Costa segura a ministra: "Não vale a pena pedirem a demissão. Quando não tiver confiança, resolvo o problema. Tem toda a minha confiança"

25-08-2020
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Ana Mendes Godinho vai continuar a sentar-se à mesa do Conselho de Ministros, mesmo que a oposição peça a sua demissão a propósito da entrevista ao Expresso. Poucos minutos depois de a ministra ter saído a defender-se, a quilómetros de distância do primeiro-ministro, este saiu a terreiro para dizer que não terá em conta as queixas e críticas da oposição: Ana Mendes Godinho vai continuar como ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. "Não vale a pena pedirem a demissão. Quando não tiver confiança [num membro do Governo], eu resolvo o problema. Tenho toda a confiança na senhora ministra Ana Mendes Godinho e no trabalho excepcional que tem vindo a fazer", disse António Costa esta manhã, à saída de um briefing na Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil.

As declarações iam estudadas: Costa queria não só fazer o roteiro de todas as respostas que foram dadas pelo Governo à situação nos lares, como defender politicamente a ministra em toda a linha, na forma, no conteúdo e perante a oposição: "Está a fazer um excelente trabalho e vai continuar a fazer um excelente trabalho", disse. Para Costa esta não é a altura de alimentar "polémicas artificiais". Por isso, vai "engolir em seco" e "fazer a digestão" do que tem sido dito e não vai responder. "A situação já é suficientemente grave para estarmos a alimentar polémicas artificiais. Cada um faça o seu trabalho", disse. "Não vou responder agora. Não é de polémicas que o país precisa", disse.

"Não há razões para alarme" nos lares

A defesa de Ana Mendes Godinho fez-se assim em dois passos. Para Cosa, o trabalho da ministra na pandemia não é questionável dado que tem encontrado as respostas que o país precisa, desde o reforço das transferências para as instituições particulares de solidariedade social (IPSS), misericórdias e mutualidades em 5,5%, ao investimento nas condições dos lares e também nas acções de testagem em massa, que foram feitas como prevenção. Costa sublinhou ainda as novas prestações sociais que foram criadas para responder à crise social. Perante o trabalho feito e o que ainda falta fazer, Costa não defende que seja altura de colocar em causa a ministra. "Numa fase de crise, do ponto de vista sanitário e social, com pessoas a sofrer com a possibilidade de perder emprego, pessoas que tem menos procura dos serviços que prestam, temos de ter respeito pelos cidadãos e não alimentar polémicas", defendeu.

Também foi uma defesa em relação à forma. Costa leu a entrevista da ministra do Expresso e não viu nas suas palavras uma desvalorização do que se passava nos lares: "Não houve nenhuma tentativa de desvalorizar a gravidade. Se se tratasse de desvalorizar, não tínhamos feito estes trabalhos", disse. "Não há qualquer tipo de desvalorização", repetiu. Contudo, explicou, a ideia era que uma coisa é preocupar outra "criar alarme". "Não podemos confundir a árvore com a floresta, senão as famílias que têm entes queridos em lares 8não ficariam descansadas]. Não podemos criar uma situação de alarme que não se justifica", disse. "O número de lares e o número de pessoas afetadas é diminuta em percentagem. Isto não é desvalorizar. Temos de nos preocupar, mas não há razões para alarme", garantiu.

Outro dos pontos que tem sido apontado à ministra tem sido o facto de Ana Mendes Godinho ter dito que a sua prioridade não era fiscalizar os lares, mas sim apoiá-los. António Costa falou do mesmo, mas lembrando quea competência de fiscalizar é do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e que "o tem feito", mas que estas instituições "não são o inimigo". Costa não disse se leu o relatório polémico da Ordem dos Médicos, diz que há vários e não são propriamente "uma novidade" tendo "até factos contraditórios. Para Costa, o que Ana Mendes Godinho tinha de fazer, fez, ao instaurar um "inquérito" no "dia 12 de Julho e no dia 16 já o estava a comunicar ao Ministério Público".

Ana Mendes Godinho vai continuar a sentar-se à mesa do Conselho de Ministros, mesmo que a oposição peça a sua demissão a propósito da entrevista ao Expresso. Poucos minutos depois de a ministra ter saído a defender-se, a quilómetros de distância do primeiro-ministro, este saiu a terreiro para dizer que não terá em conta as queixas e críticas da oposição: Ana Mendes Godinho vai continuar como ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. "Não vale a pena pedirem a demissão. Quando não tiver confiança [num membro do Governo], eu resolvo o problema. Tenho toda a confiança na senhora ministra Ana Mendes Godinho e no trabalho excepcional que tem vindo a fazer", disse António Costa esta manhã, à saída de um briefing na Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil.

As declarações iam estudadas: Costa queria não só fazer o roteiro de todas as respostas que foram dadas pelo Governo à situação nos lares, como defender politicamente a ministra em toda a linha, na forma, no conteúdo e perante a oposição: "Está a fazer um excelente trabalho e vai continuar a fazer um excelente trabalho", disse. Para Costa esta não é a altura de alimentar "polémicas artificiais". Por isso, vai "engolir em seco" e "fazer a digestão" do que tem sido dito e não vai responder. "A situação já é suficientemente grave para estarmos a alimentar polémicas artificiais. Cada um faça o seu trabalho", disse. "Não vou responder agora. Não é de polémicas que o país precisa", disse.

"Não há razões para alarme" nos lares

A defesa de Ana Mendes Godinho fez-se assim em dois passos. Para Cosa, o trabalho da ministra na pandemia não é questionável dado que tem encontrado as respostas que o país precisa, desde o reforço das transferências para as instituições particulares de solidariedade social (IPSS), misericórdias e mutualidades em 5,5%, ao investimento nas condições dos lares e também nas acções de testagem em massa, que foram feitas como prevenção. Costa sublinhou ainda as novas prestações sociais que foram criadas para responder à crise social. Perante o trabalho feito e o que ainda falta fazer, Costa não defende que seja altura de colocar em causa a ministra. "Numa fase de crise, do ponto de vista sanitário e social, com pessoas a sofrer com a possibilidade de perder emprego, pessoas que tem menos procura dos serviços que prestam, temos de ter respeito pelos cidadãos e não alimentar polémicas", defendeu.

Também foi uma defesa em relação à forma. Costa leu a entrevista da ministra do Expresso e não viu nas suas palavras uma desvalorização do que se passava nos lares: "Não houve nenhuma tentativa de desvalorizar a gravidade. Se se tratasse de desvalorizar, não tínhamos feito estes trabalhos", disse. "Não há qualquer tipo de desvalorização", repetiu. Contudo, explicou, a ideia era que uma coisa é preocupar outra "criar alarme". "Não podemos confundir a árvore com a floresta, senão as famílias que têm entes queridos em lares 8não ficariam descansadas]. Não podemos criar uma situação de alarme que não se justifica", disse. "O número de lares e o número de pessoas afetadas é diminuta em percentagem. Isto não é desvalorizar. Temos de nos preocupar, mas não há razões para alarme", garantiu.

Outro dos pontos que tem sido apontado à ministra tem sido o facto de Ana Mendes Godinho ter dito que a sua prioridade não era fiscalizar os lares, mas sim apoiá-los. António Costa falou do mesmo, mas lembrando quea competência de fiscalizar é do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e que "o tem feito", mas que estas instituições "não são o inimigo". Costa não disse se leu o relatório polémico da Ordem dos Médicos, diz que há vários e não são propriamente "uma novidade" tendo "até factos contraditórios. Para Costa, o que Ana Mendes Godinho tinha de fazer, fez, ao instaurar um "inquérito" no "dia 12 de Julho e no dia 16 já o estava a comunicar ao Ministério Público".

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