Com apoios no PS divididos, Costa tece largos elogios a Marcelo mas evita hostilizar Ana Gomes

13-11-2020
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Sem surpresas, a direção do PS decidiu este sábado dar liberdade de voto ao partido nas presidenciais. Fê-lo com um sinal de apoio implícito, mas claro, a Marcelo Rebelo de Sousa - cuja cooperação com o Governo será “decisiva” para a fase de crise que o país atravessa - e um esforço para não hostilizar Ana Gomes, a candidata que é uma “distinta militante” do PS.

O partido parte para a corrida a Belém dividido, como provou a reunião deste sábado da comissão nacional do PS, em que Pedro Nuno Santos - o rosto da ala esquerda do partido e um possível candidato à sucessão de António Costa - confirmou o seu apoio a Ana Gomes e criticou a gestão deste dossiê pela direção socialista. Por isso, e porque é expectável que nos próximos dias surjam mais apoios à diplomata, depois de muitos nomes do topo da hierarquia socialista terem assumido estar com Marcelo, importava não queimar pontes.

Assim, António Costa falou no final da reunião, em Lisboa, para explicar a deliberação da comissão nacional socialista tecendo elogios claros a Marcelo, mas sem hostilizar Ana Gomes. A avaliação que o PS faz do mandato do atual presidente é “positiva”, explicou Costa, sublinhando como aspetos positivos o “entendimento da função presidencial” de Marcelo, a “solidariedade institucional” com o Governo e a forma como tem representado Portugal no estrangeiro. Mas os elogios foram ainda mais além: esta “cooperação” entre Governo e presidente deu não só um “contributo muito importante” para que a crise económica fosse superada como tendo sido também um fator “decisivo” para enfrentar a emergência económica e social que o país atravessa. E continuará a sê-lo, previu Costa, na “reconstrução” que Portugal terá de fazer, pós-pandemia.

Feitos os elogios a Marcelo, a ressalva: o PS quis deixar uma “saudação” às candidaturas - com exceção de André Ventura, o candidato que importa “derrotar” - já apresentadas, “destacando naturalmente” a de Ana Gomes, “distinta militante socialista” - até porque será nela que parte do partido e sobretudo do aparelho irá, previsivelmente, votar.

Apesar das divergências nos apoios que vão sendo conhecidos, António Costa fez questão de frisar que sentiu “o partido unido” nesta reunião e que, ao contrário de “momentos dramáticos” na história do PS em que o partido se dividiu graças às eleições presidenciais, neste caso “não há divisão no PS”. Pelo menos, é isso que o primeiro-ministro e secretário-geral do partido espera, numa altura em que aproveita para lembrar que as presidenciais “não são momentos de afirmação partidária”.

Confirmando que o PS dará assim liberdade de voto aos seus militantes, Costa transmitiu as razões para esta escolha: as prioridades do PS, “enquanto partido de Governo e maior partido autárquico”, não passarão por gastar energias de maior nas presidenciais, focando-se no “combate à pandemia”, na “recuperação económica e social” e na “preparação do futuro”. Mesmo assim, Costa quis deixar claro que o partido “não desvaloriza de forma alguma” estas eleições, apelando à participação dos seus militantes que, como vai ficando claro, se dividirão entre as várias candidaturas - não só de Marcelo e de Ana Gomes, mas também da restante esquerda, havendo já apoios declarados a João Ferreira, do PCP, no PS.

Sem surpresas, a direção do PS decidiu este sábado dar liberdade de voto ao partido nas presidenciais. Fê-lo com um sinal de apoio implícito, mas claro, a Marcelo Rebelo de Sousa - cuja cooperação com o Governo será “decisiva” para a fase de crise que o país atravessa - e um esforço para não hostilizar Ana Gomes, a candidata que é uma “distinta militante” do PS.

O partido parte para a corrida a Belém dividido, como provou a reunião deste sábado da comissão nacional do PS, em que Pedro Nuno Santos - o rosto da ala esquerda do partido e um possível candidato à sucessão de António Costa - confirmou o seu apoio a Ana Gomes e criticou a gestão deste dossiê pela direção socialista. Por isso, e porque é expectável que nos próximos dias surjam mais apoios à diplomata, depois de muitos nomes do topo da hierarquia socialista terem assumido estar com Marcelo, importava não queimar pontes.

Assim, António Costa falou no final da reunião, em Lisboa, para explicar a deliberação da comissão nacional socialista tecendo elogios claros a Marcelo, mas sem hostilizar Ana Gomes. A avaliação que o PS faz do mandato do atual presidente é “positiva”, explicou Costa, sublinhando como aspetos positivos o “entendimento da função presidencial” de Marcelo, a “solidariedade institucional” com o Governo e a forma como tem representado Portugal no estrangeiro. Mas os elogios foram ainda mais além: esta “cooperação” entre Governo e presidente deu não só um “contributo muito importante” para que a crise económica fosse superada como tendo sido também um fator “decisivo” para enfrentar a emergência económica e social que o país atravessa. E continuará a sê-lo, previu Costa, na “reconstrução” que Portugal terá de fazer, pós-pandemia.

Feitos os elogios a Marcelo, a ressalva: o PS quis deixar uma “saudação” às candidaturas - com exceção de André Ventura, o candidato que importa “derrotar” - já apresentadas, “destacando naturalmente” a de Ana Gomes, “distinta militante socialista” - até porque será nela que parte do partido e sobretudo do aparelho irá, previsivelmente, votar.

Apesar das divergências nos apoios que vão sendo conhecidos, António Costa fez questão de frisar que sentiu “o partido unido” nesta reunião e que, ao contrário de “momentos dramáticos” na história do PS em que o partido se dividiu graças às eleições presidenciais, neste caso “não há divisão no PS”. Pelo menos, é isso que o primeiro-ministro e secretário-geral do partido espera, numa altura em que aproveita para lembrar que as presidenciais “não são momentos de afirmação partidária”.

Confirmando que o PS dará assim liberdade de voto aos seus militantes, Costa transmitiu as razões para esta escolha: as prioridades do PS, “enquanto partido de Governo e maior partido autárquico”, não passarão por gastar energias de maior nas presidenciais, focando-se no “combate à pandemia”, na “recuperação económica e social” e na “preparação do futuro”. Mesmo assim, Costa quis deixar claro que o partido “não desvaloriza de forma alguma” estas eleições, apelando à participação dos seus militantes que, como vai ficando claro, se dividirão entre as várias candidaturas - não só de Marcelo e de Ana Gomes, mas também da restante esquerda, havendo já apoios declarados a João Ferreira, do PCP, no PS.

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