Papa e Patriarca repetem: não há peregrinações até final de maio

03-05-2020
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Os responsáveis pelo Santuário de Fátima ainda não responderam oficialmente ao Governo, depois da dúvida lançada pela ministra da Saúde sobre a possibilidade de se poderem realizar as cerimónias do 13 de maio. Mas, tanto o Cardeal patriarca de Lisboa - e presidente da Conferência Episcopal - como o Papa Francisco deixaram, este domingo, mensagens claras de que não há condições para as habituais peregrinações marianas do mês de maio. É quase certo que a Igreja portuguesa vai manter a sua posição e não haverá, este ano, as habituais celebrações na Cova de Iria.

“O Governo não autorizou celebrações religiosas em geral até ao fim deste mês; e o Santo Padre pediu para todos nós a graça da prudência e da obediência às orientações oficiais, para que a pandemia não regresse”, escreveu, este domingo, D. Manuel Clemente. O presidente da Conferência Episcopal e Patriarca de Lisboa aproveitou este domingo e, em plena polémica aberta em torno das celebrações de Fátima depois da entrevista à SIC da ministra da Saúde, para tornar pública uma carta ao clero da sua diocese.

O Santuário de Fátima assumiu ao Expresso ter sido "apanhado de surpresa" pela intervenção de Marta Temido, mas reservou para mais tarde um esclarecimento oficial. Mas, pelas palavras do presidente da conferência dos bispos portugueses torna-se claro que a Igreja não está disposta a mudar de posição.

"Sabemos que o fim do estado de emergência não significou o fim da pandemia e do grande perigo de ela alastrar, se não mantivermos o cuidado necessário", diz D. Manuel Clemente aos padres lisboetas. Na sua homilia da missa deste domingo, transmitida on-line a partir da Igreja do Parque das Nações, o Patriarca lembrou ainda que "a Organização Mundial de Saúde acaba de avisar que a pandemia está aí e se não tivermos cuidado pode regressar ainda mais forte. Nós não queremos”.

Também em Roma, o Papa Francisco voltou a assumir a prioridade de colaborar com as autoridades de saúde no combate à pandemia. Depois da habitual oração "Regina Coeli", o Papa falou especificamente das habituais celebrações marianas, tradicionamente marcadas para maio. É neste mês que "os fiéis adoram visitar os santuários dedicados a Nossa Senhora”, mas “este ano, devido à situação de saúde, vamos espiritualmente a esses locais de fé e devoção, para colocar nossas preocupações, expectativas e projetos para o futuro no coração da Santa Virgem”.

Francisco não podia ser mais claro: Fátima será celebrada à distância e virtualmente.

Os responsáveis pelo Santuário de Fátima ainda não responderam oficialmente ao Governo, depois da dúvida lançada pela ministra da Saúde sobre a possibilidade de se poderem realizar as cerimónias do 13 de maio. Mas, tanto o Cardeal patriarca de Lisboa - e presidente da Conferência Episcopal - como o Papa Francisco deixaram, este domingo, mensagens claras de que não há condições para as habituais peregrinações marianas do mês de maio. É quase certo que a Igreja portuguesa vai manter a sua posição e não haverá, este ano, as habituais celebrações na Cova de Iria.

“O Governo não autorizou celebrações religiosas em geral até ao fim deste mês; e o Santo Padre pediu para todos nós a graça da prudência e da obediência às orientações oficiais, para que a pandemia não regresse”, escreveu, este domingo, D. Manuel Clemente. O presidente da Conferência Episcopal e Patriarca de Lisboa aproveitou este domingo e, em plena polémica aberta em torno das celebrações de Fátima depois da entrevista à SIC da ministra da Saúde, para tornar pública uma carta ao clero da sua diocese.

O Santuário de Fátima assumiu ao Expresso ter sido "apanhado de surpresa" pela intervenção de Marta Temido, mas reservou para mais tarde um esclarecimento oficial. Mas, pelas palavras do presidente da conferência dos bispos portugueses torna-se claro que a Igreja não está disposta a mudar de posição.

"Sabemos que o fim do estado de emergência não significou o fim da pandemia e do grande perigo de ela alastrar, se não mantivermos o cuidado necessário", diz D. Manuel Clemente aos padres lisboetas. Na sua homilia da missa deste domingo, transmitida on-line a partir da Igreja do Parque das Nações, o Patriarca lembrou ainda que "a Organização Mundial de Saúde acaba de avisar que a pandemia está aí e se não tivermos cuidado pode regressar ainda mais forte. Nós não queremos”.

Também em Roma, o Papa Francisco voltou a assumir a prioridade de colaborar com as autoridades de saúde no combate à pandemia. Depois da habitual oração "Regina Coeli", o Papa falou especificamente das habituais celebrações marianas, tradicionamente marcadas para maio. É neste mês que "os fiéis adoram visitar os santuários dedicados a Nossa Senhora”, mas “este ano, devido à situação de saúde, vamos espiritualmente a esses locais de fé e devoção, para colocar nossas preocupações, expectativas e projetos para o futuro no coração da Santa Virgem”.

Francisco não podia ser mais claro: Fátima será celebrada à distância e virtualmente.

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