António Costa: “É justo e devido prestar homenagem ao primeiro sector exportador português”

30-09-2020
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Não é o calçado nem o têxtil, que nos últimos anos se distinguiram pelo aumento das exportações e pelo trabalho que têm feito a criar uma marca única. O principal sector exportador português, com 16,4 mil milhões registados em 2017, é muito menos sexy: é o da metalurgia e metalomecânica. E o primeiro-ministro, António Costa, fez questão de o salientar esta tarde, no Porto, numa conferência da Associação dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), organizada em parceria com o Expresso.

“É justo e devido prestar homenagem ao primeiro sector exportador português. Temos referido o que tem sido o grande sucesso do crescimento das exportações no agroalimentar, têxtil e calçado, mas a verdade é que o primeiro sector exportador português é o das indústrias metalomecânicas. Não estamos aqui a falar da indústria automóvel, que tem uma categoria própria, mas mesmo da indústria metalomecânica", disse o primeiro-ministro, António Costa.

Para o governante, este segmento é hoje “absolutamente crucial” para a economia nacional e por isso é preciso “continuar a apostar fortemente nele e acarinhá-lo”, disse, acrescentando que, hoje, é composto por 20 mil empresas, onde trabalham cerca de 350 mil pessoas, tem €6,5 mil milhões de valor acrescentado nas exportações e cresceu 14% nas vendas para o exterior no primeiro trimestre deste ano.

Contudo, António Costa alertou que apesar do sector estar bem, ainda há uma grande falta de mão-de-obra qualificada e uma grande necessidade de apostar na qualificação dos empregados.

Este foi, aliás, um dos temas principais da conferência desta tarde cujo tema foi “Metal 4.0, a sustentabilidade, crescimento e inovação” e que decorreu em Serralves, no Porto. E uma das soluções passa por aumentar as parcerias entre instituições de ensino, principalmente as profissionais, e as empresas.

“Temos de refundar todo o exercício da formação profissional. As empresas devem fazer parcerias com os formadores porque eles é que conhecem as suas necessidades”, disse o assessor da direção da AIMMAP e especialista em formação, João Girão, lembrando que cabe depois ao Estado reformular os currículos existentes que não estão adaptados à realidade atual, que é muito mais digital.

Esta foi a opinião geral dos oradores presentes na conferência, que alertaram ainda para a necessidade de atrair mais jovens para trabalhar nesta área.

No encontro debateu-se ainda, entre outros temas, a globalização, a presidência de Trump e as consequências das medidas que já tomou até agora, e ainda o Brexit e o impacto que tem nesta indústria que tem no Reino Unido o seu quarto principal mercado exportador.

Saiba tudo sobre a conferência na edição de 19 de maio do semanário e (re)veja a conferência no Facebook do Expresso.

Não é o calçado nem o têxtil, que nos últimos anos se distinguiram pelo aumento das exportações e pelo trabalho que têm feito a criar uma marca única. O principal sector exportador português, com 16,4 mil milhões registados em 2017, é muito menos sexy: é o da metalurgia e metalomecânica. E o primeiro-ministro, António Costa, fez questão de o salientar esta tarde, no Porto, numa conferência da Associação dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), organizada em parceria com o Expresso.

“É justo e devido prestar homenagem ao primeiro sector exportador português. Temos referido o que tem sido o grande sucesso do crescimento das exportações no agroalimentar, têxtil e calçado, mas a verdade é que o primeiro sector exportador português é o das indústrias metalomecânicas. Não estamos aqui a falar da indústria automóvel, que tem uma categoria própria, mas mesmo da indústria metalomecânica", disse o primeiro-ministro, António Costa.

Para o governante, este segmento é hoje “absolutamente crucial” para a economia nacional e por isso é preciso “continuar a apostar fortemente nele e acarinhá-lo”, disse, acrescentando que, hoje, é composto por 20 mil empresas, onde trabalham cerca de 350 mil pessoas, tem €6,5 mil milhões de valor acrescentado nas exportações e cresceu 14% nas vendas para o exterior no primeiro trimestre deste ano.

Contudo, António Costa alertou que apesar do sector estar bem, ainda há uma grande falta de mão-de-obra qualificada e uma grande necessidade de apostar na qualificação dos empregados.

Este foi, aliás, um dos temas principais da conferência desta tarde cujo tema foi “Metal 4.0, a sustentabilidade, crescimento e inovação” e que decorreu em Serralves, no Porto. E uma das soluções passa por aumentar as parcerias entre instituições de ensino, principalmente as profissionais, e as empresas.

“Temos de refundar todo o exercício da formação profissional. As empresas devem fazer parcerias com os formadores porque eles é que conhecem as suas necessidades”, disse o assessor da direção da AIMMAP e especialista em formação, João Girão, lembrando que cabe depois ao Estado reformular os currículos existentes que não estão adaptados à realidade atual, que é muito mais digital.

Esta foi a opinião geral dos oradores presentes na conferência, que alertaram ainda para a necessidade de atrair mais jovens para trabalhar nesta área.

No encontro debateu-se ainda, entre outros temas, a globalização, a presidência de Trump e as consequências das medidas que já tomou até agora, e ainda o Brexit e o impacto que tem nesta indústria que tem no Reino Unido o seu quarto principal mercado exportador.

Saiba tudo sobre a conferência na edição de 19 de maio do semanário e (re)veja a conferência no Facebook do Expresso.

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