André Ventura investigado pelo Ministério Público por comentário sobre Joacine: “Estou incomodado, mas tranquilo”

12-06-2020
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O deputado único do Chega, André Ventura, diz que só teve conhecimento de que era alvo de um inquérito por parte do Ministério Público esta sexta-feira na sequência da notícia avançada pelo "Correio da Manhã." "Nunca foi notificado, nem tinha conhecimento desse processo criminal. Só soube pela imprensa", afirma André Ventura ao Expresso.

Em causa está um comentário feito pelo líder do Chega no final de janeiro no Facebook, em que propunha que Joacine Katar Moreira "fosse devolvida ao seu país de origem" que foi alvo de condenação por parte de todos os grupos parlamentares e deu origem a 60 denúncias por parte da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial.

"Estou incomodado não vou mentir, mas tranquilo porque tenho a certeza que a minha conduta não preenche os pressupostos de um crime de racismo", acrescenta o líder do Chega, insistindo que a sua declaração era irónica e poderia ter sido dirigida a qualquer outro deputado.

Ventura diz ainda esperar que o processo seja arquivado, uma vez que está em causa a sua liberdade de expressão, e garante que está disponível para ser ouvido pelo MP. "Não me vou refugiar na minha imunidade parlamentar. Assim que for chamado irei responder", garante.

O deputado acusa ainda várias pessoas de estarem interessadas em prejudicar o seu percurso político no Parlamento, assim como a sua corrida a Belém. "Não podemos deixar que esta histeria do racismo político seja levada também para a esfera judicial. Se não, vai ser uma caça às bruxas. Acho que a Justiça devia estar mais preocupada com grandes processos, como os de corrupção. Mas penso que ninguém irá nessa cantiga, nem a Justiça, nem os portugueses", conclui.

Foi no final de janeiro que o líder do Chega pediu que Joacine Katar Moreira fosse “devolvida ao seu país de origem”, defendendo que isso traria “tranquilidade” para o seu partido e para o país. Apesar de a deputada ter-se remetido ao silêncio, o Livre, partido pelo qual foi eleita nas legislativas, saiu em defesa da deputada única, repudiando os “contínuos ataques de caráter e referências de índole racista”.

O comentário de André Ventura surgiu na sequência de uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2020 apresentada pelo Livre que prevê que o património que se encontre atualmente em museus e arquivos nacionais possa ser identificado e devolvido às antigas colónias.

O deputado único do Chega, André Ventura, diz que só teve conhecimento de que era alvo de um inquérito por parte do Ministério Público esta sexta-feira na sequência da notícia avançada pelo "Correio da Manhã." "Nunca foi notificado, nem tinha conhecimento desse processo criminal. Só soube pela imprensa", afirma André Ventura ao Expresso.

Em causa está um comentário feito pelo líder do Chega no final de janeiro no Facebook, em que propunha que Joacine Katar Moreira "fosse devolvida ao seu país de origem" que foi alvo de condenação por parte de todos os grupos parlamentares e deu origem a 60 denúncias por parte da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial.

"Estou incomodado não vou mentir, mas tranquilo porque tenho a certeza que a minha conduta não preenche os pressupostos de um crime de racismo", acrescenta o líder do Chega, insistindo que a sua declaração era irónica e poderia ter sido dirigida a qualquer outro deputado.

Ventura diz ainda esperar que o processo seja arquivado, uma vez que está em causa a sua liberdade de expressão, e garante que está disponível para ser ouvido pelo MP. "Não me vou refugiar na minha imunidade parlamentar. Assim que for chamado irei responder", garante.

O deputado acusa ainda várias pessoas de estarem interessadas em prejudicar o seu percurso político no Parlamento, assim como a sua corrida a Belém. "Não podemos deixar que esta histeria do racismo político seja levada também para a esfera judicial. Se não, vai ser uma caça às bruxas. Acho que a Justiça devia estar mais preocupada com grandes processos, como os de corrupção. Mas penso que ninguém irá nessa cantiga, nem a Justiça, nem os portugueses", conclui.

Foi no final de janeiro que o líder do Chega pediu que Joacine Katar Moreira fosse “devolvida ao seu país de origem”, defendendo que isso traria “tranquilidade” para o seu partido e para o país. Apesar de a deputada ter-se remetido ao silêncio, o Livre, partido pelo qual foi eleita nas legislativas, saiu em defesa da deputada única, repudiando os “contínuos ataques de caráter e referências de índole racista”.

O comentário de André Ventura surgiu na sequência de uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2020 apresentada pelo Livre que prevê que o património que se encontre atualmente em museus e arquivos nacionais possa ser identificado e devolvido às antigas colónias.

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