Professores ao Infinito: O estado da Educação Sexual

11-09-2020
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Escolas receiam retrocessos na educação sexual

Mais de 80% das escolas cumprem carga horária prevista na lei para a educação sexual. Mas “muitas vezes a lei é cumprida na ‘forma’ e não na filosofia”, diz coordenadora da avaliação.

Não existindo condições reais, é impossível ser realmente cumprido com o que se pede. 

E essas condições teriam de ser dadas pelo MEC, algo que não parece que esteja para acontecer em breve...

Alguns excertos da notícia:

""A lei prevê que a educação sexual deve ser dada através de actividades várias, que podem incluir visitas, projectos, conferências de especialistas... Obrigatório é que se cumpram os objectivos previstos e uma duração mínima de seis horas por ano, no 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, e de 12 horas, no 3.º ciclo e ensino secundário. 

Os professores entrevistados lamentaram igualmente a não existência de uma redução da componente lectiva para o professor coordenador da educação para a saúde (que é quem coordena também a educação sexual) em cada unidade orgânica, “o que representa uma sobrecarga”. E leva, segundo os avaliadores, a que a solução mais fácil seja contratar fora. 

Vários dirigentes e professores sublinham que para cumprir a lei estão a fazer “um enorme esforço” — “Vários questionam a capacidade para continuar este processo nas actuais condições”, lê-se na síntese. 

“Os professores referem-se exaustos, não reconhecidos, os  mais novos não têm formação e as coisas tendem a sucumbir por burn-out”, diz Margarida Matos. E continua: é fundamental que os professores que se envolvem nestes projectos deixem de ser vistos como “carolas” e, por vezes, até, como “pessoas estranhas que não devem ter família porque dão horas e horas à escola”. 

Os avaliadores deixam várias recomendações. Como estas: que seja feito um forte investimento na “formação de técnicos”; que haja mais formação de professores e que se reduza a componente lectiva para um professor por agrupamento, “mantendo a actual figura do professor coordenador”.Sugere-se ainda o “restabelecimento de áreas curriculares não disciplinares” — porque muitos professores e directores disseram que com a recente extinção destas áreas (nomeadamente da Formação Cívica), são agora obrigados a utilizar tempos de aulas curriculares para cumprir a lei..."

Escolas receiam retrocessos na educação sexual

Mais de 80% das escolas cumprem carga horária prevista na lei para a educação sexual. Mas “muitas vezes a lei é cumprida na ‘forma’ e não na filosofia”, diz coordenadora da avaliação.

Não existindo condições reais, é impossível ser realmente cumprido com o que se pede. 

E essas condições teriam de ser dadas pelo MEC, algo que não parece que esteja para acontecer em breve...

Alguns excertos da notícia:

""A lei prevê que a educação sexual deve ser dada através de actividades várias, que podem incluir visitas, projectos, conferências de especialistas... Obrigatório é que se cumpram os objectivos previstos e uma duração mínima de seis horas por ano, no 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, e de 12 horas, no 3.º ciclo e ensino secundário. 

Os professores entrevistados lamentaram igualmente a não existência de uma redução da componente lectiva para o professor coordenador da educação para a saúde (que é quem coordena também a educação sexual) em cada unidade orgânica, “o que representa uma sobrecarga”. E leva, segundo os avaliadores, a que a solução mais fácil seja contratar fora. 

Vários dirigentes e professores sublinham que para cumprir a lei estão a fazer “um enorme esforço” — “Vários questionam a capacidade para continuar este processo nas actuais condições”, lê-se na síntese. 

“Os professores referem-se exaustos, não reconhecidos, os  mais novos não têm formação e as coisas tendem a sucumbir por burn-out”, diz Margarida Matos. E continua: é fundamental que os professores que se envolvem nestes projectos deixem de ser vistos como “carolas” e, por vezes, até, como “pessoas estranhas que não devem ter família porque dão horas e horas à escola”. 

Os avaliadores deixam várias recomendações. Como estas: que seja feito um forte investimento na “formação de técnicos”; que haja mais formação de professores e que se reduza a componente lectiva para um professor por agrupamento, “mantendo a actual figura do professor coordenador”.Sugere-se ainda o “restabelecimento de áreas curriculares não disciplinares” — porque muitos professores e directores disseram que com a recente extinção destas áreas (nomeadamente da Formação Cívica), são agora obrigados a utilizar tempos de aulas curriculares para cumprir a lei..."

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