Costa tem "toda a confiança" em Ana Mendes Godinho e recusa alimentar "polémicas artificiais"

13-09-2020
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"Não vale a pena pedirem a demissão de membros do Governo. Quando não tiver confiança, resolvo o problema". A afirmação do primeiro-ministro, António Costa, não dava margem para dúvidas. Ana Mendes Godinho mantém-se como ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, depois de ter sido acusada de desvalorizar a situação de covid-19 nos lares de idosos, após a entrevista que deu ao Expresso.

"Tenho toda a confiança no trabalho de Ana Mendes Godinho", garantiu o primeiro-ministro. "Está a fazer um excelente trabalho e vai continuar a fazer um excelente trabalho", defendeu António Costa, que recusou alimentar "polémicas artificiais", em declarações aos jornalistas após presidir à reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON) da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), na sede de Carnaxide.

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O primeiro-ministro diz que "não houve desvalorização" da situação dos lares por parte de Ana Mendes Godinho na entrevista que a ministra deu ao Expresso, publicada no sábado.

"Não houve das palavras da ministra a tentativa de desvalorizar a situação. Os lares não são do Estado, são fruto da atividade do terceiro setor, que são parceiros fundamentais", reforçou. "Neste momento não nos devemos distrair do que é essencial e nem estar com polémicas artificiais. A principal preocupação é como responder a esta realidade".

Ana Mendes Godinho disse ao semanário que a dimensão dos surtos de covid-19 nos lares de idosos "não é demasiado grande em termos de proporção", o que suscitou várias críticas.

Costa coloca-se ao lado da ministra. "O número de lares em que tivemos problemas representa uma percentagem diminuta, isto não é desvalorizar", considerou.

Reguengos de Monsaraz. Segurança Social entregou relatório ao Ministério Público

Também defendeu a ministra quando questionado sobre o relatório da Ordem dos Médicos que aponta várias falhas na gestão do surto que foi detetado num lar em Reguengos de Monsaraz - documento que Ana Mendes Godinho disse ao semanário que não tinha lido, mas esta terça-feira afirmou que já tinha consultado todos os relatórios. "A senhora ministra do trabalho instaurou um inquérito ao lar de Reguengos de Monsaraz e no dia 16 de julho já estava a remeter o inquérito para o ministério público".

E afirmou: "Estes relatórios que têm sido feitos posteriormente não são uma novidade".

António Costa reiterou que, desde o início, tem sido feito uma "grande trabalho de proximidade para reforçar as condições" nas instituições que acolhem idosos e referiu que houve "um aumento de 5,5% na transferência dos apoios aos lares".

Antes de Costa, a ministra reagiu à polémica sobre o documento da Ordem dos Médicos e revelou que a Segurança Social enviou ao Ministério Público um relatório sobre o lar de Reguengos de Monsaraz a 16 de julho, um mês depois do surto de covid-19 que provocou 18 mortos.

"No dia 14 de julho, a Segurança Social fez um relatório de toda a situação e no dia 16 este relatório foi enviado para o Ministério Público", disse a ministra da Solidariedade e Segurança Social em Alcanena, distrito de Santarém.

Há relatórios contraditórios, diz ministra

Ana Mendes Godinho disse que "é nessa sede de processo que devem ser analisadas" todas as "matérias que constam dos vários relatórios que foram produzidos por várias entidades, alguns deles com elementos contraditórios".

"É nessa sede que tudo isso deve ser apurado", afirmou aos jornalistas depois da apresentação de um projeto sobre recuperação de casas degradadas.

Aos jornalistas, Ana Mendes Godinho reiterou que os lares têm sido uma "prioridade" do Governo "desde o início".

"A nossa prioridade tem sido criar todos os mecanismos de apoio para responder a uma pandemia para a qual ninguém estava preparado", afirmou.

Ana Mendes Godinho considera que "a avaliação dos vários relatórios que existem serve para saber o que podemos fazer ainda mais em conjunto" com as instituições (IPSS, mutualistas e e misericórdias). "Já colocamos 6 mil pessoas em lares durante a pandemia. O que estamos a fazer é colocar os recursos humanos antes dos surtos. É um trabalho de todos para responder a este enorme desafio", destacou.

Disse que a sua "missão é proteger quem precisa" e que é "nesse sentido" que vai continuar a trabalhar. "O meu trabalho é garantir que estamos a implementar diariamente todas as medidas para responder e fazer face ao momento completamente extraordinário que todos vivemos", afirmou Ana Mendes Godinho em Alcanena, no distrito de Santarém, assegurando que continuará "sempre a trabalhar" em conjunto com os seus colegas do governo.

Questionada se se sente fragilizada e capaz de continuar no cargo, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social reiterou que a sua missão é "proteger quem precisa" e que "é nesse sentido" que continuará "a trabalhar sempre".

Sublinhou que o Governo vai continuar a "reforçar todos os meios para responder à pandemia que vivemos e apoiar as instituições para proteger quem está nos lares". "Tem sido esse o nosso foco central, de encontrarmos soluções, é isso que nos move. É a nossa grande preocupação proteger as pessoas".

O surto de Reguengos de Monsaraz, detetado em 18 de junho, provocou 162 casos de infeção, a maior parte no lar (80 utentes e 26 profissionais), mas também 56 pessoas da comunidade, tendo morrido 18 doentes (16 utentes e uma funcionária do lar e um homem da comunidade).

Posteriormente, num relatório da auditoria conhecido no dia 6 de agosto, a Ordem dos Médicos disse que o lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva não cumpria as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e apontou responsabilidades à administração, à Autoridade de Saúde Pública e à ARS.

Na oposição, o PSD pediu a audiência urgente da responsável governativa no parlamento, enquanto CDS-PP e Chega exigiram mesmo a sua demissão.

"Não vale a pena pedirem a demissão de membros do Governo. Quando não tiver confiança, resolvo o problema". A afirmação do primeiro-ministro, António Costa, não dava margem para dúvidas. Ana Mendes Godinho mantém-se como ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, depois de ter sido acusada de desvalorizar a situação de covid-19 nos lares de idosos, após a entrevista que deu ao Expresso.

"Tenho toda a confiança no trabalho de Ana Mendes Godinho", garantiu o primeiro-ministro. "Está a fazer um excelente trabalho e vai continuar a fazer um excelente trabalho", defendeu António Costa, que recusou alimentar "polémicas artificiais", em declarações aos jornalistas após presidir à reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON) da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), na sede de Carnaxide.

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O primeiro-ministro diz que "não houve desvalorização" da situação dos lares por parte de Ana Mendes Godinho na entrevista que a ministra deu ao Expresso, publicada no sábado.

"Não houve das palavras da ministra a tentativa de desvalorizar a situação. Os lares não são do Estado, são fruto da atividade do terceiro setor, que são parceiros fundamentais", reforçou. "Neste momento não nos devemos distrair do que é essencial e nem estar com polémicas artificiais. A principal preocupação é como responder a esta realidade".

Ana Mendes Godinho disse ao semanário que a dimensão dos surtos de covid-19 nos lares de idosos "não é demasiado grande em termos de proporção", o que suscitou várias críticas.

Costa coloca-se ao lado da ministra. "O número de lares em que tivemos problemas representa uma percentagem diminuta, isto não é desvalorizar", considerou.

Reguengos de Monsaraz. Segurança Social entregou relatório ao Ministério Público

Também defendeu a ministra quando questionado sobre o relatório da Ordem dos Médicos que aponta várias falhas na gestão do surto que foi detetado num lar em Reguengos de Monsaraz - documento que Ana Mendes Godinho disse ao semanário que não tinha lido, mas esta terça-feira afirmou que já tinha consultado todos os relatórios. "A senhora ministra do trabalho instaurou um inquérito ao lar de Reguengos de Monsaraz e no dia 16 de julho já estava a remeter o inquérito para o ministério público".

E afirmou: "Estes relatórios que têm sido feitos posteriormente não são uma novidade".

António Costa reiterou que, desde o início, tem sido feito uma "grande trabalho de proximidade para reforçar as condições" nas instituições que acolhem idosos e referiu que houve "um aumento de 5,5% na transferência dos apoios aos lares".

Antes de Costa, a ministra reagiu à polémica sobre o documento da Ordem dos Médicos e revelou que a Segurança Social enviou ao Ministério Público um relatório sobre o lar de Reguengos de Monsaraz a 16 de julho, um mês depois do surto de covid-19 que provocou 18 mortos.

"No dia 14 de julho, a Segurança Social fez um relatório de toda a situação e no dia 16 este relatório foi enviado para o Ministério Público", disse a ministra da Solidariedade e Segurança Social em Alcanena, distrito de Santarém.

Há relatórios contraditórios, diz ministra

Ana Mendes Godinho disse que "é nessa sede de processo que devem ser analisadas" todas as "matérias que constam dos vários relatórios que foram produzidos por várias entidades, alguns deles com elementos contraditórios".

"É nessa sede que tudo isso deve ser apurado", afirmou aos jornalistas depois da apresentação de um projeto sobre recuperação de casas degradadas.

Aos jornalistas, Ana Mendes Godinho reiterou que os lares têm sido uma "prioridade" do Governo "desde o início".

"A nossa prioridade tem sido criar todos os mecanismos de apoio para responder a uma pandemia para a qual ninguém estava preparado", afirmou.

Ana Mendes Godinho considera que "a avaliação dos vários relatórios que existem serve para saber o que podemos fazer ainda mais em conjunto" com as instituições (IPSS, mutualistas e e misericórdias). "Já colocamos 6 mil pessoas em lares durante a pandemia. O que estamos a fazer é colocar os recursos humanos antes dos surtos. É um trabalho de todos para responder a este enorme desafio", destacou.

Disse que a sua "missão é proteger quem precisa" e que é "nesse sentido" que vai continuar a trabalhar. "O meu trabalho é garantir que estamos a implementar diariamente todas as medidas para responder e fazer face ao momento completamente extraordinário que todos vivemos", afirmou Ana Mendes Godinho em Alcanena, no distrito de Santarém, assegurando que continuará "sempre a trabalhar" em conjunto com os seus colegas do governo.

Questionada se se sente fragilizada e capaz de continuar no cargo, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social reiterou que a sua missão é "proteger quem precisa" e que "é nesse sentido" que continuará "a trabalhar sempre".

Sublinhou que o Governo vai continuar a "reforçar todos os meios para responder à pandemia que vivemos e apoiar as instituições para proteger quem está nos lares". "Tem sido esse o nosso foco central, de encontrarmos soluções, é isso que nos move. É a nossa grande preocupação proteger as pessoas".

O surto de Reguengos de Monsaraz, detetado em 18 de junho, provocou 162 casos de infeção, a maior parte no lar (80 utentes e 26 profissionais), mas também 56 pessoas da comunidade, tendo morrido 18 doentes (16 utentes e uma funcionária do lar e um homem da comunidade).

Posteriormente, num relatório da auditoria conhecido no dia 6 de agosto, a Ordem dos Médicos disse que o lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva não cumpria as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e apontou responsabilidades à administração, à Autoridade de Saúde Pública e à ARS.

Na oposição, o PSD pediu a audiência urgente da responsável governativa no parlamento, enquanto CDS-PP e Chega exigiram mesmo a sua demissão.

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