“Querida Greta, obrigada pelo teu ativismo”

11-12-2019
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Greta Thunberg não é de se impressionar facilmente, mas há que tentar. “Bem-vinda a Portugal, o primeiro país do mundo a assumir a meta de atingir a neutralidade carbónica em 2050”, escreve o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, na carta que enviou à ativista sueca, dias antes de esta chegar a Portugal.

Na missiva, o ministro destaca os avanços feitos em Portugal, referindo que “54% do consumo de eletricidade” no nosso país “provém de fontes renováveis” e que “estão em curso projetos para encerrar as duas centrais a carvão”, a do Pego e Sines. A aposta no “redução das emissões no setor dos transportes” tem sido “forte”, diz também, destacando a “redução significativa no preço dos transportes públicos” e a “introdução de grandes incentivos para a aquisição de veículos elétricos”. “Em 2030, teremos reduzido as nossas emissões em 50% e 47% de todo o consumo de energia virá de fontes renováveis”, garante ainda o ministro, lembrando à ativista sueca que Portugal “não tem energia nuclear”.

Também admite, no entanto, que ainda há muito trabalho pela frente, ou não fosse Portugal “um dos países europeus que mais sofre com as consequências das alterações climáticas”. “Devido ao aumento do nível do mar nos últimos anos, perdemos já 13 metros quadrados da nossa área costeira. No sul do país, a seca é crónica e ainda precisamos de saber como adaptar o nosso uso dos recursos.”

Greta Thunberg aceitou o convite de vários grupos de ativistas para visitar Portugal antes de participar na cimeira do clima em Madrid, que começa na próxima semana. João Pedro Matos Fernandes agradece-lhe isso mas também “o trabalho que a ativista tem desenvolvido no sentido de sensibilizar todas as gerações, mais novas e mais velhas, para um dos maiores desafios dos tempos atuais”.

Os planos de Greta em Portugal

A jovem sueca chegará à Doca de Alcântara, em Lisboa, na próxima terça-feira, 3 de dezembro, conforme confirmou a própria nas redes sociais. Greta estará em solo nacional durante cerca de 24 horas, tempo suficiente para conhecer alguns dos líderes portugueses dos movimentos pró-clima e para uma breve conferência de imprensa, no local da chegada, conforme adiantou o Expresso. A recebê-la, além de jornalistas e admiradores, estará Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Depois dessa cerimónia informal, que será transmitida pela RTP, a jovem terá encontros privados com outros ativistas e aproveitará para descansar.

Principal rosto do movimento global pró-clima, a jovem sueca saiu a 13 de novembro de Hampton, no estado de Virgínia (EUA), onde tinha estado a participar na Cimeira do Clima de Nova Iorque e onde havia chegado também a bordo de um veleiro. A ideia era que depois, além da visita ao Canadá, descesse a costa oeste norte-americana rumo a Santiago do Chile, para onde estava prevista a COP-25, a Cimeira do Clima. No entanto, o local do encontro foi alterado para Madrid, capital espanhola, devido à convulsão social e política que se vive no Chile.

Quando se soube da mudança, os deputados portugueses da comissão parlamentar de Ambiente aprovaram, por unanimidade, uma proposta para levar Greta ao Parlamento. Na altura, a jovem mostrou-se “recetiva” à ideia, mas os contactos não passaram da informalidade. Com os percalços da viagem, a hipótese cai por terra. Por enquanto.

Fonte oficial do gabinete do presidente da AR, Ferro Rodrigues, dizia ao Expresso que há “disponibilidade total para pensar um novo modelo” de visita. A ideia inicial era fazer uma sessão na Sala do Senado, que contaria com as intervenções de Ferro Rodrigues e da própria Greta. Um plano que foi considerado para o caso de a jovem chegar entre esta sexta-feira, dia da manifestação pelo clima, e a próxima segunda. Com o calendário apertado, põe-se agora a hipótese de a participação ser feita após a COP-25. Porém, não é certo que Greta esteja disponível para voltar a Portugal quando deixar Madrid.

Greta Thunberg não é de se impressionar facilmente, mas há que tentar. “Bem-vinda a Portugal, o primeiro país do mundo a assumir a meta de atingir a neutralidade carbónica em 2050”, escreve o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, na carta que enviou à ativista sueca, dias antes de esta chegar a Portugal.

Na missiva, o ministro destaca os avanços feitos em Portugal, referindo que “54% do consumo de eletricidade” no nosso país “provém de fontes renováveis” e que “estão em curso projetos para encerrar as duas centrais a carvão”, a do Pego e Sines. A aposta no “redução das emissões no setor dos transportes” tem sido “forte”, diz também, destacando a “redução significativa no preço dos transportes públicos” e a “introdução de grandes incentivos para a aquisição de veículos elétricos”. “Em 2030, teremos reduzido as nossas emissões em 50% e 47% de todo o consumo de energia virá de fontes renováveis”, garante ainda o ministro, lembrando à ativista sueca que Portugal “não tem energia nuclear”.

Também admite, no entanto, que ainda há muito trabalho pela frente, ou não fosse Portugal “um dos países europeus que mais sofre com as consequências das alterações climáticas”. “Devido ao aumento do nível do mar nos últimos anos, perdemos já 13 metros quadrados da nossa área costeira. No sul do país, a seca é crónica e ainda precisamos de saber como adaptar o nosso uso dos recursos.”

Greta Thunberg aceitou o convite de vários grupos de ativistas para visitar Portugal antes de participar na cimeira do clima em Madrid, que começa na próxima semana. João Pedro Matos Fernandes agradece-lhe isso mas também “o trabalho que a ativista tem desenvolvido no sentido de sensibilizar todas as gerações, mais novas e mais velhas, para um dos maiores desafios dos tempos atuais”.

Os planos de Greta em Portugal

A jovem sueca chegará à Doca de Alcântara, em Lisboa, na próxima terça-feira, 3 de dezembro, conforme confirmou a própria nas redes sociais. Greta estará em solo nacional durante cerca de 24 horas, tempo suficiente para conhecer alguns dos líderes portugueses dos movimentos pró-clima e para uma breve conferência de imprensa, no local da chegada, conforme adiantou o Expresso. A recebê-la, além de jornalistas e admiradores, estará Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Depois dessa cerimónia informal, que será transmitida pela RTP, a jovem terá encontros privados com outros ativistas e aproveitará para descansar.

Principal rosto do movimento global pró-clima, a jovem sueca saiu a 13 de novembro de Hampton, no estado de Virgínia (EUA), onde tinha estado a participar na Cimeira do Clima de Nova Iorque e onde havia chegado também a bordo de um veleiro. A ideia era que depois, além da visita ao Canadá, descesse a costa oeste norte-americana rumo a Santiago do Chile, para onde estava prevista a COP-25, a Cimeira do Clima. No entanto, o local do encontro foi alterado para Madrid, capital espanhola, devido à convulsão social e política que se vive no Chile.

Quando se soube da mudança, os deputados portugueses da comissão parlamentar de Ambiente aprovaram, por unanimidade, uma proposta para levar Greta ao Parlamento. Na altura, a jovem mostrou-se “recetiva” à ideia, mas os contactos não passaram da informalidade. Com os percalços da viagem, a hipótese cai por terra. Por enquanto.

Fonte oficial do gabinete do presidente da AR, Ferro Rodrigues, dizia ao Expresso que há “disponibilidade total para pensar um novo modelo” de visita. A ideia inicial era fazer uma sessão na Sala do Senado, que contaria com as intervenções de Ferro Rodrigues e da própria Greta. Um plano que foi considerado para o caso de a jovem chegar entre esta sexta-feira, dia da manifestação pelo clima, e a próxima segunda. Com o calendário apertado, põe-se agora a hipótese de a participação ser feita após a COP-25. Porém, não é certo que Greta esteja disponível para voltar a Portugal quando deixar Madrid.

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