Presidenciais adensam guerra no PS: Duarte Cordeiro e líder do PS/Porto declaram voto em Ana Gomes

10-11-2020
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Depois de Pedro Nuno Santos ter aberto as hostilidades, sábado, na reunião da Comissão Nacional do PS, assumindo o apoio à candidatura presidencial da socialista Ana Gomes e criticando a estratégia da direção do partido no velado apoio a Marcelo Rebelo de Sousa, começaram a saltar outros apoiantes da ex-diplomata.

Este domingo, foi a vez de dois dirigentes de peso: Duarte Cordeiro, dirigente nacional do partido e secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, e Tiago Barbosa Ribeiro, deputado e líder do PS/Porto. Um e outro assumiram, nas respetivas contas no Facebook, que votarão em Ana Gomes.

"Após a decisão da Comissão Nacional do PS em conferir liberdade de voto aos seus militantes nas eleições presidenciais e ao não recomendar o apoio a nenhuma das candidaturas presidenciais, quero expressar a minha posição pessoal", escreveu Duarte Cordeiro. Acrescentando "reconhecer aspetos positivos no mandato do atual Presidente da República, designadamente o seu contributo para a estabilização da vida política nacional e o seu papel no combate a esta pandemia". Isso não lhe anula, no entanto, a convicção de que "não deve apoiar uma candidatura de direita, com uma visão política da sociedade distinta" da sua.

"Votarei na candidata Ana Gomes", assume o governante, que passa a elogiar as qualidades da candidata ao longo da sua carreira nacional e internacional. Tiago Barbosa Ribeiro alinha pela mesma bitola - "o meu voto vai para Ana Gomes" - puxa pela "liberdade dos nossos militantes votarem em quem entenderem", e defende que "em democracia, as eleições tratam de política e não de personalidades".

Questões como "a defesa do Estado Social, do Serviço Nacional de Saúde, da escola pública, da regionalização, dos direitos sociais e laborais e da relação entre instituições, traduzem alinhamentos nos princípios e diferenças" que, na sua opinião, " não se anulam nem devem anular, entre esquerda e direita".

Estes dois significativos apoios confirmam existir uma divisão no Partido Socialista, onde a ala mais à esquerda soma apoios a Ana Gomes contra a vontade de António Costa que não só pediu "reserva" aos membros do Governo sobre as presidenciais, como sinalizou, em maio, esperar pela reeleição de Marcelo rebelo de Sousa, o que o levou a determinar que o PS não apresentaria candidato e não declararia apoio oficial a ninguém.

Pedro Nuno Santos, candidato à sucessão de António Costa e um dos dirigentes com maior peso e controlo sobre o aparelho do partido, foi o primeiro a abrir as hostilidades, quando, na reunião da direção, neste sábado, manifestou apoio à candidatura presidencial de Ana Gomes, criticou o mandato de Marcelo Rebelo de Sousa e a forma como a direção do PS atuou em matéria de eleições presidenciais.

O ministro das Ind«fraestruturas demarcou-se do ponto de vista ideológico do atual Presidente da República e criticou a “centralidade” de Marcelo Rebelo de Sousa no plano político, considerando tratar-se de um fator de “instabilidade”. Na sua intervenção, confirmou que vai apoiar a diplomata e ex-eurodeputada socialista e surpreendeu pela veemência das críticas que fez à direção do partido.

António Costa assumiu, no final da reunião, que a linha oficial seria de não apoiar nenhum candidato, mas fez uma "avaliação positiva" do mandato do atual Chefe de Estado e enviou uma "saudação" aos outros candidatos, entre eles Ana Gomes.

Da ala mais à direita do PS, Augusto Santos Silva e Carlos César têm sido os defensores de serviço do atual Presidente da República. Numa entrevista que deu esta semana à RTP, o ministros dos Negócios Estrangeiros considerou "muito importante" a recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, cuja colaboração institucional com o Governo não se tem cansado de elogiar.

Depois de Pedro Nuno Santos ter aberto as hostilidades, sábado, na reunião da Comissão Nacional do PS, assumindo o apoio à candidatura presidencial da socialista Ana Gomes e criticando a estratégia da direção do partido no velado apoio a Marcelo Rebelo de Sousa, começaram a saltar outros apoiantes da ex-diplomata.

Este domingo, foi a vez de dois dirigentes de peso: Duarte Cordeiro, dirigente nacional do partido e secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, e Tiago Barbosa Ribeiro, deputado e líder do PS/Porto. Um e outro assumiram, nas respetivas contas no Facebook, que votarão em Ana Gomes.

"Após a decisão da Comissão Nacional do PS em conferir liberdade de voto aos seus militantes nas eleições presidenciais e ao não recomendar o apoio a nenhuma das candidaturas presidenciais, quero expressar a minha posição pessoal", escreveu Duarte Cordeiro. Acrescentando "reconhecer aspetos positivos no mandato do atual Presidente da República, designadamente o seu contributo para a estabilização da vida política nacional e o seu papel no combate a esta pandemia". Isso não lhe anula, no entanto, a convicção de que "não deve apoiar uma candidatura de direita, com uma visão política da sociedade distinta" da sua.

"Votarei na candidata Ana Gomes", assume o governante, que passa a elogiar as qualidades da candidata ao longo da sua carreira nacional e internacional. Tiago Barbosa Ribeiro alinha pela mesma bitola - "o meu voto vai para Ana Gomes" - puxa pela "liberdade dos nossos militantes votarem em quem entenderem", e defende que "em democracia, as eleições tratam de política e não de personalidades".

Questões como "a defesa do Estado Social, do Serviço Nacional de Saúde, da escola pública, da regionalização, dos direitos sociais e laborais e da relação entre instituições, traduzem alinhamentos nos princípios e diferenças" que, na sua opinião, " não se anulam nem devem anular, entre esquerda e direita".

Estes dois significativos apoios confirmam existir uma divisão no Partido Socialista, onde a ala mais à esquerda soma apoios a Ana Gomes contra a vontade de António Costa que não só pediu "reserva" aos membros do Governo sobre as presidenciais, como sinalizou, em maio, esperar pela reeleição de Marcelo rebelo de Sousa, o que o levou a determinar que o PS não apresentaria candidato e não declararia apoio oficial a ninguém.

Pedro Nuno Santos, candidato à sucessão de António Costa e um dos dirigentes com maior peso e controlo sobre o aparelho do partido, foi o primeiro a abrir as hostilidades, quando, na reunião da direção, neste sábado, manifestou apoio à candidatura presidencial de Ana Gomes, criticou o mandato de Marcelo Rebelo de Sousa e a forma como a direção do PS atuou em matéria de eleições presidenciais.

O ministro das Ind«fraestruturas demarcou-se do ponto de vista ideológico do atual Presidente da República e criticou a “centralidade” de Marcelo Rebelo de Sousa no plano político, considerando tratar-se de um fator de “instabilidade”. Na sua intervenção, confirmou que vai apoiar a diplomata e ex-eurodeputada socialista e surpreendeu pela veemência das críticas que fez à direção do partido.

António Costa assumiu, no final da reunião, que a linha oficial seria de não apoiar nenhum candidato, mas fez uma "avaliação positiva" do mandato do atual Chefe de Estado e enviou uma "saudação" aos outros candidatos, entre eles Ana Gomes.

Da ala mais à direita do PS, Augusto Santos Silva e Carlos César têm sido os defensores de serviço do atual Presidente da República. Numa entrevista que deu esta semana à RTP, o ministros dos Negócios Estrangeiros considerou "muito importante" a recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, cuja colaboração institucional com o Governo não se tem cansado de elogiar.

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