Marcelo: “Próximos meses serão decisivos” para o projeto europeu

12-06-2020
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"Tentarei ser breve e direto como os empresários gostam". Na plateia de um encontro empresarial ibérico estavam os empresários; na mesa dos oradores sentavam-se governantes, como o Ministro da Economia espanhol, Román Escolano, e o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. E sentava-se Marcelo Rebelo de Sousa, que, de visita a Madrid, não se cansou de sublinhar a importância das relações empresariais e económicas em Portugal e Espanha.

Para cumprir a missão de ser breve e direto, o Presidente concentrou-se em frisar os timings europeus, lembrando que os "próximos meses serão decisivos", que as eleições europeias estão à porta (faltará sensivelmente um ano) e que há decisões em que Portugal e Espanha se devem mostrar como uma frente unida, como "lutar pelo acordo financeiro plurianual, pensar na coesão, na PAC, na união económica, financeira e bancária".

Tudo com objetivos que também ultrapassam a economia: instituições mais fortes travam "populismos e tentações corrosivas do projeto europeu", e por isso é "muito importante que a Europa não adie decisões".

"Sonhar com o nosso êxito numa Europa em crise ou compasso de espera é pura ilusão", garantiu o Presidente. "A Europa a crescer, criar emprego, proporcionar justiça social, é nuclear". E Espanha e Portugal devem avançar juntos nesse percurso, que fazem juntos desde que são democracias e fazem parte da União Europeia, lembrou Marcelo.

Mas os objetivos do Presidente não se ficam pelas fronteiras do continente europeu. "Temos de ir mais longe fora da Europa" - mundo iberoamericano, lusófono, "esta é a ocasião". Portugal e Espanha precisam de "rapidez de concepção e execução". Até porque ambos defendem "um mundo mais aberto e protecionista, uma Europa mais unida e forte", sem "complexos de inferioridade ou superioridade recíprocos" - e "só por uma inaceitável distração ou falta de noção do essencial" não aprofundarão as articulações sobretudo económicas que os unem.

As prioridades na UE

Essas articulações foram referidas por António Saraiva, presidente da CIP também ali presente, que deu exemplos como o mercado europeu de energia, "que na Península Ibérica tem sido adiado", com prioridade para as interconexões nos Pirinéus entre Portugal, Espanha e França. Importante, segundo o presidente da confederação patronal, é também a defesa de uma "política comercial aberta ao mundo", com a "conclusão rápida de acordo ambicioso entre UE e MERCOSUR".

"A prioridade é completar a união bancária e apresentar aos líderes [europeus] um pacote o mais completo possível, também com aspetos novos mas não menos importantes como uma estabilização da zona euro", defendeu o ministro espanhol da Economia, Indústria e Competitividade. E deixou apelos para que Portugal e Espanha aproveitem o "bom momento" que atravessam, assim como elogios à forma como ultrapassaram a crise (e ao facto de o "amigo" Mário Centeno ser agora o presidente do Eurogrupo).

"Ambos enfrentamos hoje um bom momento económico, algo que parecia impossível há uns anos. Depois de sofrer uma dure recessão, é possível recuperação sustentável se se aplicarem as políticas adequadas", frisou, defendendo que as "reformas estruturais" são a base da recuperação.

Mais elogios houve da parte da diretora-geral da Câmara de Comércio espanhola, Inmaculada Riera. "Portugal conseguiu superar recessão rápida graças a valentes decisões de política económica do seu Governo" e da atitude de "empresas e cidadãos". E tem agora "bases muito sólidas", com a saída do procedimento por défice excessivo e o "sector bancário estabilizado". "As 2200 empresas espanholas estabelecidas em Portugal e 400 portuguesas em Espanha contribuíram para esta rápida recuperação". Mesmo que ainda haja "muito a fazer".

"Tentarei ser breve e direto como os empresários gostam". Na plateia de um encontro empresarial ibérico estavam os empresários; na mesa dos oradores sentavam-se governantes, como o Ministro da Economia espanhol, Román Escolano, e o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. E sentava-se Marcelo Rebelo de Sousa, que, de visita a Madrid, não se cansou de sublinhar a importância das relações empresariais e económicas em Portugal e Espanha.

Para cumprir a missão de ser breve e direto, o Presidente concentrou-se em frisar os timings europeus, lembrando que os "próximos meses serão decisivos", que as eleições europeias estão à porta (faltará sensivelmente um ano) e que há decisões em que Portugal e Espanha se devem mostrar como uma frente unida, como "lutar pelo acordo financeiro plurianual, pensar na coesão, na PAC, na união económica, financeira e bancária".

Tudo com objetivos que também ultrapassam a economia: instituições mais fortes travam "populismos e tentações corrosivas do projeto europeu", e por isso é "muito importante que a Europa não adie decisões".

"Sonhar com o nosso êxito numa Europa em crise ou compasso de espera é pura ilusão", garantiu o Presidente. "A Europa a crescer, criar emprego, proporcionar justiça social, é nuclear". E Espanha e Portugal devem avançar juntos nesse percurso, que fazem juntos desde que são democracias e fazem parte da União Europeia, lembrou Marcelo.

Mas os objetivos do Presidente não se ficam pelas fronteiras do continente europeu. "Temos de ir mais longe fora da Europa" - mundo iberoamericano, lusófono, "esta é a ocasião". Portugal e Espanha precisam de "rapidez de concepção e execução". Até porque ambos defendem "um mundo mais aberto e protecionista, uma Europa mais unida e forte", sem "complexos de inferioridade ou superioridade recíprocos" - e "só por uma inaceitável distração ou falta de noção do essencial" não aprofundarão as articulações sobretudo económicas que os unem.

As prioridades na UE

Essas articulações foram referidas por António Saraiva, presidente da CIP também ali presente, que deu exemplos como o mercado europeu de energia, "que na Península Ibérica tem sido adiado", com prioridade para as interconexões nos Pirinéus entre Portugal, Espanha e França. Importante, segundo o presidente da confederação patronal, é também a defesa de uma "política comercial aberta ao mundo", com a "conclusão rápida de acordo ambicioso entre UE e MERCOSUR".

"A prioridade é completar a união bancária e apresentar aos líderes [europeus] um pacote o mais completo possível, também com aspetos novos mas não menos importantes como uma estabilização da zona euro", defendeu o ministro espanhol da Economia, Indústria e Competitividade. E deixou apelos para que Portugal e Espanha aproveitem o "bom momento" que atravessam, assim como elogios à forma como ultrapassaram a crise (e ao facto de o "amigo" Mário Centeno ser agora o presidente do Eurogrupo).

"Ambos enfrentamos hoje um bom momento económico, algo que parecia impossível há uns anos. Depois de sofrer uma dure recessão, é possível recuperação sustentável se se aplicarem as políticas adequadas", frisou, defendendo que as "reformas estruturais" são a base da recuperação.

Mais elogios houve da parte da diretora-geral da Câmara de Comércio espanhola, Inmaculada Riera. "Portugal conseguiu superar recessão rápida graças a valentes decisões de política económica do seu Governo" e da atitude de "empresas e cidadãos". E tem agora "bases muito sólidas", com a saída do procedimento por défice excessivo e o "sector bancário estabilizado". "As 2200 empresas espanholas estabelecidas em Portugal e 400 portuguesas em Espanha contribuíram para esta rápida recuperação". Mesmo que ainda haja "muito a fazer".

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