Caso Isabel dos Santos. Teixeira dos Santos ameaça Ana Gomes com processo por difamação

24-01-2020
marcar artigo

O Expresso contactou ao início da tarde da agência LPM que em Portugal representa Isabel dos Santos, mas não obteve qualquer reação às acusações de Ana Gomes.

Ou Ana Gomes "prova o que afirma no tuite ou será acusada em tribunal de difamação", diz Teixeira dos Santos ao Expresso, descartando mais comentários sobre o assunto. "É só isso que tenho a dizer, mais nada", refere Teixeira dos Santos que fez questão de deixar claro que fala na qualidade do presidente do banco: "Não sou porta-voz de ninguém, falo na qualidade de presidente do Eurobic".

A ex-eurodeputada Ana Gomes acusa Isabel dos Santos de "lavar dinheiro" em Portugal , envolvendo diretamente o EuroBic, o banco de que ela é accionista? Fernando Teixeira dos Santos, o ex-ministro das Finanças que preside ao EuroBic, não se fica e quer que Ana Gomes apresente provas do que diz. Sem provas, avança com um processo por difamação.

No twitter, Ana Gomes acusava ainda o Banco de Portugal (BdP) de "assobiar para o lado" e fingir que não vê "a lavagem de dinheiro" da empresário angolana que detém em Portugal,, além do Eurobic, a NOS e Efacec.

Uma cruzada antiga

A cruzada de Ana Gomes contra a "lavagem" de Isabel dos Santos tem um histórico de anos. Em junho de 2018, a eurodeputada dirigira cartas ao BdP e autoridades bancárias europeias, questionando sobre a idoneidade da empresária e do banqueiro angolano, Carlos Silva.

"Eu estou a fazer perguntas óbvias. O BdP tem de ser confrontado com essas questões porque tem tremendas responsabilidades", alegou na altura Ana Gomes, acrescentando "não ser admissível", depois do caso do Banco Espírito Santo, "mais uma vez o BdP continue a fechar os olhos".

No caso de Isabel dos Santos, a eurodeputada queria saber se lhe seria renovada "a avaliação de idoneidade" que lhe permite "ser acionista qualificada de bancos em Portugal"

Lavandaria de cleptocratas

"Não podemos continuar a ser a lavandaria de cleptocratas, sejam angolanos, da Guiné-Equatorial, do Brasil ou de onde quer que seja", comentou na altura a então a eurodeputada socialista.

Em 2016, Ana Gomes já defendera que a filha mais velha do ex-presidente José Eduardo dos Santos "não tinha idoneidade para ser acionista qualificada em instituições financeiras portuguesas" e fizera diligências para apurar "se os mecanismos de verificação da origem dos fundos investidos e património de Isabel dos Santos tinham sido acionados na aquisição de participações sociais em bancos portugueses e outras empresas de grande dimensão".

"Isto tem que ser travado e, portanto, se o BdP não faz o trabalho de recolha das informações e avaliação das informações, então eu faço por ele", advertiu na altura a ex-diplomata.

Os dados que recolheu na investigação que encetou poderão agora ser preciosos, no caso de Teixeira dos Santos cumprir a ameaça de a levar à barra do tribunal. Que provas terá Ana Gomes para apresentar?

O Expresso contactou ao início da tarde da agência LPM que em Portugal representa Isabel dos Santos, mas não obteve qualquer reação às acusações de Ana Gomes.

Ou Ana Gomes "prova o que afirma no tuite ou será acusada em tribunal de difamação", diz Teixeira dos Santos ao Expresso, descartando mais comentários sobre o assunto. "É só isso que tenho a dizer, mais nada", refere Teixeira dos Santos que fez questão de deixar claro que fala na qualidade do presidente do banco: "Não sou porta-voz de ninguém, falo na qualidade de presidente do Eurobic".

A ex-eurodeputada Ana Gomes acusa Isabel dos Santos de "lavar dinheiro" em Portugal , envolvendo diretamente o EuroBic, o banco de que ela é accionista? Fernando Teixeira dos Santos, o ex-ministro das Finanças que preside ao EuroBic, não se fica e quer que Ana Gomes apresente provas do que diz. Sem provas, avança com um processo por difamação.

No twitter, Ana Gomes acusava ainda o Banco de Portugal (BdP) de "assobiar para o lado" e fingir que não vê "a lavagem de dinheiro" da empresário angolana que detém em Portugal,, além do Eurobic, a NOS e Efacec.

Uma cruzada antiga

A cruzada de Ana Gomes contra a "lavagem" de Isabel dos Santos tem um histórico de anos. Em junho de 2018, a eurodeputada dirigira cartas ao BdP e autoridades bancárias europeias, questionando sobre a idoneidade da empresária e do banqueiro angolano, Carlos Silva.

"Eu estou a fazer perguntas óbvias. O BdP tem de ser confrontado com essas questões porque tem tremendas responsabilidades", alegou na altura Ana Gomes, acrescentando "não ser admissível", depois do caso do Banco Espírito Santo, "mais uma vez o BdP continue a fechar os olhos".

No caso de Isabel dos Santos, a eurodeputada queria saber se lhe seria renovada "a avaliação de idoneidade" que lhe permite "ser acionista qualificada de bancos em Portugal"

Lavandaria de cleptocratas

"Não podemos continuar a ser a lavandaria de cleptocratas, sejam angolanos, da Guiné-Equatorial, do Brasil ou de onde quer que seja", comentou na altura a então a eurodeputada socialista.

Em 2016, Ana Gomes já defendera que a filha mais velha do ex-presidente José Eduardo dos Santos "não tinha idoneidade para ser acionista qualificada em instituições financeiras portuguesas" e fizera diligências para apurar "se os mecanismos de verificação da origem dos fundos investidos e património de Isabel dos Santos tinham sido acionados na aquisição de participações sociais em bancos portugueses e outras empresas de grande dimensão".

"Isto tem que ser travado e, portanto, se o BdP não faz o trabalho de recolha das informações e avaliação das informações, então eu faço por ele", advertiu na altura a ex-diplomata.

Os dados que recolheu na investigação que encetou poderão agora ser preciosos, no caso de Teixeira dos Santos cumprir a ameaça de a levar à barra do tribunal. Que provas terá Ana Gomes para apresentar?

marcar artigo