Migrantes, Turquia, Ministro da Educação e seu Alegado Comportamento Doloso

15-03-2020
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Muito Estranho que mais de sessenta e dois (62) por cento dos refugiados sejam jovens do sexo masculino. Aparentemente, nos países muçulmanos a idade militar é a partir dos quarenta (40) anos, ou então, os militares nesses países são um grupo elitista e de génese hereditária. Muito estranho que a ONU, UE, USA e ONGs insistam para que a Europa reparta entre si os refugiados de guerra (Síria e Iraque) e os migrantes vindos dos países muçulmanos da Ásia e África, sem que haja uma triagem rigorosa e que se recorra a uma medida de excepção: a de repatriação dos migrantes ilegais.

Muito estranho que logo de início não se tenha estabelecido que os candidatos a permanecer na Europa – temporariamente – fossem somente as mulheres, crianças até aos 10 anos e cidadãos seniores acima dos 65 anos. Muito estranho que os políticos nos queiram impingir uma filosofia ético-social sobre a maneira de pensar e encarar a problemática dos migrantes ilegais.

Muito estranho que a União Europeia tenha decido oferecer milhares de milhões de Euros ao ditador turco com o pretexto de que o homenzito iria ajudar a estancar a sangria de migrantes ilegais disfarçados de refugiados da guerra sírio/islamista. Muito estranho que a UE não soubesse que o Erdogan é um ditador furioso e da pior espécie. Muito estranho que a UE desconheça que o ditador turco manda encarcerar todo e qualquer jornalista que escreva algo que lhe desagrade. Muito estranho que a UE ignore o facto de que ao abrir portas aos cidadãos turcos, estão também a abrir os portões aos amigos terroristas do Erdogan.

Muito estranho que uma organização tutelada pelo Ministério da Educação (Fundação para a Ciência e Tecnologia [FTC]) tenha vindo a terreiro em defesa do actual ministro da educação, Tiago Brandão Rodrigues, para esclarecer que o seu patrão não cometeu nenhuma ilegalidade. Muito estranho que o actual ministro da educação afirme que apesar dos pesares no manuseamento dos fundos, estes foram restituídos na íntegra muito antes do seu ex-orientador Rui Carvalho ter formalmente apresentado queixa à Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Muito estranho que o ministro da educação acuse o seu ex-orientador de fazer acusações “cegas e ofensivas” se no comunicado da FTC sub-entende-se a existência de má fé por parte de Tiago Brandão Rodrigues. Muito estranho que um comportamento duvidoso, rapidamente se transforme em lícito porque o chico-esperto fez uma jogada de antecipação. Muito estranho que o actual ministro da educação não reconheça o seu egoísmo e desconsideração cívica, porque enquanto “inocente” e desnecessariamente fez uso dos dinheiros públicos, houve um estudante que nesse ano, por falta de verba, ficou prejudicado.

Muito estranho o slogan da sessão de esclarecimento do primeiro ministro da esquerda radical à base do seu partido no Hotel Altis “Cumprir a Alternativa, Consolidar a Esperança”. Muito estranho que se consolide a esperança, quando esta depende fundamentalmente da fortitude de espírito e esta é francamente subjectiva e volátil. Muito estranho “consolidar a esperança” quando não se sabe por quanto tempo se deseja esperançar e por quanto tempo o esperançado está disposto a concatenar a requisitada esperança com o desenrolar da sua vida. Muito estranho o “cumprir a alternativa” porque nunca é; mas poderá vir a ser.

Muito estranho o quão descarados são os políticos que não se coíbem de exigir ao povo que viva na corda bamba. Muito estranho quando um político perante o seu miserabilismo, tem a ousadia de crer que a última virtude que com ele perece, é uma descaracterizada esperança de que há sempre alternativas à alternativa.

Muito me estranha, o povo que nada estranha!

Até para a semana    

(Imagem: Natureza Morta Com Símbolos da Virgem Maria - Dirck de Bray)

[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]

Muito Estranho que mais de sessenta e dois (62) por cento dos refugiados sejam jovens do sexo masculino. Aparentemente, nos países muçulmanos a idade militar é a partir dos quarenta (40) anos, ou então, os militares nesses países são um grupo elitista e de génese hereditária. Muito estranho que a ONU, UE, USA e ONGs insistam para que a Europa reparta entre si os refugiados de guerra (Síria e Iraque) e os migrantes vindos dos países muçulmanos da Ásia e África, sem que haja uma triagem rigorosa e que se recorra a uma medida de excepção: a de repatriação dos migrantes ilegais.

Muito estranho que logo de início não se tenha estabelecido que os candidatos a permanecer na Europa – temporariamente – fossem somente as mulheres, crianças até aos 10 anos e cidadãos seniores acima dos 65 anos. Muito estranho que os políticos nos queiram impingir uma filosofia ético-social sobre a maneira de pensar e encarar a problemática dos migrantes ilegais.

Muito estranho que a União Europeia tenha decido oferecer milhares de milhões de Euros ao ditador turco com o pretexto de que o homenzito iria ajudar a estancar a sangria de migrantes ilegais disfarçados de refugiados da guerra sírio/islamista. Muito estranho que a UE não soubesse que o Erdogan é um ditador furioso e da pior espécie. Muito estranho que a UE desconheça que o ditador turco manda encarcerar todo e qualquer jornalista que escreva algo que lhe desagrade. Muito estranho que a UE ignore o facto de que ao abrir portas aos cidadãos turcos, estão também a abrir os portões aos amigos terroristas do Erdogan.

Muito estranho que uma organização tutelada pelo Ministério da Educação (Fundação para a Ciência e Tecnologia [FTC]) tenha vindo a terreiro em defesa do actual ministro da educação, Tiago Brandão Rodrigues, para esclarecer que o seu patrão não cometeu nenhuma ilegalidade. Muito estranho que o actual ministro da educação afirme que apesar dos pesares no manuseamento dos fundos, estes foram restituídos na íntegra muito antes do seu ex-orientador Rui Carvalho ter formalmente apresentado queixa à Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Muito estranho que o ministro da educação acuse o seu ex-orientador de fazer acusações “cegas e ofensivas” se no comunicado da FTC sub-entende-se a existência de má fé por parte de Tiago Brandão Rodrigues. Muito estranho que um comportamento duvidoso, rapidamente se transforme em lícito porque o chico-esperto fez uma jogada de antecipação. Muito estranho que o actual ministro da educação não reconheça o seu egoísmo e desconsideração cívica, porque enquanto “inocente” e desnecessariamente fez uso dos dinheiros públicos, houve um estudante que nesse ano, por falta de verba, ficou prejudicado.

Muito estranho o slogan da sessão de esclarecimento do primeiro ministro da esquerda radical à base do seu partido no Hotel Altis “Cumprir a Alternativa, Consolidar a Esperança”. Muito estranho que se consolide a esperança, quando esta depende fundamentalmente da fortitude de espírito e esta é francamente subjectiva e volátil. Muito estranho “consolidar a esperança” quando não se sabe por quanto tempo se deseja esperançar e por quanto tempo o esperançado está disposto a concatenar a requisitada esperança com o desenrolar da sua vida. Muito estranho o “cumprir a alternativa” porque nunca é; mas poderá vir a ser.

Muito estranho o quão descarados são os políticos que não se coíbem de exigir ao povo que viva na corda bamba. Muito estranho quando um político perante o seu miserabilismo, tem a ousadia de crer que a última virtude que com ele perece, é uma descaracterizada esperança de que há sempre alternativas à alternativa.

Muito me estranha, o povo que nada estranha!

Até para a semana    

(Imagem: Natureza Morta Com Símbolos da Virgem Maria - Dirck de Bray)

[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence)]

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