Ganhou o lobby das editoras. Os tótós dos autores acham que foram eles que ganharam.

02-09-2020
marcar artigo

Quando vir um autor mostrar a fortuna, ou uns trocos, até, com a nova lei da rolha, garanto que como um chapéu (*).

Directiva dos direitos de autor é aprovada numa vitória para as indústrias de conteúdos

Como votaram os eurodeputados portugueses na nova directiva dos direitos de autor? Um enganou-se

Por exemplo, com a nova lei, para publicar os links em cima, o Aventar teria que pagar uma comissão ao Público. O que vai acontecer? Aqui no blogue não temos receitas, isto é mantido por carolice, pelo que se chegar a vias de pagamentos, bye-bye links (é a minha opinião e não a do Aventar – ainda não discutimos o assunto). Quanto aos gigantes, como Google e Facebook, farão, muito provavelmente, aquilo que o Google já fez em situações semelhantes. Adeuzinho hiperligações.

Quanto aos tais filtros, quem já tentou contactar o Youtube ou o Facebook sabe perfeitamente que do outro lado não há ninguém.

O que vai acontecer é que a tecnologia destes filtros vai identificar o que as editoras declararem como sendo seu e, se não for o caso, azar. Direito de citação? É para esquecer. Atender ao contexto? Era o que faltava.

Só para recordar, e nem me vou dar ao trabalho de colocar um link, que é para se habituarem (está publicado no Aventar), já houve casos de editoras registarem como suas obras de música clássica, por exemplo Mozart, e quando alguém carregou um vídeo a tocar uma peça destas, viu-o bloqueado porque a editora dizia que tinha os direitos de autor de uma peça que é do domínio público. Isto é só um exemplo. A selvajaria aí virá.

Este é apenas o primeiro passo da censura na Internet. Novamente, não coloco link. Está publicado aqui. A UE tenta, há uns 10 anos, publicar diversas leis conducentes ao controlo do que se escreve online. Agora foi a desculpa dos direitos de autor. Mas em breve veremos a segurança ser usada como pretexto. Exagero? Tomem como exemplo o massacre na Nova Zelândia e imaginem alguém a usar o argumento “se a auto-publicação não existisse, este massacre não teria acontecido”.

Outra coisa absolutamente ridícula nesta UE é a ausência de voz dos cidadãos. Você teve oportunidade de se pronunciar nas urnas sobre esta lei? Eu não. Esta e muitas outras leis são cozinhadas entre um grupo de pessoas que não responde perante ninguém. A eleição é uma ilusão, já que o voto nas europeias nada muda. Vota-se em listas e não em deputados.

Por falar nessa gente, aqui fica a lista dos que votaram a favor e contra. Não são todos iguais, note-se. Mas, novamente, não vou poder votar nos deputados que me representaram, mas sim na lista onde eles estarão. A fonte é o Público.

Deputados portugueses que votaram a favor

Maria João Rodrigues (PS)

Carlos Zorrinho (PS)

Ricardo Serrão Santos (PS)

Pedro Silva Pereira (PS)

Liliana Rodrigues (PS)

Manuel dos Santos (PS)

Paulo Rangel (PSD)

Fernando Ruas (PSD)

Sofia Ribeiro (PSD)

Cláudia Monteiro de Aguiar (PSD)

José Manuel Fernandes (PSD)

Nuno Melo (CDS)

Carlos Coelho (PSD)

Marinho e Pinto – Partido Democrático Republicano (PDR)

José Inácio Faria (Partido da Terra)

Deputados portugueses que votaram contra

Ana Gomes (PS)

Francisco Assis (PS) — O eurodeputado enganou-se no momento de votação, mas o voto já foi corrigido.

Marisa Matias (BE)

João Ferreira (PCP)

Miguel Viegas (PCP)

João Pimenta Lopes (PCP

Referências adicionais:

(*) Chapéus há muitos!

Quando vir um autor mostrar a fortuna, ou uns trocos, até, com a nova lei da rolha, garanto que como um chapéu (*).

Directiva dos direitos de autor é aprovada numa vitória para as indústrias de conteúdos

Como votaram os eurodeputados portugueses na nova directiva dos direitos de autor? Um enganou-se

Por exemplo, com a nova lei, para publicar os links em cima, o Aventar teria que pagar uma comissão ao Público. O que vai acontecer? Aqui no blogue não temos receitas, isto é mantido por carolice, pelo que se chegar a vias de pagamentos, bye-bye links (é a minha opinião e não a do Aventar – ainda não discutimos o assunto). Quanto aos gigantes, como Google e Facebook, farão, muito provavelmente, aquilo que o Google já fez em situações semelhantes. Adeuzinho hiperligações.

Quanto aos tais filtros, quem já tentou contactar o Youtube ou o Facebook sabe perfeitamente que do outro lado não há ninguém.

O que vai acontecer é que a tecnologia destes filtros vai identificar o que as editoras declararem como sendo seu e, se não for o caso, azar. Direito de citação? É para esquecer. Atender ao contexto? Era o que faltava.

Só para recordar, e nem me vou dar ao trabalho de colocar um link, que é para se habituarem (está publicado no Aventar), já houve casos de editoras registarem como suas obras de música clássica, por exemplo Mozart, e quando alguém carregou um vídeo a tocar uma peça destas, viu-o bloqueado porque a editora dizia que tinha os direitos de autor de uma peça que é do domínio público. Isto é só um exemplo. A selvajaria aí virá.

Este é apenas o primeiro passo da censura na Internet. Novamente, não coloco link. Está publicado aqui. A UE tenta, há uns 10 anos, publicar diversas leis conducentes ao controlo do que se escreve online. Agora foi a desculpa dos direitos de autor. Mas em breve veremos a segurança ser usada como pretexto. Exagero? Tomem como exemplo o massacre na Nova Zelândia e imaginem alguém a usar o argumento “se a auto-publicação não existisse, este massacre não teria acontecido”.

Outra coisa absolutamente ridícula nesta UE é a ausência de voz dos cidadãos. Você teve oportunidade de se pronunciar nas urnas sobre esta lei? Eu não. Esta e muitas outras leis são cozinhadas entre um grupo de pessoas que não responde perante ninguém. A eleição é uma ilusão, já que o voto nas europeias nada muda. Vota-se em listas e não em deputados.

Por falar nessa gente, aqui fica a lista dos que votaram a favor e contra. Não são todos iguais, note-se. Mas, novamente, não vou poder votar nos deputados que me representaram, mas sim na lista onde eles estarão. A fonte é o Público.

Deputados portugueses que votaram a favor

Maria João Rodrigues (PS)

Carlos Zorrinho (PS)

Ricardo Serrão Santos (PS)

Pedro Silva Pereira (PS)

Liliana Rodrigues (PS)

Manuel dos Santos (PS)

Paulo Rangel (PSD)

Fernando Ruas (PSD)

Sofia Ribeiro (PSD)

Cláudia Monteiro de Aguiar (PSD)

José Manuel Fernandes (PSD)

Nuno Melo (CDS)

Carlos Coelho (PSD)

Marinho e Pinto – Partido Democrático Republicano (PDR)

José Inácio Faria (Partido da Terra)

Deputados portugueses que votaram contra

Ana Gomes (PS)

Francisco Assis (PS) — O eurodeputado enganou-se no momento de votação, mas o voto já foi corrigido.

Marisa Matias (BE)

João Ferreira (PCP)

Miguel Viegas (PCP)

João Pimenta Lopes (PCP

Referências adicionais:

(*) Chapéus há muitos!

marcar artigo