Líderes europeus: Fronteiras abertas, viagens inapropriadas e vacinas distribuídas irmãmente

08-11-2020
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À distância de uma videoconferência, os 27 tentaram, esta quinta-feira, alinhar esforços para travar uma pandemia que volta a atingir em força a União Europeia. Mas, ao contrário daquilo que aconteceu durante a primeira vaga, desta vez deverão manter as fronteiras abertas apesar da subida em flecha do número de casos.

"Foi reafirmado por todos o objetivo de não haver encerramento de fronteiras", disse António Costa no final da reunião. Uma decisão que, segundo a presidente da Comissão Europeia, faz sentido. Se há coisa que a Primavera permitiu perceber é que a reintrodução de controlos não só "prejudicou gravemente o mercado interno e a circulação de bens" como "não impediu que o vírus se espalhasse".

Só que, mesmo com as portas abertas dentro da UE, os obstáculos à circulação de pessoas não desapareceram. Vários países - como a Alemanha ou a Bélgica - exigem testes ou quarentenas a quem entra. A Comissão Europeia desaconselha as viagens ditas não essenciais e Ursula von der Leyen diz, mesmo, que nesta altura são "inapropriadas".

220 milhões para transferência de doentes

Com os sistemas de saúde cada vez mais sob pressão, Von der Leyen apela aos governos que partilhem mais e melhor informação com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças.

A Comissão Europeia desconhece os meios e falhas de cada um, a começar pelas unidades de cuidados intensivos. O executivo comunitário argumenta que sem essa informação não poderá coordenar, nem facilitar a transferência de doentes entre países, caso seja necessário.

"Se tivermos mais partilha de dados sobre a capacidade relativa às unidades de cuidados intensivos e onde essa capacidade está em falta, podemos aumentar a transferência e tratamento de pacientes entre países e isso pode ser organizado com antecedência", atirou Von der Leyen.

Bruxelas anunciou esta quinta-feira que disponibilizará 220 milhões de euros para "financiar uma transferência segura de pacientes entre países".

A área da saúde continua a ser da competência de cada Estado Membro. E o primeiro-ministro holandês fez questão de lembrá-lo na rede social Twitter. Apesar de os 27 "deverem trabalhar em conjunto" para travar a pandemia, "cabe a cada país organizar o seu próprio sistema de saúde".

Distribuição de vacinas será equitativa

Uma área em que tem havido maior sintonia é na aquisição de futuras vacinas contra a covid-19, com a Comissão Europeia a negociar - em nome dos 27 - os contratos com as farmacêuticas e a garantir uma diversificação potenciais vacinas.

Da videoconferência desta quinta-feira sai um primeiro entendimento para que a distribuição de vacinas - à medida que as houver - seja feita em simultâneo pelos 27.

"Todos vão receber ao mesmo tempo e nas mesmas condições", garante Von der Leyen. E, segundo António Costa, "cada lote de vacinas será distribuído equitativamente por todos os países em função da população de cada país".

Quanto à estratégia de vacinação e de prioridades na administração da vacina, caberá a cada país defini-la, sendo que a Comissão insiste que o documento deve ficar pronto e ser enviado para Bruxelas em novembro.

Com o número de infeções a disparar, os 27 olharam também para os testes rápidos de antigénio como complemento para ajudar à testagem em massa. O objetivo é o de detetar e isolar mais rapidamente os novos casos.

"Sabemos que as vacinas não vão resolver tudo imediatamente. Precisaremos, em paralelo, de ser mais eficientes com os testes, com o rastreio", disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

A par dos testes, também Von der Leyen saiu em defesa da utilização das aplicações de rastreio, como a StayAway Covid.

"Atualmente, temos aproximadamente 50 milhões de downloads entre os detentores de smartphones. Mas isto não é suficiente", considera a alemã, pedindo aos líderes que "encorajem" a utilização entre os cidadãos dos respetivos países.

"Agora é o tempo em que todos temos de ter paciência, determinação e disciplina", concluiu von der Leyen.

À distância de uma videoconferência, os 27 tentaram, esta quinta-feira, alinhar esforços para travar uma pandemia que volta a atingir em força a União Europeia. Mas, ao contrário daquilo que aconteceu durante a primeira vaga, desta vez deverão manter as fronteiras abertas apesar da subida em flecha do número de casos.

"Foi reafirmado por todos o objetivo de não haver encerramento de fronteiras", disse António Costa no final da reunião. Uma decisão que, segundo a presidente da Comissão Europeia, faz sentido. Se há coisa que a Primavera permitiu perceber é que a reintrodução de controlos não só "prejudicou gravemente o mercado interno e a circulação de bens" como "não impediu que o vírus se espalhasse".

Só que, mesmo com as portas abertas dentro da UE, os obstáculos à circulação de pessoas não desapareceram. Vários países - como a Alemanha ou a Bélgica - exigem testes ou quarentenas a quem entra. A Comissão Europeia desaconselha as viagens ditas não essenciais e Ursula von der Leyen diz, mesmo, que nesta altura são "inapropriadas".

220 milhões para transferência de doentes

Com os sistemas de saúde cada vez mais sob pressão, Von der Leyen apela aos governos que partilhem mais e melhor informação com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças.

A Comissão Europeia desconhece os meios e falhas de cada um, a começar pelas unidades de cuidados intensivos. O executivo comunitário argumenta que sem essa informação não poderá coordenar, nem facilitar a transferência de doentes entre países, caso seja necessário.

"Se tivermos mais partilha de dados sobre a capacidade relativa às unidades de cuidados intensivos e onde essa capacidade está em falta, podemos aumentar a transferência e tratamento de pacientes entre países e isso pode ser organizado com antecedência", atirou Von der Leyen.

Bruxelas anunciou esta quinta-feira que disponibilizará 220 milhões de euros para "financiar uma transferência segura de pacientes entre países".

A área da saúde continua a ser da competência de cada Estado Membro. E o primeiro-ministro holandês fez questão de lembrá-lo na rede social Twitter. Apesar de os 27 "deverem trabalhar em conjunto" para travar a pandemia, "cabe a cada país organizar o seu próprio sistema de saúde".

Distribuição de vacinas será equitativa

Uma área em que tem havido maior sintonia é na aquisição de futuras vacinas contra a covid-19, com a Comissão Europeia a negociar - em nome dos 27 - os contratos com as farmacêuticas e a garantir uma diversificação potenciais vacinas.

Da videoconferência desta quinta-feira sai um primeiro entendimento para que a distribuição de vacinas - à medida que as houver - seja feita em simultâneo pelos 27.

"Todos vão receber ao mesmo tempo e nas mesmas condições", garante Von der Leyen. E, segundo António Costa, "cada lote de vacinas será distribuído equitativamente por todos os países em função da população de cada país".

Quanto à estratégia de vacinação e de prioridades na administração da vacina, caberá a cada país defini-la, sendo que a Comissão insiste que o documento deve ficar pronto e ser enviado para Bruxelas em novembro.

Com o número de infeções a disparar, os 27 olharam também para os testes rápidos de antigénio como complemento para ajudar à testagem em massa. O objetivo é o de detetar e isolar mais rapidamente os novos casos.

"Sabemos que as vacinas não vão resolver tudo imediatamente. Precisaremos, em paralelo, de ser mais eficientes com os testes, com o rastreio", disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

A par dos testes, também Von der Leyen saiu em defesa da utilização das aplicações de rastreio, como a StayAway Covid.

"Atualmente, temos aproximadamente 50 milhões de downloads entre os detentores de smartphones. Mas isto não é suficiente", considera a alemã, pedindo aos líderes que "encorajem" a utilização entre os cidadãos dos respetivos países.

"Agora é o tempo em que todos temos de ter paciência, determinação e disciplina", concluiu von der Leyen.

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