Covid-19. Desemprego registado aumenta 9% face a fevereiro. Há mais de 343 mil desempregados

20-04-2020
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São os primeiros dados conhecidos sobre o impacto da pandemia covid-19 no mercado de trabalho nacional. No fim do mês de março de 2020, estavam registadas nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 343.761 pessoas desempregadas. O número consta das estatísticas mensais de desemprego divulgadas esta manhã pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e supera em quase 23 mil o saldo de 321 mil desempregados que a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, divulgou na passada quinta-feira, durante a Comissão de Trabalho e Segurança Social, mas que segundo esclarecimento do Ministério do Trabalho entretanto enviado ao Expresso diriam apenas respeito ao desemprego registado no continente.

O número ainda não supera os 391 mil desempregados registados em Portugal em 2008, durante a crise. Mas a avaliar pelas perspetivas divulgadas pós Ana Mendes Godinho, que apontavam para um aumento de 10% no desemprego registado nos primeiros 15 dias de abril, tudo indica que o superará muito rapidamente. Março fechou com 343.761 desempregados, mais 28.199 do que em fevereiro desde ano. Um aumento de 8,9% que é sobretudo alavanca por um aumento explosivo de 41,4% de desemprego na região do Algarve, maioritariamente profissionais do sector da hotelaria e restauração.

O desemprego aumentou nos três sectores económica face ao mesmo mês de 2019. O sector dos serviços foi aquele em que o aumento registou maior expressão, mais 5,9%. Desagregando este ramo de atividade é possível perceber que que as subidas percentuais mais acentuadas acontecem no alojamento, restauração e similares (+17,9%), atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (+10,3%) e transportes e armazenagem (+9,4%). No sector secundário, o ramo da indústria metalúrgica foi registou o maior aumento (+20,9%).

Os 343.761 desempregados registados nos centros de emprego correspondem a 70,9% de um total de 485.190 pedidos de emprego. Durante o mês de março os centros do IEFP registaram 52.999 inscrições (+35%) do que no mês anterior. Por sua vez, as ofertas de empregos disponíveis diminuíram 11% para as 12.305, bem como as colocações que sofreram uma quebra de 9,3% face ao mês anterior. Em marlo encontraram colocação através do IEFP apenas 5.932 pessoas.

Os números hoje divulgados pelo IEFP são um primeiro indicador do impacto da pandemia covid-19 nas empresas e no emprego em portugal, mas não traduzem a real dimensão do desemprego. Por lado porque nem todos os desempregados estão obrigados a inscrição nos centros de emprego (apenas os que são elegíveis para subsídio de desemprego), depois porque só a partir de meados de março é que as empresas foram confrontadas com o encerramento de atividade decretado pelo Governo.

Num esclarecimento realizado ao Expresso, o Ministério do Trabalho fez saber que os 321 mil desempregados anunciados por Ana Mendes Godinho na passada semana reportam, exclusivamente ao desemprego registado no continente, não abrangendo as regiões autónomas. Da mesma forma, os dados divulgados para os primeiros 15 dias do mês de abril e que dão conta de um aumento de 10% face ao final de março, deixam de fora as regiões autónomas, onde o desemprego só se agravou em 3%.

Em entrevista ao Expresso, o economista e ex-presidente do IEFP, Francisco Madelino, assumia que os indicadores de abril traduzirão melhor a realidade nacional do que os hoje divulgados e recordava que mais de 50% dos desempregados nacionais não recebem qualquer subsídio, não estando por isso obrigados a um registo no IEFP.

São os primeiros dados conhecidos sobre o impacto da pandemia covid-19 no mercado de trabalho nacional. No fim do mês de março de 2020, estavam registadas nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 343.761 pessoas desempregadas. O número consta das estatísticas mensais de desemprego divulgadas esta manhã pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e supera em quase 23 mil o saldo de 321 mil desempregados que a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, divulgou na passada quinta-feira, durante a Comissão de Trabalho e Segurança Social, mas que segundo esclarecimento do Ministério do Trabalho entretanto enviado ao Expresso diriam apenas respeito ao desemprego registado no continente.

O número ainda não supera os 391 mil desempregados registados em Portugal em 2008, durante a crise. Mas a avaliar pelas perspetivas divulgadas pós Ana Mendes Godinho, que apontavam para um aumento de 10% no desemprego registado nos primeiros 15 dias de abril, tudo indica que o superará muito rapidamente. Março fechou com 343.761 desempregados, mais 28.199 do que em fevereiro desde ano. Um aumento de 8,9% que é sobretudo alavanca por um aumento explosivo de 41,4% de desemprego na região do Algarve, maioritariamente profissionais do sector da hotelaria e restauração.

O desemprego aumentou nos três sectores económica face ao mesmo mês de 2019. O sector dos serviços foi aquele em que o aumento registou maior expressão, mais 5,9%. Desagregando este ramo de atividade é possível perceber que que as subidas percentuais mais acentuadas acontecem no alojamento, restauração e similares (+17,9%), atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (+10,3%) e transportes e armazenagem (+9,4%). No sector secundário, o ramo da indústria metalúrgica foi registou o maior aumento (+20,9%).

Os 343.761 desempregados registados nos centros de emprego correspondem a 70,9% de um total de 485.190 pedidos de emprego. Durante o mês de março os centros do IEFP registaram 52.999 inscrições (+35%) do que no mês anterior. Por sua vez, as ofertas de empregos disponíveis diminuíram 11% para as 12.305, bem como as colocações que sofreram uma quebra de 9,3% face ao mês anterior. Em marlo encontraram colocação através do IEFP apenas 5.932 pessoas.

Os números hoje divulgados pelo IEFP são um primeiro indicador do impacto da pandemia covid-19 nas empresas e no emprego em portugal, mas não traduzem a real dimensão do desemprego. Por lado porque nem todos os desempregados estão obrigados a inscrição nos centros de emprego (apenas os que são elegíveis para subsídio de desemprego), depois porque só a partir de meados de março é que as empresas foram confrontadas com o encerramento de atividade decretado pelo Governo.

Num esclarecimento realizado ao Expresso, o Ministério do Trabalho fez saber que os 321 mil desempregados anunciados por Ana Mendes Godinho na passada semana reportam, exclusivamente ao desemprego registado no continente, não abrangendo as regiões autónomas. Da mesma forma, os dados divulgados para os primeiros 15 dias do mês de abril e que dão conta de um aumento de 10% face ao final de março, deixam de fora as regiões autónomas, onde o desemprego só se agravou em 3%.

Em entrevista ao Expresso, o economista e ex-presidente do IEFP, Francisco Madelino, assumia que os indicadores de abril traduzirão melhor a realidade nacional do que os hoje divulgados e recordava que mais de 50% dos desempregados nacionais não recebem qualquer subsídio, não estando por isso obrigados a um registo no IEFP.

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