Fernando Medina insiste: é preciso “agir rápido” na resposta à covid-19

16-07-2020
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Fernando Medina reitera que é preciso agir rápido e efetuar os testes de despistagem e os inquéritos à Covid-19 com celeridade, sob pena de se agravar a situação na capital. O presidente da Área Metropolitana de Lisboa (AML) garante que as autoridades estão empenhadas nas respostas urgentes à pandemia, mas reconhece que se trata de uma região "muito heterogénea" o que dificulta a ação.

"É preciso testar rápido e que os resultados dos testes sejam rápidos, não podem demorar a sair. É preciso também que os inquéritos sejam feitos com rapidez e que a verificação das condições do confinamento seja feita com rapidez, assim como o alerta para os casos de incumprimento", afirmou Fernando Medina esta terça-feira durante a audição da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

Segundo o Presidente da Área Metropolitana de Lisboa, é fundamental que a região seja capaz de reduzir o número de infeções pelo novo coronavírus, de forma a acompanhar a tendência do resto do país e dar um sinal de confiança ao exterior.

"Não sobem, mas também não descem. Não há sinais que nos permitam ainda aliviar o estado sobre o qual a AML e estas freguesias se encontram. Estamos todos empenhados para que o consigamos fazer num quadro de evitar o regresso a medidas que se mostraram eficazes do ponto de vista do controlo da pandemia, mas que ninguém quer regressar [confinamento obrigatório]", acrescentou o autarca de Lisboa, frisando que há vários países que estão a reverter o processo de desconfinamento.

No quadro de contingência na Área Metropolitana de Lisboa e da situação de calamidade para 19 freguesias, Fernando Medina explicou que equipas mistas estão a desenvolver uma "operação sem precedentes" no terreno para verificar se o confinamento está a ser cumprido e se os doentes têm condições de isolamento. Medidas que resultam da última decisão que foi tomada em conjunto com o Governo com vista a uma "partilha de responsabilidades" na parte da vigilância dos casos.

Confrontado sobre afirmação de Duarte Cordeiro, que admitiu à Lusa que as respostas convencionais à pandemia em Lisboa foram "insuficientes", o autarca de Lisboa – que tem dirigido fortes críticas à gestão por parte das chefias – contornou a questão. "Trata-se de um processo de grande complexidade e exigência, mas é absolutamente necessário para inverter a curva relativamente às novas infeções, o que até agora não foi conseguido", observou.

CDS critica “sinais contraditórios” do Governo

Do lado do CDS, o deputado João Gonçalves Pereira, defendeu que existe uma "evidente falta de articulação das autoridades" em Lisboa e um discurso contraditório, que coloca e causa o combate da pandemia na região.

"Nós começámos bem na pandemia, os portugueses deram um bom exemplo antes do poder político decretar o confinamento obrigatório, mas depois começou a haver sinais contraditórios, como manifestações, celebrações, espetáculos", afirmou o deputado centrista, apontando ainda para o risco dos transportes públicos. "Por mais que o Governo insista que não, que o vírus não anda nos transportes públicos, ele não é elitista, nem é por decreto", ironizou.

Também a deputada do BE Isabel Pires reconheceu que apesar de as autoridades não indicarem, os transportes públicos são um potencial meio de contágio na região, que deixam os utentes "inseguros". "Entre a casa e o trabalho as pessoas não se teletransportam, andam em transportes públicos na sua maioria. Quase fazer de conta que podia não haver risco de contágio no transporte foi um erro por parte do Governo", frisou.

PSD diz que inverno exige “mais e melhor” respostas

A deputada do PSD Filipa Roseta manifestou-se igualmente preocupada com a "falta de coordenação nas lideranças" da gestão da pandemia em Lisboa, considerando que no inverno é vital "mais e melhor" respostas à pandemia. "Já na área dos transportes precisamos de um sistema transportes eficaz, que sabe em tempo real todas as pessoas que estão nos veículos e otimiza em tempo real a procura com a oferta", sinalizou.

Em resposta, o presidente da Área Metropolitana de Lisboa disse que os transportes públicos continuam a ser uma prioridade para a região e que estamos a enfrentar uma "realidade complexa", mas que os dados disponíveis mostram que a maioria das infeções pelo novo coronavírus ocorrem no contexto laboral ou no domicílio e não no convívio social.

Questionado pelo deputado do PS Ricardo Leão sobre se o Estado de Calamidade nas 19 freguesias da AML resultaram de uma decisão dos autarcas, Fernando Medina disse perentório que não, sublinhando que se trata de uma decisão "muito difícil" do Governo após a audição dos presidentes de câmara e dos especialistas e responsáveis de Saúde. "Houve uma grande convergência e unidade entre o Governo e os autarcas", concluiu.

Fernando Medina reitera que é preciso agir rápido e efetuar os testes de despistagem e os inquéritos à Covid-19 com celeridade, sob pena de se agravar a situação na capital. O presidente da Área Metropolitana de Lisboa (AML) garante que as autoridades estão empenhadas nas respostas urgentes à pandemia, mas reconhece que se trata de uma região "muito heterogénea" o que dificulta a ação.

"É preciso testar rápido e que os resultados dos testes sejam rápidos, não podem demorar a sair. É preciso também que os inquéritos sejam feitos com rapidez e que a verificação das condições do confinamento seja feita com rapidez, assim como o alerta para os casos de incumprimento", afirmou Fernando Medina esta terça-feira durante a audição da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

Segundo o Presidente da Área Metropolitana de Lisboa, é fundamental que a região seja capaz de reduzir o número de infeções pelo novo coronavírus, de forma a acompanhar a tendência do resto do país e dar um sinal de confiança ao exterior.

"Não sobem, mas também não descem. Não há sinais que nos permitam ainda aliviar o estado sobre o qual a AML e estas freguesias se encontram. Estamos todos empenhados para que o consigamos fazer num quadro de evitar o regresso a medidas que se mostraram eficazes do ponto de vista do controlo da pandemia, mas que ninguém quer regressar [confinamento obrigatório]", acrescentou o autarca de Lisboa, frisando que há vários países que estão a reverter o processo de desconfinamento.

No quadro de contingência na Área Metropolitana de Lisboa e da situação de calamidade para 19 freguesias, Fernando Medina explicou que equipas mistas estão a desenvolver uma "operação sem precedentes" no terreno para verificar se o confinamento está a ser cumprido e se os doentes têm condições de isolamento. Medidas que resultam da última decisão que foi tomada em conjunto com o Governo com vista a uma "partilha de responsabilidades" na parte da vigilância dos casos.

Confrontado sobre afirmação de Duarte Cordeiro, que admitiu à Lusa que as respostas convencionais à pandemia em Lisboa foram "insuficientes", o autarca de Lisboa – que tem dirigido fortes críticas à gestão por parte das chefias – contornou a questão. "Trata-se de um processo de grande complexidade e exigência, mas é absolutamente necessário para inverter a curva relativamente às novas infeções, o que até agora não foi conseguido", observou.

CDS critica “sinais contraditórios” do Governo

Do lado do CDS, o deputado João Gonçalves Pereira, defendeu que existe uma "evidente falta de articulação das autoridades" em Lisboa e um discurso contraditório, que coloca e causa o combate da pandemia na região.

"Nós começámos bem na pandemia, os portugueses deram um bom exemplo antes do poder político decretar o confinamento obrigatório, mas depois começou a haver sinais contraditórios, como manifestações, celebrações, espetáculos", afirmou o deputado centrista, apontando ainda para o risco dos transportes públicos. "Por mais que o Governo insista que não, que o vírus não anda nos transportes públicos, ele não é elitista, nem é por decreto", ironizou.

Também a deputada do BE Isabel Pires reconheceu que apesar de as autoridades não indicarem, os transportes públicos são um potencial meio de contágio na região, que deixam os utentes "inseguros". "Entre a casa e o trabalho as pessoas não se teletransportam, andam em transportes públicos na sua maioria. Quase fazer de conta que podia não haver risco de contágio no transporte foi um erro por parte do Governo", frisou.

PSD diz que inverno exige “mais e melhor” respostas

A deputada do PSD Filipa Roseta manifestou-se igualmente preocupada com a "falta de coordenação nas lideranças" da gestão da pandemia em Lisboa, considerando que no inverno é vital "mais e melhor" respostas à pandemia. "Já na área dos transportes precisamos de um sistema transportes eficaz, que sabe em tempo real todas as pessoas que estão nos veículos e otimiza em tempo real a procura com a oferta", sinalizou.

Em resposta, o presidente da Área Metropolitana de Lisboa disse que os transportes públicos continuam a ser uma prioridade para a região e que estamos a enfrentar uma "realidade complexa", mas que os dados disponíveis mostram que a maioria das infeções pelo novo coronavírus ocorrem no contexto laboral ou no domicílio e não no convívio social.

Questionado pelo deputado do PS Ricardo Leão sobre se o Estado de Calamidade nas 19 freguesias da AML resultaram de uma decisão dos autarcas, Fernando Medina disse perentório que não, sublinhando que se trata de uma decisão "muito difícil" do Governo após a audição dos presidentes de câmara e dos especialistas e responsáveis de Saúde. "Houve uma grande convergência e unidade entre o Governo e os autarcas", concluiu.

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