Fado Falado: O voto sereno, o apelo à participação e a tarde com a família

02-06-2020
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Ontem defendi aqui a alteração da lei, no sentido de acabar com o dia de reflexão.Hoje, venho defender que a lei passe a proibir a recolha, por jornalistas, de depoimentos de candidatos nas suas secções de voto.Não consigo encontrar o mínimo de interesse jornalístico na cobertura deste tipo de acontecimentos: o sr. X votou às 11.30 na Escola Gil Eanes e apelou à participação dos portugueses. A tarde será passada em família.Hoje, por volta das 11, liguei a TV e deparei-me, na RTP-N, com um directo da Junta de Massarelos, onde Rui Rio aguardava a vez de votar. Directo, senhores!!!A única reportagem deste género que poderia ter interesse seria qualquer coisa do tipo: o deputado Luís Fazenda entrou hoje na sua secção de voto armado, acompanhado de quatro amigos também armados, com gritos deIsto já teria algum interesse jornalístico.Acresce que a lei proíbe a difusão de qualquer tipo de propaganda num raio de não sei quanto metros das mesas de voto. Ora, um candidato a falar à porta da secção de voto, mesmo que só diga banalidades, prefigura um quadro de propaganda e apelo ao voto.Se eu fosse candidato ou titular de um cargo político:a) recusar-me-ia a produzir qualquer tipo de declaração quando fosse votar.b) não divulgaria aos jornalistas a hora a que votaria.c) votaria às 8 da manhã em ponto, correndo o risco de com isso ter má imprensa. Porque tê-la-ia: a preguiça é uma das piores características da classe jornalística.

Ontem defendi aqui a alteração da lei, no sentido de acabar com o dia de reflexão.Hoje, venho defender que a lei passe a proibir a recolha, por jornalistas, de depoimentos de candidatos nas suas secções de voto.Não consigo encontrar o mínimo de interesse jornalístico na cobertura deste tipo de acontecimentos: o sr. X votou às 11.30 na Escola Gil Eanes e apelou à participação dos portugueses. A tarde será passada em família.Hoje, por volta das 11, liguei a TV e deparei-me, na RTP-N, com um directo da Junta de Massarelos, onde Rui Rio aguardava a vez de votar. Directo, senhores!!!A única reportagem deste género que poderia ter interesse seria qualquer coisa do tipo: o deputado Luís Fazenda entrou hoje na sua secção de voto armado, acompanhado de quatro amigos também armados, com gritos deIsto já teria algum interesse jornalístico.Acresce que a lei proíbe a difusão de qualquer tipo de propaganda num raio de não sei quanto metros das mesas de voto. Ora, um candidato a falar à porta da secção de voto, mesmo que só diga banalidades, prefigura um quadro de propaganda e apelo ao voto.Se eu fosse candidato ou titular de um cargo político:a) recusar-me-ia a produzir qualquer tipo de declaração quando fosse votar.b) não divulgaria aos jornalistas a hora a que votaria.c) votaria às 8 da manhã em ponto, correndo o risco de com isso ter má imprensa. Porque tê-la-ia: a preguiça é uma das piores características da classe jornalística.

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