Açores. Entendimento com Ventura divide críticos de Rio

08-11-2020
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A possibilidade de o PSD governar os Açores com a bênção do Chega está a inquietar alguns dos maiores críticos de Rui Rio. Pedro Duarte, ex-presidente da JSD, e José Eduardo Martins, antigo secretário de Estado do Ambiente, não entendem a ambiguidade do presidente social-democrata, que desde a noite eleitoral de domingo se escudou na autonomia regional para ficar em silêncio sobre o processo negocial. “Quando se trata de algo estrutural, de algo que tem a ver com valores e princípios, não pode estar dependente da autonomia regional”, afirma Pedro Duarte, em declarações ao Expresso, vincando que um entendimento com o partido de André Ventura, ainda para mais traduzido num papel, “não faz qualquer sentido”. José Eduardo Martins é corrosivo: “Por muito que estique a imaginação, não consigo perceber o que é que podemos partilhar por escrito com o Chega sem deitar fora 40 anos de uma luta inteligente e solidária com o povo português.”

Na ótica de Pedro Duarte, secretário de Estado da Juventude no Governo de Pedro Santana Lopes, a situação pode até ter efeitos sobre a matriz do próprio partido. “Pode deixar de ser o PSD e passar a ser outra coisa qualquer, que não se chama PSD”, previne o antigo deputado, que garante ser “estruturalmente contra qualquer espécie de conversa” com o Chega, força que considera estar “nos antípodas” do PSD. Depois de em agosto ter escrito, nas páginas do Expresso, uma espécie de manifesto anti-Rio no qual considerava um “erro perigoso” abrir a porta a Ventura, Pedro Duarte pede mais convicção e menos taticismo. “Não é a conjuntura que deve prevalecer. O poder não deve ser alcançado a todo o custo”, alerta, pegando no exemplo recente do lado de lá da fronteira. Em Espanha, o líder do PP chumbou uma moção ao Governo de Pedro Sánchez apresentada pelo Vox e fez uma intervenção em que estabeleceu um cordão de segurança em relação à extrema-direita. Pedro Duarte faz um pedido: “Alguém mostre o discurso de Pablo Casado a Rui Rio. Há momentos definidores e este deveria ser um desses momentos para Rui Rio.”

A possibilidade de o PSD governar os Açores com a bênção do Chega está a inquietar alguns dos maiores críticos de Rui Rio. Pedro Duarte, ex-presidente da JSD, e José Eduardo Martins, antigo secretário de Estado do Ambiente, não entendem a ambiguidade do presidente social-democrata, que desde a noite eleitoral de domingo se escudou na autonomia regional para ficar em silêncio sobre o processo negocial. “Quando se trata de algo estrutural, de algo que tem a ver com valores e princípios, não pode estar dependente da autonomia regional”, afirma Pedro Duarte, em declarações ao Expresso, vincando que um entendimento com o partido de André Ventura, ainda para mais traduzido num papel, “não faz qualquer sentido”. José Eduardo Martins é corrosivo: “Por muito que estique a imaginação, não consigo perceber o que é que podemos partilhar por escrito com o Chega sem deitar fora 40 anos de uma luta inteligente e solidária com o povo português.”

Na ótica de Pedro Duarte, secretário de Estado da Juventude no Governo de Pedro Santana Lopes, a situação pode até ter efeitos sobre a matriz do próprio partido. “Pode deixar de ser o PSD e passar a ser outra coisa qualquer, que não se chama PSD”, previne o antigo deputado, que garante ser “estruturalmente contra qualquer espécie de conversa” com o Chega, força que considera estar “nos antípodas” do PSD. Depois de em agosto ter escrito, nas páginas do Expresso, uma espécie de manifesto anti-Rio no qual considerava um “erro perigoso” abrir a porta a Ventura, Pedro Duarte pede mais convicção e menos taticismo. “Não é a conjuntura que deve prevalecer. O poder não deve ser alcançado a todo o custo”, alerta, pegando no exemplo recente do lado de lá da fronteira. Em Espanha, o líder do PP chumbou uma moção ao Governo de Pedro Sánchez apresentada pelo Vox e fez uma intervenção em que estabeleceu um cordão de segurança em relação à extrema-direita. Pedro Duarte faz um pedido: “Alguém mostre o discurso de Pablo Casado a Rui Rio. Há momentos definidores e este deveria ser um desses momentos para Rui Rio.”

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