Coligação admite antecipar salários e sobretaxa

30-09-2020
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Passos Coelho e Paulo Portas (e Maria Luís Albuquerque) admitem flexibilizar as metas do défice para acolherem algumas das propostas do Partido Socialista. Com uma linha vermelha: não pisar o risco do défice excessivo, ou seja, não pôr em causa o défice de 3% . No Programa da Estabilidade (PE) que entregaram em Bruxelas, os líderes da coligação de direita apontam 1,8% do PIB como meta para o défice de 2016 e é com base nessa "folga" que admitem encaixar algumas cedências ao PS. Entre as propostas socialistas que estão a ser analisadas para levar esta terça-feira ao encontro com a direção de António Costa está a antecipação em dois anos da devolução da sobretaxa do IRS e dos salários aos funcionários públicos.

"Mantermo-nos fora do procedimento de défices excessivos continua a ser para nós um ponto de honra", afirmou ao Expresso um dirigente da coligação. Admitindo, no entanto, que a evolução positiva das contas públicas e a abertura conquistada por Portugal para um tratamento mais flexível de algumas regras da despesa por parte de Bruxelas por, já este ano, não excedermos os 3%, permitem negociar com o PS.

Pedro Passos Coelho já o tinha admitido na sexta-feira, no final do encontro com o líder socialista, quando prometeu fazer, na reunião desta terça-feira, "um exercício um bocadinho mais atrevido". Passos sinalizou na reunião estar disponível "para acertar ritmos da reposição de rendimentos" e, não tendo nenhuma das partes levado para esse encontro propostas concretas, o primeiro-ministro comprometeu-se a "selecionar propostas do PS" para debaterem no segundo encontro.

Foi esse trabalho de seleção que, durante o fim de semana, ocupou a ministra das Finanças, o primeiro-ministro, e o vice-primeiro-ministro, além do ministro da Segurança Social, área que Passos sempre disse querer negociar com os socialistas. O resultado do trabalho feito deste lado da barricada ainda não foi enviado aos socialistas, mas fontes da maioria confirmam que analisaram a redução para metade do tempo previsto no PE para a devolução dos salários e da sobretaxa, bem como a redução do IVA da restauração e até a revisão dos escalões do IRS.

Coincidência ou não, o gabinete da ministra das Finanças confirmou esta segunda-feira ter informado Bruxelas de que não entregará as grandes linhas da proposta orçamental para o próximo ano, esperando que seja o próximo Governo a fazê-lo. Um compasso de espera que encaixa na perfeição na necessidade de Passos negociar com Costa algumas cedências que está disposto a fazer, com vista a um acordo que possa viabilizar o Governo de direita.

Passos Coelho e Paulo Portas (e Maria Luís Albuquerque) admitem flexibilizar as metas do défice para acolherem algumas das propostas do Partido Socialista. Com uma linha vermelha: não pisar o risco do défice excessivo, ou seja, não pôr em causa o défice de 3% . No Programa da Estabilidade (PE) que entregaram em Bruxelas, os líderes da coligação de direita apontam 1,8% do PIB como meta para o défice de 2016 e é com base nessa "folga" que admitem encaixar algumas cedências ao PS. Entre as propostas socialistas que estão a ser analisadas para levar esta terça-feira ao encontro com a direção de António Costa está a antecipação em dois anos da devolução da sobretaxa do IRS e dos salários aos funcionários públicos.

"Mantermo-nos fora do procedimento de défices excessivos continua a ser para nós um ponto de honra", afirmou ao Expresso um dirigente da coligação. Admitindo, no entanto, que a evolução positiva das contas públicas e a abertura conquistada por Portugal para um tratamento mais flexível de algumas regras da despesa por parte de Bruxelas por, já este ano, não excedermos os 3%, permitem negociar com o PS.

Pedro Passos Coelho já o tinha admitido na sexta-feira, no final do encontro com o líder socialista, quando prometeu fazer, na reunião desta terça-feira, "um exercício um bocadinho mais atrevido". Passos sinalizou na reunião estar disponível "para acertar ritmos da reposição de rendimentos" e, não tendo nenhuma das partes levado para esse encontro propostas concretas, o primeiro-ministro comprometeu-se a "selecionar propostas do PS" para debaterem no segundo encontro.

Foi esse trabalho de seleção que, durante o fim de semana, ocupou a ministra das Finanças, o primeiro-ministro, e o vice-primeiro-ministro, além do ministro da Segurança Social, área que Passos sempre disse querer negociar com os socialistas. O resultado do trabalho feito deste lado da barricada ainda não foi enviado aos socialistas, mas fontes da maioria confirmam que analisaram a redução para metade do tempo previsto no PE para a devolução dos salários e da sobretaxa, bem como a redução do IVA da restauração e até a revisão dos escalões do IRS.

Coincidência ou não, o gabinete da ministra das Finanças confirmou esta segunda-feira ter informado Bruxelas de que não entregará as grandes linhas da proposta orçamental para o próximo ano, esperando que seja o próximo Governo a fazê-lo. Um compasso de espera que encaixa na perfeição na necessidade de Passos negociar com Costa algumas cedências que está disposto a fazer, com vista a um acordo que possa viabilizar o Governo de direita.

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