PCP (e o PAN) com a chave do Orçamento. Mas BE volta à mesa de negociações

30-12-2020
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Há poucas semanas, o cenário que se vive hoje nas negociações para o Orçamento do Estado seria improvável. A oito dias de o BE decidir o seu sentido de voto na generalidade, as conversas com Catarina Martins congelaram e estavam a um passo de quebrar com estrondo. Era com o PCP e o PAN que o Governo prosseguia as negociações - mantendo o Bloco dois dias à espera -, até anunciar, ontem à noite, uma reunião também com o Bloco na terça-feira (já depois da edição do Expresso em papel estar fechada). Durante a semana que passou, o PS trocou acusações cada vez mais agrestes com os bloquistas, enquanto continuava a encontrar-se com os outros dois ex-parceiros. Tanto PCP como PAN já tinham reuniões agendadas com o primeiro-ministro: “Nunca desperdiçaremos uma oportunidade para alcançar avanços”, diz ao Expresso João Oliveira do PCP. Entretanto, o encontro com o BE só foi conhecido na noite de sexta-feira: as duas partes asseguravam haver “disponibilidade” para negociar, mas a dúvida era sobre quem dava o primeiro passo, ou fazia o primeiro recuo.

Os pormenores que constam da agenda do primeiro-ministro ilustram a forma como as negociações correm — e como o parceiro que durante meses se manteve em silêncio (o PCP), continua em jogo e com o sentido de voto em aberto. A presença do PAN (que esta semana, tal como João Oliveira, conversou com a líder parlamentar do PS), também está longe de ser irrelevante: juntos, a CDU e o PAN conseguiriam viabilizar o documento, por via da abstenção (“matematicamente”, o OE poderia passar sem a ajuda do Bloco, fez questão de recordar ao “Observador” o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro). Mais: esta semana, ambos se referiram às conquistas que ainda podem conseguir... na fase da especialidade. “Não abdicamos de qualquer batalha antes de a travar”, dizia Jerónimo de Sousa em entrevista ao “Polígrafo”, na SIC. “Teremos sempre a especialidade”, concordava, em declarações ao Expresso, a líder parlamentar do PAN, Inês Sousa Real. Lembrete: para chegar a essa fase, é preciso que os partidos viabilizem o OE na generalidade, a 28 de outubro.

Há poucas semanas, o cenário que se vive hoje nas negociações para o Orçamento do Estado seria improvável. A oito dias de o BE decidir o seu sentido de voto na generalidade, as conversas com Catarina Martins congelaram e estavam a um passo de quebrar com estrondo. Era com o PCP e o PAN que o Governo prosseguia as negociações - mantendo o Bloco dois dias à espera -, até anunciar, ontem à noite, uma reunião também com o Bloco na terça-feira (já depois da edição do Expresso em papel estar fechada). Durante a semana que passou, o PS trocou acusações cada vez mais agrestes com os bloquistas, enquanto continuava a encontrar-se com os outros dois ex-parceiros. Tanto PCP como PAN já tinham reuniões agendadas com o primeiro-ministro: “Nunca desperdiçaremos uma oportunidade para alcançar avanços”, diz ao Expresso João Oliveira do PCP. Entretanto, o encontro com o BE só foi conhecido na noite de sexta-feira: as duas partes asseguravam haver “disponibilidade” para negociar, mas a dúvida era sobre quem dava o primeiro passo, ou fazia o primeiro recuo.

Os pormenores que constam da agenda do primeiro-ministro ilustram a forma como as negociações correm — e como o parceiro que durante meses se manteve em silêncio (o PCP), continua em jogo e com o sentido de voto em aberto. A presença do PAN (que esta semana, tal como João Oliveira, conversou com a líder parlamentar do PS), também está longe de ser irrelevante: juntos, a CDU e o PAN conseguiriam viabilizar o documento, por via da abstenção (“matematicamente”, o OE poderia passar sem a ajuda do Bloco, fez questão de recordar ao “Observador” o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro). Mais: esta semana, ambos se referiram às conquistas que ainda podem conseguir... na fase da especialidade. “Não abdicamos de qualquer batalha antes de a travar”, dizia Jerónimo de Sousa em entrevista ao “Polígrafo”, na SIC. “Teremos sempre a especialidade”, concordava, em declarações ao Expresso, a líder parlamentar do PAN, Inês Sousa Real. Lembrete: para chegar a essa fase, é preciso que os partidos viabilizem o OE na generalidade, a 28 de outubro.

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