Mário Centeno: gravações feitas por Varoufakis em reuniões do Eurogrupo são politicamente lamentáveis

27-02-2020
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O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, considerou esta segunda-feira a atitude do antigo ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis, que gravou reuniões do fórum de ministros das Finanças da zona euro, politicamente lamentável, escusando-se a tecer mais comentários.

"Honestamente, não tenho comentários a fazer sobre isto. É algo que politicamente lamentamos, mas não comento", limitou-se a responder, quando questionado na conferência de imprensa no final da reunião de hoje do Eurogrupo sobre o facto de, na passada sexta-feira, Varoufakis ter fornecido ao presidente do Parlamento as polémicas gravações das reuniões no Eurogrupo durante o auge da crise grega, em 2015.

Atualmente deputado e líder do MeRA25, Varoufakis considerou que a gravação das sessões foi "completamente legítima" porque os representantes da 'troika' de credores internacionais -- União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional -- "queriam humilhar não apenas a esquerda, mas todo o povo grego", razão pela qual as entregou, num envelope, ao presidente do Parlamento grego, que as rejeitou, considerando a iniciativa "inadmissível".

Também questionado sobre este episódio, o diretor-executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Klaus Regling, que participou nesses encontros, considerou hoje igualmente que é de "lamentar esta quebra de confidencialidade". "Ao mesmo tempo, espero que ele tenha utilizado tudo aquilo que ele próprio achou interessante no livro que foi publicado", acrescentou.

Apesar de o combate pela transparência que promoveu nas altas esferas institucionais ter sido decisiva para a sua afirmação como um "ícone" político, a revelação de que Varoufakis tinha gravado em segredo as reuniões do Eurogrupo em que participou provocou acesa polémica, na Grécia e a nível europeu.

As regras do Eurogrupo não impedem a gravação das reuniões, apesar de ser considerar adquirido que os participantes mantêm a sua confidencialidade. Num primeiro momento, Varoufakis negou ter gravado as sessões, mas depois reconheceu que registou o seu conteúdo numa entrada do seu blogue pessoal. Assegurou que tomou a decisão para informar "com frases exatas" o primeiro-ministro, a equipa governamental e o parlamento.

A transcrição destas gravações serviu posteriormente de base para o livro de Varoufakis "Comportem-se como adultos" ("Adults In The Room: My Battle With Europe's Deep Establishment" na versão em inglês) e ao filme de Costa-Gravas "Adults in the Room".

O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, considerou esta segunda-feira a atitude do antigo ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis, que gravou reuniões do fórum de ministros das Finanças da zona euro, politicamente lamentável, escusando-se a tecer mais comentários.

"Honestamente, não tenho comentários a fazer sobre isto. É algo que politicamente lamentamos, mas não comento", limitou-se a responder, quando questionado na conferência de imprensa no final da reunião de hoje do Eurogrupo sobre o facto de, na passada sexta-feira, Varoufakis ter fornecido ao presidente do Parlamento as polémicas gravações das reuniões no Eurogrupo durante o auge da crise grega, em 2015.

Atualmente deputado e líder do MeRA25, Varoufakis considerou que a gravação das sessões foi "completamente legítima" porque os representantes da 'troika' de credores internacionais -- União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional -- "queriam humilhar não apenas a esquerda, mas todo o povo grego", razão pela qual as entregou, num envelope, ao presidente do Parlamento grego, que as rejeitou, considerando a iniciativa "inadmissível".

Também questionado sobre este episódio, o diretor-executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Klaus Regling, que participou nesses encontros, considerou hoje igualmente que é de "lamentar esta quebra de confidencialidade". "Ao mesmo tempo, espero que ele tenha utilizado tudo aquilo que ele próprio achou interessante no livro que foi publicado", acrescentou.

Apesar de o combate pela transparência que promoveu nas altas esferas institucionais ter sido decisiva para a sua afirmação como um "ícone" político, a revelação de que Varoufakis tinha gravado em segredo as reuniões do Eurogrupo em que participou provocou acesa polémica, na Grécia e a nível europeu.

As regras do Eurogrupo não impedem a gravação das reuniões, apesar de ser considerar adquirido que os participantes mantêm a sua confidencialidade. Num primeiro momento, Varoufakis negou ter gravado as sessões, mas depois reconheceu que registou o seu conteúdo numa entrada do seu blogue pessoal. Assegurou que tomou a decisão para informar "com frases exatas" o primeiro-ministro, a equipa governamental e o parlamento.

A transcrição destas gravações serviu posteriormente de base para o livro de Varoufakis "Comportem-se como adultos" ("Adults In The Room: My Battle With Europe's Deep Establishment" na versão em inglês) e ao filme de Costa-Gravas "Adults in the Room".

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