Conhecido no Mali como a pantera negra do futebol, Salif Keita, nascido em 12 de Dezembro de 1946, foi um dos melhores futebolistas africanos de sempre, um dos primeiros africanos a vingar no futebol europeu, e foi, seguramente, um dos melhores estrangeiros que passaram pelo Sporting e pelo futebol português. Agora, aos 61 anos, é presidente da Federação de Futebol do Mali e possui um centro de formação de jovens futebolistas com o seu nome. Chegou ao Sporting com 29 anos depois de uma carreira de enorme sucesso em França, onde representou Saint-Étienne (1967-1972) e Olympique de Marselha (72-73), e em Espanha, no Valência, entre 1973 e 1976. Depois do Sporting, acabou a carreira nos Estados Unidos, ao serviço do New England Tea Men (Boston). Foi internacional do Mali, ganhou três títulos no seu país, pelo Real Bamako, foi campeão de França em 1968, 1969 e 1970, pelo Saint-Étienne, clube que também ajudou a vencer a Taça de França, em 1968 e 1970. Alinhando preferencialmente no lado esquerdo do ataque, Keita representou o Sporting entre 1976 e 1979, tendo feito 77 jogos e marcado 35 golos. No primeiro ano, integrou um tridente ofensivo ao lado do brasileiro Manoel e de Manuel Fernandes. No ano seguinte, passou a ter a companhia de Rui Jordão. Em 5 de Fevereiro de 1978, era eu adolescente, entrei no Estádio Municipal de Vila Nova de Famalicão para assistir a mais uma eliminatória da Taça de Portugal. Mas como o estádio estava completamente cheio, tive que subir a uma das árvores que circundavam o interior do muro de vedação para poder ver o Sporting com um temível trio ofensivo de raça negra, formado por Manoel, Jordão e Keita (Manuel Fernandes estava lesionado), que, na segunda parte, e após muito sofrimento, deitou por terra todo o esforço e competência de uma grande equipa do Famalicão, treinada por José Carlos (lateral-direito e "capitão" do Sporting nos anos sessenta e setenta), que, entre outros, tinha Zézinho (emprestado pelo Sporting), Reinaldo (que jogaria no Benfica), Jacques (que seria “Bola de Prata” no FC Porto) e Vítor Oliveira (actual treinador da União da Leiria). Nesse jogo, o Sporting alinhou com: Botelho; Manaca, Joaquim Murça, Laranjeira e Inácio; Vítor Gomes, Fraguito e Barão; Manoel, Jordão e Keita. Foi um jogo muito difícil para o Sporting, mas Jordão e Manoel, a meio da segunda parte, recorreram ao seu famoso poder de fogo e fizeram os golos que resolveram a questão, conseguindo o apuramento para os quartos-de-final, onde derrotariam o Benfica por 3-1, em Alvalade, com golos de Manuel Fernandes (2) e Keita (1). O curioso é que, no final da temporada, o Famalicão foi campeão nacional da II Divisão e o Sporting venceu a Taça de Portugal, após dois jogos com o FC Porto. Foi o único troféu de Keita em Portugal, onde a sua passagem deixou muitas saudades.
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Conhecido no Mali como a pantera negra do futebol, Salif Keita, nascido em 12 de Dezembro de 1946, foi um dos melhores futebolistas africanos de sempre, um dos primeiros africanos a vingar no futebol europeu, e foi, seguramente, um dos melhores estrangeiros que passaram pelo Sporting e pelo futebol português. Agora, aos 61 anos, é presidente da Federação de Futebol do Mali e possui um centro de formação de jovens futebolistas com o seu nome. Chegou ao Sporting com 29 anos depois de uma carreira de enorme sucesso em França, onde representou Saint-Étienne (1967-1972) e Olympique de Marselha (72-73), e em Espanha, no Valência, entre 1973 e 1976. Depois do Sporting, acabou a carreira nos Estados Unidos, ao serviço do New England Tea Men (Boston). Foi internacional do Mali, ganhou três títulos no seu país, pelo Real Bamako, foi campeão de França em 1968, 1969 e 1970, pelo Saint-Étienne, clube que também ajudou a vencer a Taça de França, em 1968 e 1970. Alinhando preferencialmente no lado esquerdo do ataque, Keita representou o Sporting entre 1976 e 1979, tendo feito 77 jogos e marcado 35 golos. No primeiro ano, integrou um tridente ofensivo ao lado do brasileiro Manoel e de Manuel Fernandes. No ano seguinte, passou a ter a companhia de Rui Jordão. Em 5 de Fevereiro de 1978, era eu adolescente, entrei no Estádio Municipal de Vila Nova de Famalicão para assistir a mais uma eliminatória da Taça de Portugal. Mas como o estádio estava completamente cheio, tive que subir a uma das árvores que circundavam o interior do muro de vedação para poder ver o Sporting com um temível trio ofensivo de raça negra, formado por Manoel, Jordão e Keita (Manuel Fernandes estava lesionado), que, na segunda parte, e após muito sofrimento, deitou por terra todo o esforço e competência de uma grande equipa do Famalicão, treinada por José Carlos (lateral-direito e "capitão" do Sporting nos anos sessenta e setenta), que, entre outros, tinha Zézinho (emprestado pelo Sporting), Reinaldo (que jogaria no Benfica), Jacques (que seria “Bola de Prata” no FC Porto) e Vítor Oliveira (actual treinador da União da Leiria). Nesse jogo, o Sporting alinhou com: Botelho; Manaca, Joaquim Murça, Laranjeira e Inácio; Vítor Gomes, Fraguito e Barão; Manoel, Jordão e Keita. Foi um jogo muito difícil para o Sporting, mas Jordão e Manoel, a meio da segunda parte, recorreram ao seu famoso poder de fogo e fizeram os golos que resolveram a questão, conseguindo o apuramento para os quartos-de-final, onde derrotariam o Benfica por 3-1, em Alvalade, com golos de Manuel Fernandes (2) e Keita (1). O curioso é que, no final da temporada, o Famalicão foi campeão nacional da II Divisão e o Sporting venceu a Taça de Portugal, após dois jogos com o FC Porto. Foi o único troféu de Keita em Portugal, onde a sua passagem deixou muitas saudades.