Franco a propósito do CCB) de “mais trabalhos”, não misturando estas noções distintas. O Público, um reconhecido jornal de referência, não distingue, misturando estações com túneis e obra nova (prolongamento até Santa Apolónia) com obra adjudicada (Terreiro do Paço).Nem era preciso o Público extrair uma conclusão para nós próprios sabermos quem foram os marotos: “A obra é um monumento à impunidade política. Jorge Coelho e Ferro Rodrigues foram os ministros responsáveis.” Além de Mário Lino, naturalmente. Antes (Ferreira do Amaral) e depois (Valente de Oliveira e António Mexia) não contam. São do PPD/PSD. E do consórcio liderado pela Teixeira Duarte é melhor não falar — que a construtora ainda pressiona o BCP para que retire a publicidade do jornal.[A acompanhar nos próximos dias.]


Naquele jogo das setinhas na última página do Público, o crucificado do dia é Mário Lino. Que fez o homem de mal nas últimas 24 horas? Nada… só que “calhou ser este” o ministro das Obras Públicas quando abriu o último troço da linha do Metro que acaba em Santa Apolónia. Não acredita, caro leitor, que tenha sido essa a razão para levar com uma setinha de pernas para o ar? Veja a redacção do Público a exprimir de imediato o direito à indignação: “O Governo (calhou ser este) devia abrir as portas com vergonha e pedir desculpa ao país pelos dez anos de atraso”.Já que está com a mão na massa, o Público prossegue com inexcedível zelo: o pedido de desculpa é também devido pela “derrapagem para o dobro”. Qualquer principiante que lide com o regime das empreitadas de obras públicas sabe distinguir “trabalhos a mais” (sinónimo de derrapagens, expressão celebrizada por Sousa Franco a propósito do CCB) de “mais trabalhos”, não misturando estas noções distintas. O Público, um reconhecido jornal de referência, não distingue, misturando estações com túneis e obra nova (prolongamento até Santa Apolónia) com obra adjudicada (Terreiro do Paço).Nem era preciso o Público extrair uma conclusão para nós próprios sabermos quem foram os marotos: “A obra é um monumento à impunidade política. Jorge Coelho e Ferro Rodrigues foram os ministros responsáveis.” Além de Mário Lino, naturalmente. Antes (Ferreira do Amaral) e depois (Valente de Oliveira e António Mexia) não contam. São do PPD/PSD. E do consórcio liderado pela Teixeira Duarte é melhor não falar — que a construtora ainda pressiona o BCP para que retire a publicidade do jornal.[A acompanhar nos próximos dias.]

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