TAP: Saída de Antonoaldo por horas? “Já devia ter saído,” diz Pedro Nuno Santos

14-09-2020
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A saída de Antonoaldo Neves da presidência da TAP, prometida desde julho pelo Governo, poderá estar por horas. O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, confirmou esta tarde as negociações com o executivo brasileiro, mas não aponta uma data. A saída, dada como iminente pelo Jornal Económico, ainda não foi oficializada e está pendente de acordo sobre a compensação devida ao gestor.

“Não sei, Deus o ouça,” respondeu esta sexta-feira, 11 de setembro, quando questionado por um jornalista sobre a iminência da saída de Antonoaldo Neves. “Já devia ter saído. Para que uma nova equipa alinhada com os interesses do povo português possa fazer o mais depressa possível a gestão da TAP ao serviço do povo português. Se ela [a situação] puder ser resolvida nestas horas, ficarei ainda mais contente,” acrescentou, nas declarações transmitidas pela TVI 24.

De acordo com o Jornal Económico, o ainda CEO da transportadora exige o pagamento de salários até fevereiro ou março, momento da prestação de contas da TAP, mas o Governo não quererá pagar mais salários para além de dezembro deste ano, data do fim do mandato. Segundo a publicação o acordo está prestes a ser fechado sem as condições adicionais pedidas pelo gestor.

“[O valor] é o que é devido até ao final do ano e depois julgo que se faz um acordo com questões laterais, mas, naquilo que é substantivo, é aquilo que é seu por direito até ao final do seu mandato,” disse Pedro Nuno Santos quando perguntado sobre qual o montante que Antonoaldo Neves receberá. O acordo está a ser trabalhado ao nível do conselho de administração da TAP.

O CEO chegou à companhia em janeiro de 2018 e teve um mandato atribulado ainda antes do forte impacto causado pela pandemia, pela distribuição de prémios por altos cargos da empresa em ano de prejuízos, e depois pelo novo plano de rotas que motivou críticas no norte do País e no Algarve. Há um ano, quando foram conhecidas as contas do primeiro semestre de 2019, fonte do Governo já levantava a possibilidade de saída: “Deveriam demitir-se,” disse na altura, citada pelo Eco, sobre a equipa executiva da TAP.

Para o lugar de Antonoaldo Neves está já apontado o nome de Ramiro Sequeira, administrador com a área operacional (COO) na companhia e que nas últimas semanas tem estado em passagem de pastas com o CEO de saída. Ficará como interino até que uma consultora internacional escolha o novo presidente executivo.

A saída, que estará iminente, ocorre dois meses depois de o Governo ter chegado a acordo com o acionista privado que indicou Antonoaldo Neves para o cargo, David Neeleman. E numa altura em que a TAP está a beneficiar de apoio público que pode chegar aos 1.200 milhões de euros (946 milhões e um adicional de 254 milhões), aprovado pela Comissão Europeia em junho. Há uma semana a companhia confirmava já ter recebido 499 milhões de euros do empréstimo previsto.

Já deixaram a empresa 600 pessoas que não viram os seus contratos a prazo renovados, estando prevista a saída de mais 300 trabalhadores pela mesma razão nos próximos meses. Redução de rotas, frota e trabalhadores são hipóteses no plano de reestruturação que está a ser desenhado.

A saída de Antonoaldo Neves da presidência da TAP, prometida desde julho pelo Governo, poderá estar por horas. O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, confirmou esta tarde as negociações com o executivo brasileiro, mas não aponta uma data. A saída, dada como iminente pelo Jornal Económico, ainda não foi oficializada e está pendente de acordo sobre a compensação devida ao gestor.

“Não sei, Deus o ouça,” respondeu esta sexta-feira, 11 de setembro, quando questionado por um jornalista sobre a iminência da saída de Antonoaldo Neves. “Já devia ter saído. Para que uma nova equipa alinhada com os interesses do povo português possa fazer o mais depressa possível a gestão da TAP ao serviço do povo português. Se ela [a situação] puder ser resolvida nestas horas, ficarei ainda mais contente,” acrescentou, nas declarações transmitidas pela TVI 24.

De acordo com o Jornal Económico, o ainda CEO da transportadora exige o pagamento de salários até fevereiro ou março, momento da prestação de contas da TAP, mas o Governo não quererá pagar mais salários para além de dezembro deste ano, data do fim do mandato. Segundo a publicação o acordo está prestes a ser fechado sem as condições adicionais pedidas pelo gestor.

“[O valor] é o que é devido até ao final do ano e depois julgo que se faz um acordo com questões laterais, mas, naquilo que é substantivo, é aquilo que é seu por direito até ao final do seu mandato,” disse Pedro Nuno Santos quando perguntado sobre qual o montante que Antonoaldo Neves receberá. O acordo está a ser trabalhado ao nível do conselho de administração da TAP.

O CEO chegou à companhia em janeiro de 2018 e teve um mandato atribulado ainda antes do forte impacto causado pela pandemia, pela distribuição de prémios por altos cargos da empresa em ano de prejuízos, e depois pelo novo plano de rotas que motivou críticas no norte do País e no Algarve. Há um ano, quando foram conhecidas as contas do primeiro semestre de 2019, fonte do Governo já levantava a possibilidade de saída: “Deveriam demitir-se,” disse na altura, citada pelo Eco, sobre a equipa executiva da TAP.

Para o lugar de Antonoaldo Neves está já apontado o nome de Ramiro Sequeira, administrador com a área operacional (COO) na companhia e que nas últimas semanas tem estado em passagem de pastas com o CEO de saída. Ficará como interino até que uma consultora internacional escolha o novo presidente executivo.

A saída, que estará iminente, ocorre dois meses depois de o Governo ter chegado a acordo com o acionista privado que indicou Antonoaldo Neves para o cargo, David Neeleman. E numa altura em que a TAP está a beneficiar de apoio público que pode chegar aos 1.200 milhões de euros (946 milhões e um adicional de 254 milhões), aprovado pela Comissão Europeia em junho. Há uma semana a companhia confirmava já ter recebido 499 milhões de euros do empréstimo previsto.

Já deixaram a empresa 600 pessoas que não viram os seus contratos a prazo renovados, estando prevista a saída de mais 300 trabalhadores pela mesma razão nos próximos meses. Redução de rotas, frota e trabalhadores são hipóteses no plano de reestruturação que está a ser desenhado.

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