Mário Nogueira e o cartaz em que é comparado a Estaline: “É um insulto pessoal vindo dos garotos da JSD”

30-09-2020
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Mário Nogueira, um dos principais visados no cartaz divulgado esta segunda-feira pela JSD, considera que se trata de um “insulto pessoal” vindo de “garotos que não têm capacidade para fundamentar as suas posições”. Em declarações ao Expresso, o líder da Fenprof sublinha ainda que é preciso assumir responsabilidades e ter noção de que “às vezes existem consequências” para as ações.

“Um insulto pessoal vindo dos garotos da JSD não me surpreende nada. Sempre tive a noção de que gente cuja formação é feita na universidade de Castelo de Vide não tem cabeça para ir mais longe”, diz Mário Nogueira, que esta terça-feira está a participar num encontro de escolas no Funchal. “Independentemente do mau-gosto, considero que existe aqui uma incapacidade absoluta para fazer a discussão política sobre a matéria da educação, por isso sobra-lhes o insulto”, acrescenta.

Apesar de ainda não ter visto o cartaz em causa, o líder da Fenprof diz já saber qual o conteúdo e que o gabinete jurídico do sindicato que lidera está reunido e a avaliar o caso. Refere ainda há limites para o insulto e que o cartaz até pode ser entendido como “uma falta de respeito para quem foi vítima desse ditador”.

“Acho que os insultos devem ter limites, tal como não me passaria pela cabeça fazer um cartaz com a cara do presidente daquele partido [Pedro Passos Coelho] com um bigode à Hitler, embora discorde [das suas políticas] ”.

Mário Nogueira lamenta o sucedido e defende que se trata de uma ação própria de uma direita que se tem caracterizado, nos últimos anos, pela “falta de pensamento político”.

“No final do século passado e no início deste, encontrávamos gente de direita com pensamento político sobre as coisas, nomeadamente sobre a educação. Podíamos discordar sobre o projeto, mas reconhecemos que Roberto Carneiro [ministro da Educação no Governo de Cavaco Silva] ou David Justino [ministro da Educação no Governo de Durão Barroso] eram pessoas que tinham um projeto, que depois podíamos concordar ou discordar… Agora não há nada”, refere.

Esta segunda-feira, a Juventude Social Democrata divulgou um cartaz com a mensagem: “Isto Stalin(do), está!”. A imagem gerou alguma polémica, pois Mário Nogueira surge na figura do antigo líder da União Soviética, Josef Estaline, e Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, é representado como uma marioneta.

Ao Expresso,Cristóvão Simão Ribeiro, líder da JSD justifica a escolha do conceito: “Da mesma forma que Estaline se considerava o único interpretador correto do verdadeiro comunismo, parece-nos que estamos perante um caso em que Mário Nogueira e o Partido Comunista Português, com o senhor ministro da Educação e o Partido Socialista a dizerem ámen, julgam-se os únicos iluminados naquilo que diz respeito às políticas de Educação em Portugal”

“Não ponho em causa que possa ser mal interpretado. Cada pessoa faz a própria interpretação”, responde o jovem social-democrata quando questionado se a comparação não poderia ser mal vista interpretada por algumas pessoas.

Mário Nogueira, um dos principais visados no cartaz divulgado esta segunda-feira pela JSD, considera que se trata de um “insulto pessoal” vindo de “garotos que não têm capacidade para fundamentar as suas posições”. Em declarações ao Expresso, o líder da Fenprof sublinha ainda que é preciso assumir responsabilidades e ter noção de que “às vezes existem consequências” para as ações.

“Um insulto pessoal vindo dos garotos da JSD não me surpreende nada. Sempre tive a noção de que gente cuja formação é feita na universidade de Castelo de Vide não tem cabeça para ir mais longe”, diz Mário Nogueira, que esta terça-feira está a participar num encontro de escolas no Funchal. “Independentemente do mau-gosto, considero que existe aqui uma incapacidade absoluta para fazer a discussão política sobre a matéria da educação, por isso sobra-lhes o insulto”, acrescenta.

Apesar de ainda não ter visto o cartaz em causa, o líder da Fenprof diz já saber qual o conteúdo e que o gabinete jurídico do sindicato que lidera está reunido e a avaliar o caso. Refere ainda há limites para o insulto e que o cartaz até pode ser entendido como “uma falta de respeito para quem foi vítima desse ditador”.

“Acho que os insultos devem ter limites, tal como não me passaria pela cabeça fazer um cartaz com a cara do presidente daquele partido [Pedro Passos Coelho] com um bigode à Hitler, embora discorde [das suas políticas] ”.

Mário Nogueira lamenta o sucedido e defende que se trata de uma ação própria de uma direita que se tem caracterizado, nos últimos anos, pela “falta de pensamento político”.

“No final do século passado e no início deste, encontrávamos gente de direita com pensamento político sobre as coisas, nomeadamente sobre a educação. Podíamos discordar sobre o projeto, mas reconhecemos que Roberto Carneiro [ministro da Educação no Governo de Cavaco Silva] ou David Justino [ministro da Educação no Governo de Durão Barroso] eram pessoas que tinham um projeto, que depois podíamos concordar ou discordar… Agora não há nada”, refere.

Esta segunda-feira, a Juventude Social Democrata divulgou um cartaz com a mensagem: “Isto Stalin(do), está!”. A imagem gerou alguma polémica, pois Mário Nogueira surge na figura do antigo líder da União Soviética, Josef Estaline, e Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, é representado como uma marioneta.

Ao Expresso,Cristóvão Simão Ribeiro, líder da JSD justifica a escolha do conceito: “Da mesma forma que Estaline se considerava o único interpretador correto do verdadeiro comunismo, parece-nos que estamos perante um caso em que Mário Nogueira e o Partido Comunista Português, com o senhor ministro da Educação e o Partido Socialista a dizerem ámen, julgam-se os únicos iluminados naquilo que diz respeito às políticas de Educação em Portugal”

“Não ponho em causa que possa ser mal interpretado. Cada pessoa faz a própria interpretação”, responde o jovem social-democrata quando questionado se a comparação não poderia ser mal vista interpretada por algumas pessoas.

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