CDS acusa PS de querer um "“uma espécie de Bloco Central de conveniência de unanimismo patriótico”

17-07-2020
marcar artigo

Telmo Correia afirma que é “absolutamente extraordinário” que o líder do maior partido da oposição queira que o primeiro-ministro vá menos vezes ao Parlamento. O líder da bancada centrista garante ao Expresso que o CDS vai votar contra qualquer proposta de redução de idas ao Parlamento de António Costa, por defender que “menos debates equivalem a menos fiscalização, menos escrutínio ao Governo e menos democracia”.

Além do PSD propor o fim dos debates quinzenais, ideia que mereceu de pronto o aplauso dos socialistas, o deputado lembra que Rui Rio quer ainda reduzir os debates europeus e também o número de plenários, com um argumento de que o Primeiro Ministro “tem mais que fazer”. Para Telmo Correia, a alegação do presidente social-democrata é “absurda”, ao pressupor que as idas do chefe do Governo ao Parlamento “não fazem parte do seu trabalho”.

“O primeiro-ministro tem todo o tempo do mundo para marcar presença em cerimónias, 60% das quais são de mera propaganda”, diz o líder parlamentar centrista. Apesar do PSD ter visto chumbadas, na passada sexta-feira, as propostas que pretendiam que as petições a levar à Assembleia da República tivessem de recolher 15 mil assinaturas ou a que a Comissão de Ética fosse transformada no Conselho de sábios alheios ao Parlamento, Telmo Correia interpreta a adesão do Partido Socialista às propostas de redução de debates do principal partido da oposição como “uma espécie de Bloco Central de conveniência de unanimismo patriótico”.

“A ideia que passa é que o PS tem interesse na diminuição da fiscalização dos partidos”, sublinha Telmo Correia, enquanto recorda que Rui Rio deixou claro no início da legislatura que não regressava ao Parlamento com alegria, “nem entusiasmo pela função parlamentar”. Se para o líder centrista as propostas dos sociais-democratas são “inacreditáveis”, a anuência do PS, “se não conhecesse a sua natureza democrática”, teria o seu quê de “inspiração do Leste”.

“Algumas das propostas feitas pelo PSD nem Cavaco Silva se lembraria no seu auge e o PS só não as fez porque não tinha lata para tanto”, adverte. Telmo Correia recorda que Passos Coelho, no final de um debate parlamentar, afirmou “agora vamos trabalhar”, o que gerou um grande escândalo na altura. “Se António Costa dissesse que os debates eram uma perda de tempo, seria um escândalo ainda maior”, acrescenta o deputado, alertando, no entanto, que é “o que revela a posição do PS”.

Telmo Correia alega que na prática é o que tem acontecido, ao lembrar que já não há discussões quinzenais há mais de um mês. “O último previsto foi substituído pelo debate do Orçamento Suplementar e depois também não houve porque o primeiro-ministro ia para uma reunião europeia, quando há uma série de questões por responder, entre as quais a forma como o desconfinamento foi feito em Lisboa”, refere, lamentando que Rui Rio não exija resposta a esta e outras questões urgentes.

Telmo Correia afirma que é “absolutamente extraordinário” que o líder do maior partido da oposição queira que o primeiro-ministro vá menos vezes ao Parlamento. O líder da bancada centrista garante ao Expresso que o CDS vai votar contra qualquer proposta de redução de idas ao Parlamento de António Costa, por defender que “menos debates equivalem a menos fiscalização, menos escrutínio ao Governo e menos democracia”.

Além do PSD propor o fim dos debates quinzenais, ideia que mereceu de pronto o aplauso dos socialistas, o deputado lembra que Rui Rio quer ainda reduzir os debates europeus e também o número de plenários, com um argumento de que o Primeiro Ministro “tem mais que fazer”. Para Telmo Correia, a alegação do presidente social-democrata é “absurda”, ao pressupor que as idas do chefe do Governo ao Parlamento “não fazem parte do seu trabalho”.

“O primeiro-ministro tem todo o tempo do mundo para marcar presença em cerimónias, 60% das quais são de mera propaganda”, diz o líder parlamentar centrista. Apesar do PSD ter visto chumbadas, na passada sexta-feira, as propostas que pretendiam que as petições a levar à Assembleia da República tivessem de recolher 15 mil assinaturas ou a que a Comissão de Ética fosse transformada no Conselho de sábios alheios ao Parlamento, Telmo Correia interpreta a adesão do Partido Socialista às propostas de redução de debates do principal partido da oposição como “uma espécie de Bloco Central de conveniência de unanimismo patriótico”.

“A ideia que passa é que o PS tem interesse na diminuição da fiscalização dos partidos”, sublinha Telmo Correia, enquanto recorda que Rui Rio deixou claro no início da legislatura que não regressava ao Parlamento com alegria, “nem entusiasmo pela função parlamentar”. Se para o líder centrista as propostas dos sociais-democratas são “inacreditáveis”, a anuência do PS, “se não conhecesse a sua natureza democrática”, teria o seu quê de “inspiração do Leste”.

“Algumas das propostas feitas pelo PSD nem Cavaco Silva se lembraria no seu auge e o PS só não as fez porque não tinha lata para tanto”, adverte. Telmo Correia recorda que Passos Coelho, no final de um debate parlamentar, afirmou “agora vamos trabalhar”, o que gerou um grande escândalo na altura. “Se António Costa dissesse que os debates eram uma perda de tempo, seria um escândalo ainda maior”, acrescenta o deputado, alertando, no entanto, que é “o que revela a posição do PS”.

Telmo Correia alega que na prática é o que tem acontecido, ao lembrar que já não há discussões quinzenais há mais de um mês. “O último previsto foi substituído pelo debate do Orçamento Suplementar e depois também não houve porque o primeiro-ministro ia para uma reunião europeia, quando há uma série de questões por responder, entre as quais a forma como o desconfinamento foi feito em Lisboa”, refere, lamentando que Rui Rio não exija resposta a esta e outras questões urgentes.

marcar artigo