“Aquecimento global é o maior flagelo dos oceanos. Negar este facto é criminalidade política e ambiental”, afirma ministro do Mar

06-10-2020
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No dia em que a 'Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030' foi colocada em consulta pública, o ministro do Mar alertou que o crescente aumento da temperatura é uma ameaça “muito maior do que a pandemia” e um risco existencial para o planeta e para as nossas vidas. Na conferência 'Ação Climática - Desafios Estratégicos', realizada esta segunda-feira na Alfândega do Porto, Ricardo Serrão Santos abriu o painel relativo ao impacto no mar das alterações climáticas parafraseando António Guterres, mas foi mais longe ao advertir que “a negação aquecimento global” veiculadas nas redes sociais “é criminalidade política e ambiental”.

Para o ministro da tutela, as ameaças climáticas têm por base evidências científicas que, como cientista e mesmo sabendo que há sempre uma margem de erro associada, não podem de forma alguma ser refutadas. “Temos de combater a mentira, as notícias falsas e as crenças pós-factuais”, avisou.

O ministro-cientista não tem dúvidas de que o crescente aumento da temperatura, responsável por cada vez mais frequentes catástrofes naturais, na terra e no mar, é o maior flagelo do nosso tempo, uma ameaça prognosticada por oceanógrafos nos anos 50 do século XX, “mas que os Estado consentiram que prosseguisse, apesar de o oceano ser o maior regulador do clima a nível global”.

“O aquecimento impôs stresse e enfraqueceu a saúde dos mares. É preciso não esquecer que o oceano é o principal responsável pela absorção de dióxido de carbono em excesso do planeta”, referiu Serrão Santos, acrescentando que o sequestro de carbono e o aquecimento global têm custos cada vez mais severos no “maior reguladores climático, vítima do calor-extra produzido sobretudo por atividades desenvolvidas em terra”.

Embora tenham um papel vital, o ministro lamenta que só nos últimos anos os mares tenham adquirido reconhecimento político, “ironicamente devido à crise da invasão dos plásticos nos oceanos, que gerou uma onda de sensibilização, por vezes mais emocional do que racional”. Acidificação, aumento da temperatura média, empobrecimento em oxigénio das águas, ondas de calor, perturbação das zonas costeiras e tempestades marítimas são alguns dos fenómenos adversos enunciados por Serrão Santos, sem esquecer a perda de biodiversidade, quebra de recursos ou extinção de espécies marinhas.

“A importância dos oceanos tem de ser não só mais reconhecida como mais bem integrada nas políticas de neutralidade carbónica”, disse o ministro, que alega que os próximos 10 anos são de supremo desafio a nível mundial, mas também para Portugal no cumprimento da meta da neutralidade carbónica em 2050. “O oceano é decisivo para a aposta na sustentabilidade e no investimento das energias renováveis oceânicas”, salientou, garantindo que a descarbonização dos transportes marítimos, desde os de grande porte aos navios-cruzeiro ou aos barcos recreativos, será fundamental para o controle de resíduos poluentes na costa e alto mar.

Segundo Ricardo Serrão Santos, o melhor observatório de medição da taxa de aquecimento global é a monitorização em alto mar, efetuado em navios e na coluna de água, observação que reflete não só o aquecimento oceânico como terrestre. “A Década das Nações Unidas da Ciência dos Oceanos para o Desenvolvimento Sustentável”, de que Portugal faz parte,“ vem reforçar a cooperação internacional entre Estados”, adianta o ministro do Mar, frisando que a economia do mar é urgente para a recuperação económica e social na crise pandémica.

“Já acreditava antes da pandemia, agora ainda mais, que os oceanos oferecem francas oportunidades para o desenvolvimento económico e de emprego”, avançou, lembrando ainda que do mar vem um dos alimentos mais saudáveis: o peixe. “Só com oceanos saudáveis as gerações futuras terão uma existência saudável”, conclui.

No dia em que a 'Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030' foi colocada em consulta pública, o ministro do Mar alertou que o crescente aumento da temperatura é uma ameaça “muito maior do que a pandemia” e um risco existencial para o planeta e para as nossas vidas. Na conferência 'Ação Climática - Desafios Estratégicos', realizada esta segunda-feira na Alfândega do Porto, Ricardo Serrão Santos abriu o painel relativo ao impacto no mar das alterações climáticas parafraseando António Guterres, mas foi mais longe ao advertir que “a negação aquecimento global” veiculadas nas redes sociais “é criminalidade política e ambiental”.

Para o ministro da tutela, as ameaças climáticas têm por base evidências científicas que, como cientista e mesmo sabendo que há sempre uma margem de erro associada, não podem de forma alguma ser refutadas. “Temos de combater a mentira, as notícias falsas e as crenças pós-factuais”, avisou.

O ministro-cientista não tem dúvidas de que o crescente aumento da temperatura, responsável por cada vez mais frequentes catástrofes naturais, na terra e no mar, é o maior flagelo do nosso tempo, uma ameaça prognosticada por oceanógrafos nos anos 50 do século XX, “mas que os Estado consentiram que prosseguisse, apesar de o oceano ser o maior regulador do clima a nível global”.

“O aquecimento impôs stresse e enfraqueceu a saúde dos mares. É preciso não esquecer que o oceano é o principal responsável pela absorção de dióxido de carbono em excesso do planeta”, referiu Serrão Santos, acrescentando que o sequestro de carbono e o aquecimento global têm custos cada vez mais severos no “maior reguladores climático, vítima do calor-extra produzido sobretudo por atividades desenvolvidas em terra”.

Embora tenham um papel vital, o ministro lamenta que só nos últimos anos os mares tenham adquirido reconhecimento político, “ironicamente devido à crise da invasão dos plásticos nos oceanos, que gerou uma onda de sensibilização, por vezes mais emocional do que racional”. Acidificação, aumento da temperatura média, empobrecimento em oxigénio das águas, ondas de calor, perturbação das zonas costeiras e tempestades marítimas são alguns dos fenómenos adversos enunciados por Serrão Santos, sem esquecer a perda de biodiversidade, quebra de recursos ou extinção de espécies marinhas.

“A importância dos oceanos tem de ser não só mais reconhecida como mais bem integrada nas políticas de neutralidade carbónica”, disse o ministro, que alega que os próximos 10 anos são de supremo desafio a nível mundial, mas também para Portugal no cumprimento da meta da neutralidade carbónica em 2050. “O oceano é decisivo para a aposta na sustentabilidade e no investimento das energias renováveis oceânicas”, salientou, garantindo que a descarbonização dos transportes marítimos, desde os de grande porte aos navios-cruzeiro ou aos barcos recreativos, será fundamental para o controle de resíduos poluentes na costa e alto mar.

Segundo Ricardo Serrão Santos, o melhor observatório de medição da taxa de aquecimento global é a monitorização em alto mar, efetuado em navios e na coluna de água, observação que reflete não só o aquecimento oceânico como terrestre. “A Década das Nações Unidas da Ciência dos Oceanos para o Desenvolvimento Sustentável”, de que Portugal faz parte,“ vem reforçar a cooperação internacional entre Estados”, adianta o ministro do Mar, frisando que a economia do mar é urgente para a recuperação económica e social na crise pandémica.

“Já acreditava antes da pandemia, agora ainda mais, que os oceanos oferecem francas oportunidades para o desenvolvimento económico e de emprego”, avançou, lembrando ainda que do mar vem um dos alimentos mais saudáveis: o peixe. “Só com oceanos saudáveis as gerações futuras terão uma existência saudável”, conclui.

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