Linha circular ou expansão da rede do Metro de Lisboa? PAN quer esclarecimentos de Matos Fernandes

12-05-2020
marcar artigo

O Governo pretende avançar com o projeto da Linha Circular do Metropolitano de Lisboa em vez da expansão da linha? Qual é o estado dos concursos públicos? E de que forma se vão coadunar as obras no atual contexto da pandemia? Estas serão algumas das questões que o PAN pretende ver esclarecidas esta terça-feira durante a audição do ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes no Parlamento.

O governante será ouvido na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação sobre as obras no Metropolitano de Lisboa na sequência de um requerimento do PAN – Pessoas–Animais–Natureza, depois de a proposta do partido para a suspensão da construção da linha circular ter sido aprovada em fevereiro com os votos a favor do PSD, BE e Chega.

"Continuamos a ter muitas dúvidas e a defender que a prioridade deve ser dada à expansão do metropolitano em linha com a deliberação da Assembleia de República. Pretendemos saber se os investimentos previstos pelo Governo serão feitos no âmbito da linha circular ou noutro modelo", afirma ao Expresso a líder parlamentar do PAN, Inês de Sousa Real.

De acordo com a deputada, o futuro do metro de Lisboa tem que ser pensado à escala da área metropolitana e não só limitado à capital, sendo que o projeto da linha circular beneficiará mais os turistas do que propriamente os cidadãos que todos os dias se deslocam à cidade para trabalhar. "O metro não dever pensado para quem nos visita, mas para quem vive e trabalha na cidade. A linha circular seria um investimento avultado e em vão. Na nossa opinião, não faz sentido insistir em algo que do ponto de vista estrutural é errado", acrescenta.

Alternativa: expansão da rede até Loures

O PAN defende que a prioridade deverá ser dada à expansão da rede de Metropolitano até Loures, assim como para Alcântara e zona ocidental de Lisboa. A expansão da linha do metro para Loures, por exemplo, permitirá "aumentar o número de passageiros, com um potencial impacto na redução do número de viaturas particulares que diariamente entram e saem de Lisboa", explica Inês de Sousa Real, acrescentando que dessa forma se promove uma mobilidade mais sustentável com impactos positivos ao nível do ambiente e da saúde, em linha com as metas de descarbonização. "A crise climática terá ainda maiores impactos do que a atual crise sanitária", alerta.

Para a líder parlamentar do PAN, é fundamental também apostar na adaptação do metropolitano a cidadãos com mobilidade condicionada, assegurando por exemplo plataformas elevatórias e corrimões com letras em braile em todas as estações. "Vamos querer discutir amanhã com o ministro as várias condicionantes que estão em causa. Esperamos que se corrijam vários aspetos, garantindo que o metro é um transporte público mais acessível e seguro sobretudo no atual contexto ", conclui.

O PAN já tinha solicitado em fevereiro esclarecimentos à tutela sobre a assinatura de um contrato pelo Metropolitano de Lisboa relativo à aquisição de material circulante e de sistema de controlo automático dos comboios, que inclui as duas novas estações de Santos e Estrela previstas na linha circular. Na altura, o Presidente da República considerou que a alteração ao OE aprovada no Parlamento constituía uma recomendação política à suspensão das obras.

Em setembro a Assembleia da República aprovou uma recomendação ao Governo para que não avançasse com este projeto de expansão da Linha Circular, apelando a um “efetivo investimento” no Metropolitano de Lisboa e um plano de expansão que “sirva verdadeiramente” as populações.

O Governo pretende avançar com o projeto da Linha Circular do Metropolitano de Lisboa em vez da expansão da linha? Qual é o estado dos concursos públicos? E de que forma se vão coadunar as obras no atual contexto da pandemia? Estas serão algumas das questões que o PAN pretende ver esclarecidas esta terça-feira durante a audição do ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes no Parlamento.

O governante será ouvido na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação sobre as obras no Metropolitano de Lisboa na sequência de um requerimento do PAN – Pessoas–Animais–Natureza, depois de a proposta do partido para a suspensão da construção da linha circular ter sido aprovada em fevereiro com os votos a favor do PSD, BE e Chega.

"Continuamos a ter muitas dúvidas e a defender que a prioridade deve ser dada à expansão do metropolitano em linha com a deliberação da Assembleia de República. Pretendemos saber se os investimentos previstos pelo Governo serão feitos no âmbito da linha circular ou noutro modelo", afirma ao Expresso a líder parlamentar do PAN, Inês de Sousa Real.

De acordo com a deputada, o futuro do metro de Lisboa tem que ser pensado à escala da área metropolitana e não só limitado à capital, sendo que o projeto da linha circular beneficiará mais os turistas do que propriamente os cidadãos que todos os dias se deslocam à cidade para trabalhar. "O metro não dever pensado para quem nos visita, mas para quem vive e trabalha na cidade. A linha circular seria um investimento avultado e em vão. Na nossa opinião, não faz sentido insistir em algo que do ponto de vista estrutural é errado", acrescenta.

Alternativa: expansão da rede até Loures

O PAN defende que a prioridade deverá ser dada à expansão da rede de Metropolitano até Loures, assim como para Alcântara e zona ocidental de Lisboa. A expansão da linha do metro para Loures, por exemplo, permitirá "aumentar o número de passageiros, com um potencial impacto na redução do número de viaturas particulares que diariamente entram e saem de Lisboa", explica Inês de Sousa Real, acrescentando que dessa forma se promove uma mobilidade mais sustentável com impactos positivos ao nível do ambiente e da saúde, em linha com as metas de descarbonização. "A crise climática terá ainda maiores impactos do que a atual crise sanitária", alerta.

Para a líder parlamentar do PAN, é fundamental também apostar na adaptação do metropolitano a cidadãos com mobilidade condicionada, assegurando por exemplo plataformas elevatórias e corrimões com letras em braile em todas as estações. "Vamos querer discutir amanhã com o ministro as várias condicionantes que estão em causa. Esperamos que se corrijam vários aspetos, garantindo que o metro é um transporte público mais acessível e seguro sobretudo no atual contexto ", conclui.

O PAN já tinha solicitado em fevereiro esclarecimentos à tutela sobre a assinatura de um contrato pelo Metropolitano de Lisboa relativo à aquisição de material circulante e de sistema de controlo automático dos comboios, que inclui as duas novas estações de Santos e Estrela previstas na linha circular. Na altura, o Presidente da República considerou que a alteração ao OE aprovada no Parlamento constituía uma recomendação política à suspensão das obras.

Em setembro a Assembleia da República aprovou uma recomendação ao Governo para que não avançasse com este projeto de expansão da Linha Circular, apelando a um “efetivo investimento” no Metropolitano de Lisboa e um plano de expansão que “sirva verdadeiramente” as populações.

marcar artigo