“É importante reconhecer e valorizar o mérito empresarial”

03-01-2020
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Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, explica em entrevista a história das empresas gazela, faz um balanço das mesmas e destaca a sua importância no desenvolvimento da região.

O que levou à origem das empresas gazela?

Na origem da atribuição do galardão "Empresa Gazela" esteve a necessidade de distinguir um segmento de empresas com um bom desempenho em períodos particularmente difíceis, de crise económico-financeira. É muito importante reconhecer e valorizar o mérito e criar boas referências e esperança para quem deseja seguir a via empresarial. Na região temos de multiplicar os casos de sucesso.

Há quanto tempo existe a iniciativa?

Neste mês, vamos realizar a 3.ª Gala de Empresas Gazela 2016. No entanto, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) já elabora, pelo quinto ano consecutivo, o apuramento das empresas gazela existentes na região Centro.

As empresas gazela têm crescido todos os anos. Comparativamente, o número de empresas gazela 2016 da região Centro cresceu 52,6% face ao ano de 2015 – de 57 para 87 empresas. O que motivou esta situação?

Corresponde ao dinamismo empresarial da região Centro e que poderá estar relacionado com a base produtiva diversificada; a existência de ecossistemas inovadores e empreendedores – redes de parques de ciência e tecnologia e de incubadoras e sistema científico e tecnológico dinâmico e reconhecido internacionalmente; as políticas públicas para as empresas e para o incremento da internacionalização e da capacidade exportadora da economia regional.

Qual a importância das empresas gazela para a região Centro?

As empresas gazela são importantes para a região Centro pela sua capacidade de criar emprego e riqueza. Para a CCDRC, as empresas gazela são também utilizadas como indicador que permite acompanhar e monitorizar as dinâmicas regionais e a vitalidade e a resiliência do tecido empresarial e produtivo regional. Afere ainda o impacto das políticas públicas, através da procura e da utilização dos sistemas de incentivos às empresas, nos instrumentos financeiros Compete 2020 e Centro 2020, do Portugal 2020.

Quantas empresas gazela apresentaram candidaturas no âmbito dos sistemas de incentivos Portugal 2020?

Em termos de projectos de investimento, quase um terço (27) das empresas gazela identificadas apresentou candidaturas no âmbito dos sistemas de incentivos do Portugal 2020 (2014-2020).

Da parte da CCDRC, quantas empresas são apoiadas pelo Centro 2020 e em que valor?

Estas 27 empresas gazela apresentaram 48 projectos de investimento no âmbito dos sistemas de incentivos do Portugal 2020 (37 ao Centro 2020 e 11 ao Compete 2020). Neste momento, encontram-se aprovados 13 destes projectos, em que 12 destes serão co-financiados pelo Centro 2020. Este volume de aprovações traduz-se numa intenção de investimento de 16 milhões de euros com comparticipação de fundos comunitários de cerca de dez milhões de euros.

E da parte das diferentes autarquias existe apoio a estas empresas?

As autarquias são a nível local um importante elemento facilitador e dinamizador do investimento e da economia. A generalidade das autarquias possui estruturas de apoio aos investidores e boas infra-estruturas de apoio à actividade económica. No âmbito das suas competências, concedem também alguns apoios à localização de investimento e às empresas, em geral. A este propósito, a CCDRC está a ultimar a disponibilização de uma plataforma que congrega todos os apoios municipais existentes para os investidores, permitindo inclusive fazer comparações. Vai ser um instrumento muito interessante para quem quer investir na região Centro.

No seu entender, por que motivo ainda existem quase metade dos municípios na região Centro sem qualquer empresa gazela?

Eu gosto de olhar as coisas pela perspectiva positiva. Diria que já temos empresas gazela em praticamente metade dos municípios da região (45 em 100), o que é muito positivo, até porque são empresas especiais. Não podemos esquecer que o próprio padrão territorial da distribuição empresarial também condiciona o das empresas gazela. É mais fácil gerar actividade económica onde ela já existe. Persistem dificuldades para captar empresas nos territórios de baixa densidade por existir uma classe empreendedora mais débil, mão-de-obra insuficiente ou pouco qualificada para novas actividades e algumas fragilidades infra-estruturais e na captação de investimento.

Qual o volume de negócios destas empresas na região Centro?

O volume de negócios das empresas gazela 2016 da região Centro cresceu de forma significativa (485%) entre 2012 e 2015, comprovando que mesmo em anos de maiores constrangimentos estas empresas conseguem continuar a expandir as suas actividades, sendo que facturaram 46 milhões de euros em 2012, 267 milhões de euros em 2015 e tiveram um crescimento médio anual de 80%.

Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, explica em entrevista a história das empresas gazela, faz um balanço das mesmas e destaca a sua importância no desenvolvimento da região.

O que levou à origem das empresas gazela?

Na origem da atribuição do galardão "Empresa Gazela" esteve a necessidade de distinguir um segmento de empresas com um bom desempenho em períodos particularmente difíceis, de crise económico-financeira. É muito importante reconhecer e valorizar o mérito e criar boas referências e esperança para quem deseja seguir a via empresarial. Na região temos de multiplicar os casos de sucesso.

Há quanto tempo existe a iniciativa?

Neste mês, vamos realizar a 3.ª Gala de Empresas Gazela 2016. No entanto, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) já elabora, pelo quinto ano consecutivo, o apuramento das empresas gazela existentes na região Centro.

As empresas gazela têm crescido todos os anos. Comparativamente, o número de empresas gazela 2016 da região Centro cresceu 52,6% face ao ano de 2015 – de 57 para 87 empresas. O que motivou esta situação?

Corresponde ao dinamismo empresarial da região Centro e que poderá estar relacionado com a base produtiva diversificada; a existência de ecossistemas inovadores e empreendedores – redes de parques de ciência e tecnologia e de incubadoras e sistema científico e tecnológico dinâmico e reconhecido internacionalmente; as políticas públicas para as empresas e para o incremento da internacionalização e da capacidade exportadora da economia regional.

Qual a importância das empresas gazela para a região Centro?

As empresas gazela são importantes para a região Centro pela sua capacidade de criar emprego e riqueza. Para a CCDRC, as empresas gazela são também utilizadas como indicador que permite acompanhar e monitorizar as dinâmicas regionais e a vitalidade e a resiliência do tecido empresarial e produtivo regional. Afere ainda o impacto das políticas públicas, através da procura e da utilização dos sistemas de incentivos às empresas, nos instrumentos financeiros Compete 2020 e Centro 2020, do Portugal 2020.

Quantas empresas gazela apresentaram candidaturas no âmbito dos sistemas de incentivos Portugal 2020?

Em termos de projectos de investimento, quase um terço (27) das empresas gazela identificadas apresentou candidaturas no âmbito dos sistemas de incentivos do Portugal 2020 (2014-2020).

Da parte da CCDRC, quantas empresas são apoiadas pelo Centro 2020 e em que valor?

Estas 27 empresas gazela apresentaram 48 projectos de investimento no âmbito dos sistemas de incentivos do Portugal 2020 (37 ao Centro 2020 e 11 ao Compete 2020). Neste momento, encontram-se aprovados 13 destes projectos, em que 12 destes serão co-financiados pelo Centro 2020. Este volume de aprovações traduz-se numa intenção de investimento de 16 milhões de euros com comparticipação de fundos comunitários de cerca de dez milhões de euros.

E da parte das diferentes autarquias existe apoio a estas empresas?

As autarquias são a nível local um importante elemento facilitador e dinamizador do investimento e da economia. A generalidade das autarquias possui estruturas de apoio aos investidores e boas infra-estruturas de apoio à actividade económica. No âmbito das suas competências, concedem também alguns apoios à localização de investimento e às empresas, em geral. A este propósito, a CCDRC está a ultimar a disponibilização de uma plataforma que congrega todos os apoios municipais existentes para os investidores, permitindo inclusive fazer comparações. Vai ser um instrumento muito interessante para quem quer investir na região Centro.

No seu entender, por que motivo ainda existem quase metade dos municípios na região Centro sem qualquer empresa gazela?

Eu gosto de olhar as coisas pela perspectiva positiva. Diria que já temos empresas gazela em praticamente metade dos municípios da região (45 em 100), o que é muito positivo, até porque são empresas especiais. Não podemos esquecer que o próprio padrão territorial da distribuição empresarial também condiciona o das empresas gazela. É mais fácil gerar actividade económica onde ela já existe. Persistem dificuldades para captar empresas nos territórios de baixa densidade por existir uma classe empreendedora mais débil, mão-de-obra insuficiente ou pouco qualificada para novas actividades e algumas fragilidades infra-estruturais e na captação de investimento.

Qual o volume de negócios destas empresas na região Centro?

O volume de negócios das empresas gazela 2016 da região Centro cresceu de forma significativa (485%) entre 2012 e 2015, comprovando que mesmo em anos de maiores constrangimentos estas empresas conseguem continuar a expandir as suas actividades, sendo que facturaram 46 milhões de euros em 2012, 267 milhões de euros em 2015 e tiveram um crescimento médio anual de 80%.

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