O talento secular

10-12-2019
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O talento secular

Qualquer pessoa, daquelas que não andam nuas no Terreiro do Paço com um candelabro enfiado até ao pâncreas, olha para as notícias sobre figuras como o bi-inlicenciado Nuno Félix ou o mono-inlicenciado Rui Roque como um boi olha para um palácio. Em particular porque os inlicenciados estão no interior do palácio e o bois somos nós. Nada nos surpreende quando o governo é do PS, o que só indica que estamos condicionados a aceitar que dali só vêm notícias destas e que tratamos com a indiferença de um “podia ser pior”. E podia, se, por exemplo, se apanhasse o Passos Coelho a lavar as mãos sem sabão anti-bacteriano ou outra daquelas barbaridades que ele fazia. Ou, pior ainda, se fosse o filho do gasolineiro de província, o pindérico da marquise que concluiu mesmo a licenciatura.

O que tem o PS para atrair estas figuras? Explicações antropológicas são desnecessárias: tal como as moscas conhecem a nossa condição bovina, é pelas traseiras que estes seres encontram o alimento. A maior parte destes chegou ali pela mão amiga do inengenheiro, inmestrando e, como já se sabe, inautor de livros, o senhor Sócrates, pessoa que pagou o já recordista mundial do Guinness para blogue mais caro do mundo, o Câmara Corporativa. Dali para o governo ou para duas ou três licenciaturas e consumação matrimonial com unicórnios é um tirinho. Para o infinito e mais além. Nada nem ninguém pode parar o progresso.

Claro, sabia-se que, mais cedo ou mais tarde, teriam que começar a cair como tordos. Quando não dá para todos é sempre questão de determinar os elos mais fracos e empurrar as criaturas dispensáveis para a pira do regime. Seria interessante perceber quem fica por atirar, mas, sinceramente, ninguém quer saber disso. Enquanto houver abundância destes manetas cegos que fazem malabarismo com motosserras, e eles brotam como pus, a gente espera, como o boi que se limita a olhar para o palácio. Mais logo se verá quem fica de pé.

O talento secular

Qualquer pessoa, daquelas que não andam nuas no Terreiro do Paço com um candelabro enfiado até ao pâncreas, olha para as notícias sobre figuras como o bi-inlicenciado Nuno Félix ou o mono-inlicenciado Rui Roque como um boi olha para um palácio. Em particular porque os inlicenciados estão no interior do palácio e o bois somos nós. Nada nos surpreende quando o governo é do PS, o que só indica que estamos condicionados a aceitar que dali só vêm notícias destas e que tratamos com a indiferença de um “podia ser pior”. E podia, se, por exemplo, se apanhasse o Passos Coelho a lavar as mãos sem sabão anti-bacteriano ou outra daquelas barbaridades que ele fazia. Ou, pior ainda, se fosse o filho do gasolineiro de província, o pindérico da marquise que concluiu mesmo a licenciatura.

O que tem o PS para atrair estas figuras? Explicações antropológicas são desnecessárias: tal como as moscas conhecem a nossa condição bovina, é pelas traseiras que estes seres encontram o alimento. A maior parte destes chegou ali pela mão amiga do inengenheiro, inmestrando e, como já se sabe, inautor de livros, o senhor Sócrates, pessoa que pagou o já recordista mundial do Guinness para blogue mais caro do mundo, o Câmara Corporativa. Dali para o governo ou para duas ou três licenciaturas e consumação matrimonial com unicórnios é um tirinho. Para o infinito e mais além. Nada nem ninguém pode parar o progresso.

Claro, sabia-se que, mais cedo ou mais tarde, teriam que começar a cair como tordos. Quando não dá para todos é sempre questão de determinar os elos mais fracos e empurrar as criaturas dispensáveis para a pira do regime. Seria interessante perceber quem fica por atirar, mas, sinceramente, ninguém quer saber disso. Enquanto houver abundância destes manetas cegos que fazem malabarismo com motosserras, e eles brotam como pus, a gente espera, como o boi que se limita a olhar para o palácio. Mais logo se verá quem fica de pé.

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