Pedro Nuno Santos assume: “Preferia um acordo escrito com a esquerda”

26-01-2020
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“Há dez anos que perdi essa luta”, desabafa. A “luta” era justificar o que queria dizer quando defendeu que não se deveria pagar a dívida e que isso faria “tremer as pernas” aos banqueiros alemães. A frase ficou-lhe colada à pele e à ideologia. Com o fato de ministro vestido começou a moderar o discurso e até sobre essa frase passa outra leitura. “O que disse é que devíamos ameaçar”, diz Pedro Nuno Santos em entrevista ao Expresso (ver Economia, pág. 8). A quatro meses do congresso do PS, tenta resguardar-se e faz constantes elogios a António Costa. Até nas divergências o ministro das Infraestruturas e Habitação é mais contido: diz que preferia um acordo escrito à esquerda para tornar tudo mais previsível, mas como está também cumpre os objetivos.

Esta é a primeira vez que não lhe cabe negociar um Orçamento. Também não fez parte das equipas negociais que procuraram acordos. De fora, lamenta o resultado. “Teria preferido um acordo escrito com o BE, PCP e Verdes, como tivemos em 2015. Mas a verdade é que a intenção do Governo é continuar a trabalhar com estes partidos e privilegiar a relação com eles.” Para o antigo negociador de Costa, um “acordo escrito permite uma maior previsibilidade” porque se acertam “um conjunto de matérias” e faz-se um acordo “com o horizonte de uma legislatura”. Se tal tivesse acontecido, “estaríamos todos comprometidos com esse horizonte”.

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“Há dez anos que perdi essa luta”, desabafa. A “luta” era justificar o que queria dizer quando defendeu que não se deveria pagar a dívida e que isso faria “tremer as pernas” aos banqueiros alemães. A frase ficou-lhe colada à pele e à ideologia. Com o fato de ministro vestido começou a moderar o discurso e até sobre essa frase passa outra leitura. “O que disse é que devíamos ameaçar”, diz Pedro Nuno Santos em entrevista ao Expresso (ver Economia, pág. 8). A quatro meses do congresso do PS, tenta resguardar-se e faz constantes elogios a António Costa. Até nas divergências o ministro das Infraestruturas e Habitação é mais contido: diz que preferia um acordo escrito à esquerda para tornar tudo mais previsível, mas como está também cumpre os objetivos.

Esta é a primeira vez que não lhe cabe negociar um Orçamento. Também não fez parte das equipas negociais que procuraram acordos. De fora, lamenta o resultado. “Teria preferido um acordo escrito com o BE, PCP e Verdes, como tivemos em 2015. Mas a verdade é que a intenção do Governo é continuar a trabalhar com estes partidos e privilegiar a relação com eles.” Para o antigo negociador de Costa, um “acordo escrito permite uma maior previsibilidade” porque se acertam “um conjunto de matérias” e faz-se um acordo “com o horizonte de uma legislatura”. Se tal tivesse acontecido, “estaríamos todos comprometidos com esse horizonte”.

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