Marcelo: “É muito popular bater na banca”. Recado para Rio?

04-04-2020
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Marcelo Rebelo de Sousa entende que este é o tempo de os bancos retribuírem aos portugueses tudo os contribuintes fizeram para salvar o sistema financeiro durante os tempos de crise. o Presidente da República, que tal como o Expresso avançou este sábado convocou os banqueiros para uma videoconferência, sublinhou, no entanto, que este não é o momento para atacar a banca.

Durante uma visita a uma exploração agrícola em Vila Franca de Xira, e em declarações aos jornalistas, Marcelo sugeriu que críticas à banca era inauditas. “É muito popular bater na banca…”, lamentou o Presidente.

O recado parece ser dirigido a Rui Rio, que esta semana, no Parlamento, disse que os bancos não podiam “querer ganhar dinheiro com a crise”. “Se a banca apresentar lucros avultados em 2020 e 2021, isso será uma vergonha e uma ingratidão para com os portugueses”, atirou o líder do PSD. O Bloco de Esquerda aproveitou rapidamente a deixa e desafiou o social-democrata a aprovar um diploma que impede a distribuição de dividendos dos bancos aos seus acionistas em 2020.

Seja como for, Marcelo Rebelo de Sousa preferiu não concretizar a quem se dirigia com esta mensagem. O Presidente da República preferiu apelar aos bancos que ajam o quanto antes.

“A banca tem de entrar na corrida contrarrelógio. A economia precisa do dinheiro mais cedo. Um dia mais tarde é pior que um dia mais cedo”, disse.

"A banca deve ao país"

O Presidente justificou a convocatória aos bancos para os ouvir sobre a atual situação, sobre a aplicação das medidas adotadas pelo Governo e sobre "a agilização para que o dinheiro chegue ao terreno".

"A banca deve ao país, por causa das circunstâncias que todos conhecemos, de uma crise que vivemos há anos, um contributo muito importante durante anos. Cada português contribuiu para viabilizar bancos e que felizmente, mérito desses bancos, se viabilizaram, deram a volta por cima", defendeu.

O chefe de Estado, que prestava declarações aos jornalistas num pavilhão agrícola, abrigado da chuva que começou a cair a meio desta visita, acrescentou: "De algum modo esta é uma ocasião de retribuir aos portugueses aquilo que nós fizemos. E é um bocadinho isso que eu vou ouvir, como é que vai fazer chegar aos portugueses aquilo que não pode demorar muito, porque isto está tudo ligado".

Segundo o Presidente da República, "isto é uma corrida contrarrelógio e a banca tem de entrar na corrida contrarrelógio" o mais rapidamente possível, "porque a economia precisa do dinheiro mais cedo, porque as famílias precisam do dinheiro mais cedo, porque os trabalhadores precisam de trabalho mais cedo, precisam de salários mais cedo".

Questionado se entende que os bancos deviam reduzir juros, 'spreads' e não ter lucro neste ano, Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a entrar "nos pormenores", mas relatou já ter ouvido "de vários bancos", sem dar nenhum exemplo, que decidiram não distribuir dividendos, o que saudou.

"Não distribuem dividendos, quer dizer, pegam nos lucros que iam dar aos acionistas, muitos deles são estrangeiros, e dizem aos acionistas estrangeiros, aos americanos, aos chineses, aos espanhóis, aos angolanos e aos portugueses também: não há nada para ninguém em termos de lucros porque precisamos de pegar nesse dinheiro e investir na economia portuguesa. Eu acho que isso obviamente é uma decisão muito sensata, muito sensata", declarou.

O Presidente da República manifestou-se surpreendido com os números de março do desemprego, referindo que "temia mais desempregados logo nestas últimas duas semanas", e considerou que "isso não aconteceu porque as empresas estão a fazer um esforço para aguentar os trabalhadores e os trabalhadores estão a fazer um esforço para se sacrificarem nos seus rendimentos".

"Agora aí é que entra a necessidade do financiamento da economia, tem de entrar mais financiamento na economia, não só português, mas também europeu", insistiu.

Marcelo Rebelo de Sousa entende que este é o tempo de os bancos retribuírem aos portugueses tudo os contribuintes fizeram para salvar o sistema financeiro durante os tempos de crise. o Presidente da República, que tal como o Expresso avançou este sábado convocou os banqueiros para uma videoconferência, sublinhou, no entanto, que este não é o momento para atacar a banca.

Durante uma visita a uma exploração agrícola em Vila Franca de Xira, e em declarações aos jornalistas, Marcelo sugeriu que críticas à banca era inauditas. “É muito popular bater na banca…”, lamentou o Presidente.

O recado parece ser dirigido a Rui Rio, que esta semana, no Parlamento, disse que os bancos não podiam “querer ganhar dinheiro com a crise”. “Se a banca apresentar lucros avultados em 2020 e 2021, isso será uma vergonha e uma ingratidão para com os portugueses”, atirou o líder do PSD. O Bloco de Esquerda aproveitou rapidamente a deixa e desafiou o social-democrata a aprovar um diploma que impede a distribuição de dividendos dos bancos aos seus acionistas em 2020.

Seja como for, Marcelo Rebelo de Sousa preferiu não concretizar a quem se dirigia com esta mensagem. O Presidente da República preferiu apelar aos bancos que ajam o quanto antes.

“A banca tem de entrar na corrida contrarrelógio. A economia precisa do dinheiro mais cedo. Um dia mais tarde é pior que um dia mais cedo”, disse.

"A banca deve ao país"

O Presidente justificou a convocatória aos bancos para os ouvir sobre a atual situação, sobre a aplicação das medidas adotadas pelo Governo e sobre "a agilização para que o dinheiro chegue ao terreno".

"A banca deve ao país, por causa das circunstâncias que todos conhecemos, de uma crise que vivemos há anos, um contributo muito importante durante anos. Cada português contribuiu para viabilizar bancos e que felizmente, mérito desses bancos, se viabilizaram, deram a volta por cima", defendeu.

O chefe de Estado, que prestava declarações aos jornalistas num pavilhão agrícola, abrigado da chuva que começou a cair a meio desta visita, acrescentou: "De algum modo esta é uma ocasião de retribuir aos portugueses aquilo que nós fizemos. E é um bocadinho isso que eu vou ouvir, como é que vai fazer chegar aos portugueses aquilo que não pode demorar muito, porque isto está tudo ligado".

Segundo o Presidente da República, "isto é uma corrida contrarrelógio e a banca tem de entrar na corrida contrarrelógio" o mais rapidamente possível, "porque a economia precisa do dinheiro mais cedo, porque as famílias precisam do dinheiro mais cedo, porque os trabalhadores precisam de trabalho mais cedo, precisam de salários mais cedo".

Questionado se entende que os bancos deviam reduzir juros, 'spreads' e não ter lucro neste ano, Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a entrar "nos pormenores", mas relatou já ter ouvido "de vários bancos", sem dar nenhum exemplo, que decidiram não distribuir dividendos, o que saudou.

"Não distribuem dividendos, quer dizer, pegam nos lucros que iam dar aos acionistas, muitos deles são estrangeiros, e dizem aos acionistas estrangeiros, aos americanos, aos chineses, aos espanhóis, aos angolanos e aos portugueses também: não há nada para ninguém em termos de lucros porque precisamos de pegar nesse dinheiro e investir na economia portuguesa. Eu acho que isso obviamente é uma decisão muito sensata, muito sensata", declarou.

O Presidente da República manifestou-se surpreendido com os números de março do desemprego, referindo que "temia mais desempregados logo nestas últimas duas semanas", e considerou que "isso não aconteceu porque as empresas estão a fazer um esforço para aguentar os trabalhadores e os trabalhadores estão a fazer um esforço para se sacrificarem nos seus rendimentos".

"Agora aí é que entra a necessidade do financiamento da economia, tem de entrar mais financiamento na economia, não só português, mas também europeu", insistiu.

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