LEÃO DA ESTRELA: O aproveitamento dos veteranos

25-03-2020
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Só em Portugal é que um jogador da qualidade de João Pinto não consegue terminar a carreira num dos chamados clubes grandes. A questão da gestão da carreira dos jogadores que estão à beira de pendurar as botas é um problema do Sporting, mas também do FC Porto e do Benfica. Mas falemos no clube leonino, onde são muitos os exemplos de desperdício do prestígio e da experiência dos jogadores veteranos: o próprio João Pinto, Manuel Fernandes, Jordão, Oceano, Sá Pinto, entre outros. Todos estes jogadores decidiram mudar de camisola quando o Sporting os considerou “velhos”. Mas há os casos recentes de Pedro Barbosa e Rui Jorge, que também deixaram o clube a mal, tendo o primeiro, entretanto, voltado para o departamento de futebol, entre outros motivos, pelo facto de formar com Paulo Bento uma das duplas mais antigas do futebol português, criada em Guimarães, quando ambos lá jogaram no início dos anos noventa. Nos últimos anos, o único caso de um jogador bem aproveitado até à última temporada da carreira e depois bem integrado na máquina do futebol leonino foi, curiosamente, o actual treinador Paulo Bento. Mas voltemos a João Pinto, que por estes dias anunciou o termo da sua longa carreira para o final desta temporada. Depois de vencer um campeonato, uma Taça de Portugal e uma Supertaça, foi dispensado pelo Sporting em 2004, com 32 anos, na altura com o argumento de que era caro no contexto de uma política salarial de contenção, o que, aliado ao factor-idade, acabou por se tornar numa saída mais ou menos consensual aos olhos dos adeptos. Porém, João Pinto ainda realizou três épocas (vai a caminho da quarta) em bom nível, no Boavista e no Braga, onde foi suplente ou titular consoante a sua condição ou a estratégia da sua equipa para cada jogo. A sensação com que ficamos é que a permanência de João Pinto em Alvalade teria sido uma aposta segura, em que o Sporting ficaria a ganhar, e teria contribuído para mudar mentalidades. Porque, em Portugal, ao contrário do que se passa em Itália, descartamos com a maior facilidade aqueles que julgamos velhos…


Só em Portugal é que um jogador da qualidade de João Pinto não consegue terminar a carreira num dos chamados clubes grandes. A questão da gestão da carreira dos jogadores que estão à beira de pendurar as botas é um problema do Sporting, mas também do FC Porto e do Benfica. Mas falemos no clube leonino, onde são muitos os exemplos de desperdício do prestígio e da experiência dos jogadores veteranos: o próprio João Pinto, Manuel Fernandes, Jordão, Oceano, Sá Pinto, entre outros. Todos estes jogadores decidiram mudar de camisola quando o Sporting os considerou “velhos”. Mas há os casos recentes de Pedro Barbosa e Rui Jorge, que também deixaram o clube a mal, tendo o primeiro, entretanto, voltado para o departamento de futebol, entre outros motivos, pelo facto de formar com Paulo Bento uma das duplas mais antigas do futebol português, criada em Guimarães, quando ambos lá jogaram no início dos anos noventa. Nos últimos anos, o único caso de um jogador bem aproveitado até à última temporada da carreira e depois bem integrado na máquina do futebol leonino foi, curiosamente, o actual treinador Paulo Bento. Mas voltemos a João Pinto, que por estes dias anunciou o termo da sua longa carreira para o final desta temporada. Depois de vencer um campeonato, uma Taça de Portugal e uma Supertaça, foi dispensado pelo Sporting em 2004, com 32 anos, na altura com o argumento de que era caro no contexto de uma política salarial de contenção, o que, aliado ao factor-idade, acabou por se tornar numa saída mais ou menos consensual aos olhos dos adeptos. Porém, João Pinto ainda realizou três épocas (vai a caminho da quarta) em bom nível, no Boavista e no Braga, onde foi suplente ou titular consoante a sua condição ou a estratégia da sua equipa para cada jogo. A sensação com que ficamos é que a permanência de João Pinto em Alvalade teria sido uma aposta segura, em que o Sporting ficaria a ganhar, e teria contribuído para mudar mentalidades. Porque, em Portugal, ao contrário do que se passa em Itália, descartamos com a maior facilidade aqueles que julgamos velhos…

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