Marques Mendes: “Miguel Morgado voltou à ideia de ser candidato e anda a recolher assinaturas” – O Jornal Económico

12-11-2019
marcar artigo

~bNo seu espaço de comentários habitual, no canal televisivo SIC, Luís Marques Mendes abordou os acontecimentos desta passada semana, as eleições espanholas, a questão de Lula da Silva ter sido libertado da prisão, o facto dos três novos partidos no Parlamento terem ficado ‘sem voz’ e das eleições no PSD, havendo ainda tempo para comentar a posição de Mário Centeno no Partido Socialista.

Marques Mendes começou a intervenção no Jornal da Noite para abordar o facto de esta semana Portugal ter sido o país dos contrates. “Tivemos dois países esta semana”, sustentou o comentador, assegurando que “não há drama em mostrar as duas realidades”. Atualmente, Portugal é o “país da modernidade e de combate à exclusão social”, por um lado devido à Web Summit e por outro, devido ao caso do bebé encontrado por num ecoponto.

Assim, Luís Marques Mendes afirmou que a “aposta na Web Summit e em setores dinâmicos da sociedade e da economia” são bons sinais, enquanto que o programa para os sem-abrigos não está a ter os resultados previstos para os investimentos que foram apresentados.

Espanha e o impasse político

Com o tempo contado, o ex-presidente do PSD volta a sua atenção para as eleições espanholas, que asseguram a vitória do PSOE, ainda que sem maioria absoluta. “Não é brilhante”, refere-se aos resultados já apresentados.

Numa primeira conclusão, Marques Mendes sustenta que “os partidos mais à esquerda desceram”, enquanto a “direita sobe e os votos sobem muitíssimo”, sendo que “o Ciudadanos deu um trambolhão” e que “o Vox tem tido um crescimento preocupante para a economia espanhola e para a União Europeia”. Apesar de estas eleições servirem para resolver o impasse criado a 28 de abril, “vai continuar a existir impasse político. Não há maioria absoluta, porque nem com a esquerda há maioria”.

Confrontado com a possibilidade de existirem novas eleições, Luís Marques Mendes refere que “é impossível”. “A economia está a quebrar, os cidadãos estão fartos” e novas eleições serviam “para repetir os resultados de abril ou de agora”. Ainda assim, é possível que surja “um movimento de opinião pública entre PSOE e PP”, sendo este um “entendimento no sentido de fazer um esforço em algumas opções para que o PSOE crie governo”.

“Espanha está em crise há muito tempo e a economia e o desemprego estão em alerta e a sofrer as consequências”, sustentou o comentador, acrescentando que “pela primeira vez, a economia espanhola vai ficar abaixo da economia portuguesa”.

Libertação de Lula da Silva

Abordando o assunto Lula da Silva, que estava preso desde abril de 2018 por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, e que foi libertado esta semana, Marques Mendes sublinha que a sua saída da prisão se deveu a questões jurídicas e políticas.

A questão jurídica prende-se por que “Lula estava e continua condenado”. “Saiu da prisão porque os tribunais decidiram que os réus condenados só podem estar presos depois de estarem esgotados todos os recursos”, sendo que o antigo presidente do Brasil ainda tem um recurso para gastar. Caso o último recurso verifique o mesmo que os outros dois, “Lula volta para a prisão”.

Por sua vez, a questão política prende-se por uma divisão do Brasil, em que uns acreditam na sua inocência e outros não, e pela “indignação da opinião pública”. A “radicalização da vida política do Brasil” é ainda um ponto referido pelo comentador, que afirma que “uma coisa é a oposição a Bolsonaro sem Lula e outra é com Lula, onde a opinião é mais forte”.

Novos partidos sem voz no Parlamento

“Não faz sentido e não devíamos estar a comentar este assunto”, sustenta Marques Mendes. O comentador afirma que o PS, PCP e BE decidiram que estes novos partidos não podem falar porque não foram grupos parlamentares.

No entanto, Marques Mendes levanta a questão do PAN, que no passado só tinha um deputado e que falou. “Acho que isto é desculpa de mau pagador. No passado o PAN também só tinha um deputado e foi aberta uma excepção”, sublinhou.

“A decisão é incompreensível, leviana, insensata”, sustentou, garantindo que é “uma falta de respeito pela democracia e vontade popular”. “A Assembleia da República em vez de respeitar a vontade popular resolve silenciar aqueles que foram eleitos pelos portugueses”, referindo-se aos três novos partidos que ocupam lugar parlamentar.

Marques Mendes foi ainda mais longe e afirmou que a decisão “revela medo” e que “é desta maneira que o Chega vai subir nas sondagens”.

Eleições no PSD

Com Rui Rio, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz apresentados oficialmente como candidatos, Marques Mendes sublinha que existe alguma incerteza no ar sobre quem vai ganhar e que “a possibilidade de uma segunda volta está a deixar muita gente nervosa e inquieta”.

Enquanto Rui Rio está disposto a realizar acordos com Costa, Marques Mendes afirma que Montenegro tem três prioridades. “Preocupação com a união do partido, nega acordos com o Partido Socialista, e tem como objetivo ganhar a autarquia da Câmara Municipal de Lisboa”, sustenta o comentador da SIC, garantindo que Miguel Pinto Luz “quer marcar posição para o futuro”.

No entanto, revela ainda que “o ciclo de candidatos pode ainda não estar fechado”. “Miguel Morgado voltou à ideia de ser candidato e nas últimas semanas esteve a recolher assinaturas” para se candidatar à liderança do partido, garante Marques Mendes.

Tensão no PS?

Regressando ao tema de Fernando Medina poder substituir Centeno na pasta das Finanças, Marques Mendes esclarece e garante que “nunca disse que Medina era hipótese para substituir Centeno. Disse que havia nos ciclos restritos do PS essa hipótese”.

Marques Mendes afirma que “é um sinal muito estranho e bizarro que Mário Centeno tenha sido altamente elogiado e depois seja despromovido”. Assim, o comentador assume ainda um “desconforto entre Costa e Centeno”, esclarecendo que “a sucessão do primeiro-ministro está na agenda e vai dar pano para mangas”.

~bNo seu espaço de comentários habitual, no canal televisivo SIC, Luís Marques Mendes abordou os acontecimentos desta passada semana, as eleições espanholas, a questão de Lula da Silva ter sido libertado da prisão, o facto dos três novos partidos no Parlamento terem ficado ‘sem voz’ e das eleições no PSD, havendo ainda tempo para comentar a posição de Mário Centeno no Partido Socialista.

Marques Mendes começou a intervenção no Jornal da Noite para abordar o facto de esta semana Portugal ter sido o país dos contrates. “Tivemos dois países esta semana”, sustentou o comentador, assegurando que “não há drama em mostrar as duas realidades”. Atualmente, Portugal é o “país da modernidade e de combate à exclusão social”, por um lado devido à Web Summit e por outro, devido ao caso do bebé encontrado por num ecoponto.

Assim, Luís Marques Mendes afirmou que a “aposta na Web Summit e em setores dinâmicos da sociedade e da economia” são bons sinais, enquanto que o programa para os sem-abrigos não está a ter os resultados previstos para os investimentos que foram apresentados.

Espanha e o impasse político

Com o tempo contado, o ex-presidente do PSD volta a sua atenção para as eleições espanholas, que asseguram a vitória do PSOE, ainda que sem maioria absoluta. “Não é brilhante”, refere-se aos resultados já apresentados.

Numa primeira conclusão, Marques Mendes sustenta que “os partidos mais à esquerda desceram”, enquanto a “direita sobe e os votos sobem muitíssimo”, sendo que “o Ciudadanos deu um trambolhão” e que “o Vox tem tido um crescimento preocupante para a economia espanhola e para a União Europeia”. Apesar de estas eleições servirem para resolver o impasse criado a 28 de abril, “vai continuar a existir impasse político. Não há maioria absoluta, porque nem com a esquerda há maioria”.

Confrontado com a possibilidade de existirem novas eleições, Luís Marques Mendes refere que “é impossível”. “A economia está a quebrar, os cidadãos estão fartos” e novas eleições serviam “para repetir os resultados de abril ou de agora”. Ainda assim, é possível que surja “um movimento de opinião pública entre PSOE e PP”, sendo este um “entendimento no sentido de fazer um esforço em algumas opções para que o PSOE crie governo”.

“Espanha está em crise há muito tempo e a economia e o desemprego estão em alerta e a sofrer as consequências”, sustentou o comentador, acrescentando que “pela primeira vez, a economia espanhola vai ficar abaixo da economia portuguesa”.

Libertação de Lula da Silva

Abordando o assunto Lula da Silva, que estava preso desde abril de 2018 por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, e que foi libertado esta semana, Marques Mendes sublinha que a sua saída da prisão se deveu a questões jurídicas e políticas.

A questão jurídica prende-se por que “Lula estava e continua condenado”. “Saiu da prisão porque os tribunais decidiram que os réus condenados só podem estar presos depois de estarem esgotados todos os recursos”, sendo que o antigo presidente do Brasil ainda tem um recurso para gastar. Caso o último recurso verifique o mesmo que os outros dois, “Lula volta para a prisão”.

Por sua vez, a questão política prende-se por uma divisão do Brasil, em que uns acreditam na sua inocência e outros não, e pela “indignação da opinião pública”. A “radicalização da vida política do Brasil” é ainda um ponto referido pelo comentador, que afirma que “uma coisa é a oposição a Bolsonaro sem Lula e outra é com Lula, onde a opinião é mais forte”.

Novos partidos sem voz no Parlamento

“Não faz sentido e não devíamos estar a comentar este assunto”, sustenta Marques Mendes. O comentador afirma que o PS, PCP e BE decidiram que estes novos partidos não podem falar porque não foram grupos parlamentares.

No entanto, Marques Mendes levanta a questão do PAN, que no passado só tinha um deputado e que falou. “Acho que isto é desculpa de mau pagador. No passado o PAN também só tinha um deputado e foi aberta uma excepção”, sublinhou.

“A decisão é incompreensível, leviana, insensata”, sustentou, garantindo que é “uma falta de respeito pela democracia e vontade popular”. “A Assembleia da República em vez de respeitar a vontade popular resolve silenciar aqueles que foram eleitos pelos portugueses”, referindo-se aos três novos partidos que ocupam lugar parlamentar.

Marques Mendes foi ainda mais longe e afirmou que a decisão “revela medo” e que “é desta maneira que o Chega vai subir nas sondagens”.

Eleições no PSD

Com Rui Rio, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz apresentados oficialmente como candidatos, Marques Mendes sublinha que existe alguma incerteza no ar sobre quem vai ganhar e que “a possibilidade de uma segunda volta está a deixar muita gente nervosa e inquieta”.

Enquanto Rui Rio está disposto a realizar acordos com Costa, Marques Mendes afirma que Montenegro tem três prioridades. “Preocupação com a união do partido, nega acordos com o Partido Socialista, e tem como objetivo ganhar a autarquia da Câmara Municipal de Lisboa”, sustenta o comentador da SIC, garantindo que Miguel Pinto Luz “quer marcar posição para o futuro”.

No entanto, revela ainda que “o ciclo de candidatos pode ainda não estar fechado”. “Miguel Morgado voltou à ideia de ser candidato e nas últimas semanas esteve a recolher assinaturas” para se candidatar à liderança do partido, garante Marques Mendes.

Tensão no PS?

Regressando ao tema de Fernando Medina poder substituir Centeno na pasta das Finanças, Marques Mendes esclarece e garante que “nunca disse que Medina era hipótese para substituir Centeno. Disse que havia nos ciclos restritos do PS essa hipótese”.

Marques Mendes afirma que “é um sinal muito estranho e bizarro que Mário Centeno tenha sido altamente elogiado e depois seja despromovido”. Assim, o comentador assume ainda um “desconforto entre Costa e Centeno”, esclarecendo que “a sucessão do primeiro-ministro está na agenda e vai dar pano para mangas”.

marcar artigo