Covid-19. Número de recuperados em Portugal pode ser superior aos 43 oficiais

09-04-2020
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Desde quinta-feira da semana passada, o número de recuperados da covid-19 em Portugal não mudou. Eram 43, continuam, até prova de contrário, 43. Porquê?, pergunta o “Público” esta terça-feira.

Para um doente ser dado oficialmente como recuperado, este tem de ter dois testes negativos para novo coronavírus num intervalo entre 24 e 48 horas. Ora, neste momento, a prioridade do SNS está na deteção de novos casos.

“Ninguém vai desperdiçar duas amostras neste momento para o critério de cura”, diz o pneumologista Filipe Froes, coordenador do gabinete de crise da Ordem dos Médicos para a covid-19, ao "Público".

É, por isso, muito provável que existam muitos mais casos de cidadãos recuperados que os 43 até agora declarados pela Direção-Geral de Saúde, principalmente aqueles que estão em casa e que, quando foram diagnosticados, só apresentavam sintomas ligeiros.

“Temos atualmente 43 casos recuperados no registo oficial da DGS mas, na realidade, teremos muito mais do que isso se tivermos em conta as curas clínicas. A estes doentes recuperados que fogem às estatísticas soma-se ainda a possibilidade de um eventual “atraso no registo”, diz Filipe Froes.

No domingo, a ministra Marta Temido comentou a estranha estabilidade no número de recuperados no boletim da DGS e admitiu que os registos podem “estar a ser enviesados por algum atraso temporal”.

Desde quinta-feira da semana passada, o número de recuperados da covid-19 em Portugal não mudou. Eram 43, continuam, até prova de contrário, 43. Porquê?, pergunta o “Público” esta terça-feira.

Para um doente ser dado oficialmente como recuperado, este tem de ter dois testes negativos para novo coronavírus num intervalo entre 24 e 48 horas. Ora, neste momento, a prioridade do SNS está na deteção de novos casos.

“Ninguém vai desperdiçar duas amostras neste momento para o critério de cura”, diz o pneumologista Filipe Froes, coordenador do gabinete de crise da Ordem dos Médicos para a covid-19, ao "Público".

É, por isso, muito provável que existam muitos mais casos de cidadãos recuperados que os 43 até agora declarados pela Direção-Geral de Saúde, principalmente aqueles que estão em casa e que, quando foram diagnosticados, só apresentavam sintomas ligeiros.

“Temos atualmente 43 casos recuperados no registo oficial da DGS mas, na realidade, teremos muito mais do que isso se tivermos em conta as curas clínicas. A estes doentes recuperados que fogem às estatísticas soma-se ainda a possibilidade de um eventual “atraso no registo”, diz Filipe Froes.

No domingo, a ministra Marta Temido comentou a estranha estabilidade no número de recuperados no boletim da DGS e admitiu que os registos podem “estar a ser enviesados por algum atraso temporal”.

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