Fado Falado: De novo em tom subtil escorrega-se para aí parece-me

01-06-2020
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Os leitores fieis do FF sabem bem que aqui já zurzi forte e feio em Carrilho. Sinceramente, acho que está tudo dito sobre o homem. Por isso o que se passou nesse debate - que eu não vi - não espanta. Chegou-me a ideia de um Carrilho mal educado, mas já pude ler e ouvir que Carmona também pisou por vezes o risco.Em breve, penso voltar à questão autárquica. Até porque nos comments do último MV encontrei leituras muito acertadas da situação em Lisboa. E não faltarão notícias até 9 de Outubro, concerteza.O que me traz por ora ao vosso ecrã é uma constatação vagamente auto-crítica que me parece suficientemente pensada para partilha bloguística. Noto de uma forma cada vez mais clara que a cobertura jornalistica da campanha eleitoral em Lisboa está a resvalar para um claro anti-carrilhismo (que foi acicatado pelo próprio numa nojenta entrevista ao Expresso).Exemplo: Não é para mim claro que episódios como o do aperto-de-mão-que-não existiu não aconteçam noutros debates televisivos com outros candidatos (sinal dos tempos, consegui escrever três nãos numa frase). E ainda não vi, por exemplo, uma séria análise a ideias lançadas em pré-campanha como a divisão de Lisboa em 6 distritos urbanos...A isto junto uma outra nota. Não acredito numa predisposição jornalistica para favorecer o PSD em Lisboa (não existe, penso eu), mas não deixo de observar um comportamento algo macio dos jornalistas face a Carmona Rodrigues. A verdade é que ninguém ainda percebeu que ideia tem este senhor para a cidade e se de facto concordou com Santana Lopes, nomeadamente na loucura escavadora chamada Tunel do Marquês.A questão é que enquanto Carrilho insultava jornalistas, Carmona convidava-os para almoçar ou nalguns casos a beber um copo . E isso pode não o beneficiar directamente (os repórteres e os seus editores não são assim permeáveis ) mas coloca-o num plano de afabilidade que é muitas vezes um engodo para os jornalistas. Neste caso, a seriedade de carácter pode ser uma forma de charme. E a comunicação social não gosta de ser maltratada pelos politicos.O tema é extenso e mais velho que Manuel de Oliveira. E acho que merece ir a discussão até Janeiro. Pensem bem nas relações distintas que Cavaco e Soares mantiveram com os jornalistas durante as suas carreiras politicas.

Os leitores fieis do FF sabem bem que aqui já zurzi forte e feio em Carrilho. Sinceramente, acho que está tudo dito sobre o homem. Por isso o que se passou nesse debate - que eu não vi - não espanta. Chegou-me a ideia de um Carrilho mal educado, mas já pude ler e ouvir que Carmona também pisou por vezes o risco.Em breve, penso voltar à questão autárquica. Até porque nos comments do último MV encontrei leituras muito acertadas da situação em Lisboa. E não faltarão notícias até 9 de Outubro, concerteza.O que me traz por ora ao vosso ecrã é uma constatação vagamente auto-crítica que me parece suficientemente pensada para partilha bloguística. Noto de uma forma cada vez mais clara que a cobertura jornalistica da campanha eleitoral em Lisboa está a resvalar para um claro anti-carrilhismo (que foi acicatado pelo próprio numa nojenta entrevista ao Expresso).Exemplo: Não é para mim claro que episódios como o do aperto-de-mão-que-não existiu não aconteçam noutros debates televisivos com outros candidatos (sinal dos tempos, consegui escrever três nãos numa frase). E ainda não vi, por exemplo, uma séria análise a ideias lançadas em pré-campanha como a divisão de Lisboa em 6 distritos urbanos...A isto junto uma outra nota. Não acredito numa predisposição jornalistica para favorecer o PSD em Lisboa (não existe, penso eu), mas não deixo de observar um comportamento algo macio dos jornalistas face a Carmona Rodrigues. A verdade é que ninguém ainda percebeu que ideia tem este senhor para a cidade e se de facto concordou com Santana Lopes, nomeadamente na loucura escavadora chamada Tunel do Marquês.A questão é que enquanto Carrilho insultava jornalistas, Carmona convidava-os para almoçar ou nalguns casos a beber um copo . E isso pode não o beneficiar directamente (os repórteres e os seus editores não são assim permeáveis ) mas coloca-o num plano de afabilidade que é muitas vezes um engodo para os jornalistas. Neste caso, a seriedade de carácter pode ser uma forma de charme. E a comunicação social não gosta de ser maltratada pelos politicos.O tema é extenso e mais velho que Manuel de Oliveira. E acho que merece ir a discussão até Janeiro. Pensem bem nas relações distintas que Cavaco e Soares mantiveram com os jornalistas durante as suas carreiras politicas.

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