Rui Moreira reitera confiança no diretor do TMPorto acusado de censura

27-02-2020
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O presidente da Câmara do Porto reiterou esta segunda-feira a sua total confiança no diretor do Teatro Municipal do Porto, acusado de censurar um texto de Regina Guimarães, sublinhando que sempre entendeu que o texto devia ter sido publicado. Rui Moreira defendeu que, entendendo todas as lealdades, a folha de sala em causa devia ter sido publicada.

Em causa está uma nota de rodapé onde a escritora critica a noção de cidade líquida de Paulo Cunha e Silva, antigo vereador da Câmara do Porto, que morreu em 2015.

“Devemos confiar nos portuenses”, afirmou, salientando que provavelmente ninguém era tão amigo do Paulo Cunha e Silva como ele era.

O autarca falava no período antes da ordem do dia da reunião desta segunda-feira do executivo camarário, já depois do encontro informal e privado onde foi ouvido o diretor do Teatro Municipal do Porto, Tiago Guedes.

Na quinta-feira, PS, PSD, CDU e Bloco de Esquerda exigiram um esclarecimento cabal sobre o alegado ato de censura da Direção do Teatro Municipal do Porto, tendo os socialistas pedido para ouvir Tiago Guedes na reunião de câmara desta segunda-feira.

No dia 3 de fevereiro, a dramaturga Regina Guimarães acusou a direção do Teatro Municipal do Porto de censurar um texto da sua autoria, escrita para integrar a folha de sala do espetáculo "Turismo", da Companhia A Turma, com texto original e encenação de Tiago Correia, que esteve em cena nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, no Teatro do Campo Alegre, no Porto.

Numa primeira reação, na madrugada de terça-feira, Tiago Guedes, em declarações à Lusa, garantiu que o texto da dramaturga não tinha sido publicado com a concordância do encenador do espetáculo, e que o mesmo tinha até lhe pedido desculpa.

Contudo, essas declarações foram desmentidas, no próprio dia, pelo encenador do espetáculo, Tiago Correia, numa publicação na rede social Facebook, onde acusou o diretor do Teatro Municipal do Porto de “chantagem emocional, coação, ameaça e abuso de poder”.

O diretor do Teatro Municipal do Porto admitiu depois, ao final do dia de terça-feira, que foi “um erro” não publicar o texto de Regina Guimarães, ainda que a intenção não tenha sido limitar a liberdade de expressão, mas defender a memória do ex-vereador já morto.

Na rede social Facebook, Tiago Guedes começa por partilhar a nota de rodapé do texto que Regina Guimarães escreveu para a folha de sala do espetáculo "Turismo", de Tiago Correia, salientando o “tom ofensivo” daquela nota para a memória do antigo vereador Paulo Cunha e Silva que morreu em 2015.

“Reconhecendo que a emoção e a falha fazem parte da natureza humana, gostaria de partilhar aquilo que a distância dos factos me permite avaliar agora como um erro. Percebo agora que o reconhecimento e respeito que nutro pelo trabalho do Paulo Cunha e Silva no Porto, e sobretudo pela sua memória, me fez deixar levar por aquilo que considerei ser a necessária defesa do seu nome perante o que encarei ser uma ofensa desnecessária”, escreveu Tiago Guedes naquela publicação.

O presidente da Câmara do Porto reiterou esta segunda-feira a sua total confiança no diretor do Teatro Municipal do Porto, acusado de censurar um texto de Regina Guimarães, sublinhando que sempre entendeu que o texto devia ter sido publicado. Rui Moreira defendeu que, entendendo todas as lealdades, a folha de sala em causa devia ter sido publicada.

Em causa está uma nota de rodapé onde a escritora critica a noção de cidade líquida de Paulo Cunha e Silva, antigo vereador da Câmara do Porto, que morreu em 2015.

“Devemos confiar nos portuenses”, afirmou, salientando que provavelmente ninguém era tão amigo do Paulo Cunha e Silva como ele era.

O autarca falava no período antes da ordem do dia da reunião desta segunda-feira do executivo camarário, já depois do encontro informal e privado onde foi ouvido o diretor do Teatro Municipal do Porto, Tiago Guedes.

Na quinta-feira, PS, PSD, CDU e Bloco de Esquerda exigiram um esclarecimento cabal sobre o alegado ato de censura da Direção do Teatro Municipal do Porto, tendo os socialistas pedido para ouvir Tiago Guedes na reunião de câmara desta segunda-feira.

No dia 3 de fevereiro, a dramaturga Regina Guimarães acusou a direção do Teatro Municipal do Porto de censurar um texto da sua autoria, escrita para integrar a folha de sala do espetáculo "Turismo", da Companhia A Turma, com texto original e encenação de Tiago Correia, que esteve em cena nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, no Teatro do Campo Alegre, no Porto.

Numa primeira reação, na madrugada de terça-feira, Tiago Guedes, em declarações à Lusa, garantiu que o texto da dramaturga não tinha sido publicado com a concordância do encenador do espetáculo, e que o mesmo tinha até lhe pedido desculpa.

Contudo, essas declarações foram desmentidas, no próprio dia, pelo encenador do espetáculo, Tiago Correia, numa publicação na rede social Facebook, onde acusou o diretor do Teatro Municipal do Porto de “chantagem emocional, coação, ameaça e abuso de poder”.

O diretor do Teatro Municipal do Porto admitiu depois, ao final do dia de terça-feira, que foi “um erro” não publicar o texto de Regina Guimarães, ainda que a intenção não tenha sido limitar a liberdade de expressão, mas defender a memória do ex-vereador já morto.

Na rede social Facebook, Tiago Guedes começa por partilhar a nota de rodapé do texto que Regina Guimarães escreveu para a folha de sala do espetáculo "Turismo", de Tiago Correia, salientando o “tom ofensivo” daquela nota para a memória do antigo vereador Paulo Cunha e Silva que morreu em 2015.

“Reconhecendo que a emoção e a falha fazem parte da natureza humana, gostaria de partilhar aquilo que a distância dos factos me permite avaliar agora como um erro. Percebo agora que o reconhecimento e respeito que nutro pelo trabalho do Paulo Cunha e Silva no Porto, e sobretudo pela sua memória, me fez deixar levar por aquilo que considerei ser a necessária defesa do seu nome perante o que encarei ser uma ofensa desnecessária”, escreveu Tiago Guedes naquela publicação.

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