Covid-19. Elevado número de novos casos deve-se a "atraso no registo dos últimos dias, que estavam artificialmente mais baixos"

04-09-2020
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Há mais de um mês que o número de infetados não era tão alto em Portugal e, segundo a ministra da Saúde, Marta Temido, isso pode significar que há "algum atraso no registo dos últimos dias, que estavam artificialmente mais baixos do que aquilo que era a realidade".

Esta quarta-feira, foram registados 362 novos casos de infeção pelo novo vírus, conforme os dados que constam do boletim divulgado pela Direção-Geral da Saúde. A maioria dos casos registou-se na região de Lisboa e Vale do Tejo (214), seguindo-se o Norte (109), Centro (25), Alentejo (oito), Algarve (cinco) e Açores (um). Não houve qualquer novo caso na Madeira.

Para os novos números, terão contribuído os surtos que já têm sido noticiados e a esperança da ministra "é que se esbatam nos próximos dias". O que estes números também revelam, segundo a ministra, é a "fragilidade daquilo que são as nossas conquistas".

"Temos tido uma situação epidemiológica acomodável do ponto de vista da resposta do SNS. Isso decorre de um esforço tremendo não só dos profissionais de saúde, mas também de estruturas sociais, autárquicas, Proteção Civil e sociedade civil", afirmou, chamando a atenção para a necessidade de "manter comportamentos que respeitem esse esforço".

No caso dos lares, disse também, muitos dos surtos registados nestas instituições "têm origem nos movimentos" de quem ali trabalha, isto é, nos profissionais "que vão e vêm". Precisamente por essa razão, estão a ser realizados testes regulares a estes profissionais, garantiu Marta Temido, para quem a utilização de equipamento de proteção individual "continua a ser a melhor salvaguarda".

Índice de transmissão do vírus é de 1

Também na conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, Marta Temido adiantou que o índice de transmissibilidade da Covid-19, o chamado Rt, situa-se em 1.

O número corresponde ao período de 17 a 21 de agosto, informou também, e representa "um ligeiro decréscimo" face aos dados avançados anteriormente. "Isto significa que estamos com cerca de 237 novos casos por dia e que estamos perante uma tendência que é constante", acrescentou.

Também presente na conferência de imprensa, Graça Freitas, diretora-geral da Saúde falou, em concreto, sobre a norma que prevê um isolamento de 14 dias para crianças institucionalizadas (mesmo na presença de um teste negativo) e que se soube entretanto estar a ser revista. "Isolar não é abandonar. Uma pessoa isolada não é uma pessoa abandonada", afirmou.

Segundo a responsável, a norma serve para "proteger todos os outros que estão dentro da instituição". Admitiu, ainda assim, que "pode trazer algum tipo de problemas ou circunstâncias menos favoráveis". "Se se chegar à conclusão que o período de incubação é, afinal, inferior a 14 dias, estamos dispostos a rever a norma", acrescentou.

Há mais de um mês que o número de infetados não era tão alto em Portugal e, segundo a ministra da Saúde, Marta Temido, isso pode significar que há "algum atraso no registo dos últimos dias, que estavam artificialmente mais baixos do que aquilo que era a realidade".

Esta quarta-feira, foram registados 362 novos casos de infeção pelo novo vírus, conforme os dados que constam do boletim divulgado pela Direção-Geral da Saúde. A maioria dos casos registou-se na região de Lisboa e Vale do Tejo (214), seguindo-se o Norte (109), Centro (25), Alentejo (oito), Algarve (cinco) e Açores (um). Não houve qualquer novo caso na Madeira.

Para os novos números, terão contribuído os surtos que já têm sido noticiados e a esperança da ministra "é que se esbatam nos próximos dias". O que estes números também revelam, segundo a ministra, é a "fragilidade daquilo que são as nossas conquistas".

"Temos tido uma situação epidemiológica acomodável do ponto de vista da resposta do SNS. Isso decorre de um esforço tremendo não só dos profissionais de saúde, mas também de estruturas sociais, autárquicas, Proteção Civil e sociedade civil", afirmou, chamando a atenção para a necessidade de "manter comportamentos que respeitem esse esforço".

No caso dos lares, disse também, muitos dos surtos registados nestas instituições "têm origem nos movimentos" de quem ali trabalha, isto é, nos profissionais "que vão e vêm". Precisamente por essa razão, estão a ser realizados testes regulares a estes profissionais, garantiu Marta Temido, para quem a utilização de equipamento de proteção individual "continua a ser a melhor salvaguarda".

Índice de transmissão do vírus é de 1

Também na conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, Marta Temido adiantou que o índice de transmissibilidade da Covid-19, o chamado Rt, situa-se em 1.

O número corresponde ao período de 17 a 21 de agosto, informou também, e representa "um ligeiro decréscimo" face aos dados avançados anteriormente. "Isto significa que estamos com cerca de 237 novos casos por dia e que estamos perante uma tendência que é constante", acrescentou.

Também presente na conferência de imprensa, Graça Freitas, diretora-geral da Saúde falou, em concreto, sobre a norma que prevê um isolamento de 14 dias para crianças institucionalizadas (mesmo na presença de um teste negativo) e que se soube entretanto estar a ser revista. "Isolar não é abandonar. Uma pessoa isolada não é uma pessoa abandonada", afirmou.

Segundo a responsável, a norma serve para "proteger todos os outros que estão dentro da instituição". Admitiu, ainda assim, que "pode trazer algum tipo de problemas ou circunstâncias menos favoráveis". "Se se chegar à conclusão que o período de incubação é, afinal, inferior a 14 dias, estamos dispostos a rever a norma", acrescentou.

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