Emergência Climática

19-12-2019
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O Governo português considera não ser necessária a declaração de
emergência climática, tal como solicitado pelo Bloco de Esquerda, até
porque já fizemos mais do que os outros. Voltando a apontar o dedo aos
outros, João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, referiu que os
países que já declararam o estado de emergência "não fizeram nada a
partir daí", tratando-se de "um passo simbólico".

Recorde-se
que milhões de estudantes fizeram greve às aulas e membros de grupos de
activistas como os pertencentes ao "Extinction Rebellion" chamaram a
atenção, bloqueando estradas, pontes e por aí fora. Subsequentemente,
Reino Unido e Irlanda declararam o Estado de Emergência Climática.

A
atitude do Governo português não destoa daquela de outros países que
julgam que já fizeram o suficiente apenas porque alegadamente fizeram
mais do que os outros, como se planeta pudesse ele próprio ser dividido e
nós, por termos alegadamente feito mais do que os outros, estivéssemos a
salvo. Como se agora pudéssemos descansar.

É verdade que
o Estado de Emergência Climática é simbólico, mas chama a atenção para o
maior problema com que a humanidade se depara, aquele que nos levará à
extinção. É também verdade que o referido Estado de Emergência não pode
deixar de ser acompanhado por acções concretas. Porém, cantar vitória
por se considerar que já se fez muito é simplesmente absurdo. Nesta
questão, muito continua a ser insuficiente. E são os mais jovens a
perceber a verdadeira emergência e a lutar para que o pior não se torne o
novo normal, para que a irreversibilidade não determine a realidade.

O Governo português considera não ser necessária a declaração de
emergência climática, tal como solicitado pelo Bloco de Esquerda, até
porque já fizemos mais do que os outros. Voltando a apontar o dedo aos
outros, João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, referiu que os
países que já declararam o estado de emergência "não fizeram nada a
partir daí", tratando-se de "um passo simbólico".

Recorde-se
que milhões de estudantes fizeram greve às aulas e membros de grupos de
activistas como os pertencentes ao "Extinction Rebellion" chamaram a
atenção, bloqueando estradas, pontes e por aí fora. Subsequentemente,
Reino Unido e Irlanda declararam o Estado de Emergência Climática.

A
atitude do Governo português não destoa daquela de outros países que
julgam que já fizeram o suficiente apenas porque alegadamente fizeram
mais do que os outros, como se planeta pudesse ele próprio ser dividido e
nós, por termos alegadamente feito mais do que os outros, estivéssemos a
salvo. Como se agora pudéssemos descansar.

É verdade que
o Estado de Emergência Climática é simbólico, mas chama a atenção para o
maior problema com que a humanidade se depara, aquele que nos levará à
extinção. É também verdade que o referido Estado de Emergência não pode
deixar de ser acompanhado por acções concretas. Porém, cantar vitória
por se considerar que já se fez muito é simplesmente absurdo. Nesta
questão, muito continua a ser insuficiente. E são os mais jovens a
perceber a verdadeira emergência e a lutar para que o pior não se torne o
novo normal, para que a irreversibilidade não determine a realidade.

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