Governo cria figura de professor-tutor para ajudar alunos com dois chumbos

11-09-2020
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Governo cria figura de professor-tutor para ajudar alunos com dois chumbos
19 mai, 2016 - 20:22
O projecto, orçado em 15 milhões de euros, começa a ser aplicado no próximo ano lectivo.

O ministro da Educação anunciou a criação, já a partir do próximo ano lectivo, de tutorias para ajudar os alunos com duas ou mais retenções.

A ideia é criar grupos com um máximo de dez alunos que vão passar a ter direito a quatro horas semanais com um professor para "uma ajuda adicional", explicou o ministro Tiago Brandão Rodrigues, em declarações aos jornalistas, no final da sessão plenária.

Nessas tutorias, os alunos terão apoio ao estudo mas também serão ajudados a resolver os problemas que têm na escola ou a gerir problemas que surjam com as turmas e família, exemplificou.

O professor será um "adulto de referência que muitas vezes não existe nestas famílias", acrescentou o secretário de estado João Costa, acrescentando que se trata "de um investimento nestes alunos".

O projecto poderá custar, no máximo, 15 milhões de euros, mas a verba deve ser reduzida consoante os alunos vão atingindo o sucesso académico.

“Cabe-nos acompanhar cada
criança e cada família neste caminho, mesmo que haja insucesso”, defendeu Tiago
Brandão Rodrigues durante a sua declaração no parlamento, em que sublinhou a
aposta do executivo “em garantir que cada criança tenha sucesso”.

A medida anunciada no parlamento, esta quinta-feira, faz parte de uma nova
proposta de Despacho de Organização do Ano Lectivo, que será enviada ainda hoje
aos sindicados.

As aulas de tutoria serão opcionais para os alunos e as quatro
horas previstas serão um complemento ao horário normal. Em algumas escolas poderão recorrer aos professores que tenham
horas disponíveis, noutras poderão ter de ser contratados.

Contra o modelo da anterior equipa governativa, liderada por Nuno
Crato, que criou o ensino vocacional e o alargou aos alunos do básico, a actual
equipa do Ministério da Educação decidiu acabar de forma faseada com este
modelo.

Tiago Brandão Rodrigues disse, no parlamento, que a
existência do ensino vocacional para os alunos do básico (entre o 5.º e o 9.º anos)
é uma forma de “discriminação e dualização precoce”.

Em Janeiro, o executivo anunciou o fim gradual desta via de ensino
no básico, garantindo que, no próximo ano lectivo, já não vão abrir novas
turmas.

Os alunos com mais dificuldades nos estudos - muitos dos quais
acabavam por seguir para o vocacional - vão passar agora a ter mais apoios e
uma das ferramentas é, precisamente, a criação de tutorias para os que
reprovem, pelo menos, dois anos.

“Este é um investimento nos alunos”, sublinhou o secretário de
estado, acrescentando que “os vocacionais eram mais baratos. Mas estamos a
gastar dinheiro com quem mais precisa”.

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19 mai, 2016 - 20:22
O projecto, orçado em 15 milhões de euros, começa a ser aplicado no próximo ano lectivo.

O ministro da Educação anunciou a criação, já a partir do próximo ano lectivo, de tutorias para ajudar os alunos com duas ou mais retenções.

A ideia é criar grupos com um máximo de dez alunos que vão passar a ter direito a quatro horas semanais com um professor para "uma ajuda adicional", explicou o ministro Tiago Brandão Rodrigues, em declarações aos jornalistas, no final da sessão plenária.

Nessas tutorias, os alunos terão apoio ao estudo mas também serão ajudados a resolver os problemas que têm na escola ou a gerir problemas que surjam com as turmas e família, exemplificou.

O professor será um "adulto de referência que muitas vezes não existe nestas famílias", acrescentou o secretário de estado João Costa, acrescentando que se trata "de um investimento nestes alunos".

O projecto poderá custar, no máximo, 15 milhões de euros, mas a verba deve ser reduzida consoante os alunos vão atingindo o sucesso académico.

“Cabe-nos acompanhar cada
criança e cada família neste caminho, mesmo que haja insucesso”, defendeu Tiago
Brandão Rodrigues durante a sua declaração no parlamento, em que sublinhou a
aposta do executivo “em garantir que cada criança tenha sucesso”.

A medida anunciada no parlamento, esta quinta-feira, faz parte de uma nova
proposta de Despacho de Organização do Ano Lectivo, que será enviada ainda hoje
aos sindicados.

As aulas de tutoria serão opcionais para os alunos e as quatro
horas previstas serão um complemento ao horário normal. Em algumas escolas poderão recorrer aos professores que tenham
horas disponíveis, noutras poderão ter de ser contratados.

Contra o modelo da anterior equipa governativa, liderada por Nuno
Crato, que criou o ensino vocacional e o alargou aos alunos do básico, a actual
equipa do Ministério da Educação decidiu acabar de forma faseada com este
modelo.

Tiago Brandão Rodrigues disse, no parlamento, que a
existência do ensino vocacional para os alunos do básico (entre o 5.º e o 9.º anos)
é uma forma de “discriminação e dualização precoce”.

Em Janeiro, o executivo anunciou o fim gradual desta via de ensino
no básico, garantindo que, no próximo ano lectivo, já não vão abrir novas
turmas.

Os alunos com mais dificuldades nos estudos - muitos dos quais
acabavam por seguir para o vocacional - vão passar agora a ter mais apoios e
uma das ferramentas é, precisamente, a criação de tutorias para os que
reprovem, pelo menos, dois anos.

“Este é um investimento nos alunos”, sublinhou o secretário de
estado, acrescentando que “os vocacionais eram mais baratos. Mas estamos a
gastar dinheiro com quem mais precisa”.

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