Marinho e Pinto resiste a debandada

12-06-2020
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Três meses depois das eleições legislativas, em que não conseguiu eleger nenhum deputado, o Partido Democrático Republicano (PDR) “está moribundo”. A expressão utilizada por vários membros que bateram com a porta é contrariada por Marinho e Pinto, que diz estar a “refundar o partido”.

Dos seis fundadores já só resta o presidente, Marinho e Pinto, e da Comissão Política, da qual faziam parte 11 membros, só sobram cinco. Fernando Condesso, vice-presidente entretanto substituído por Pedro Bourbon, é um dos fundadores que confirmou ao Expresso ter-se afastado em definitivo do PDR.

O ex-líder parlamentar do PSD afirma ter “percebido desde muito cedo que o desfecho seria este”, porque “as pessoas não conseguiram perceber o discurso jurídico e a defesa de José Sócrates, que, apesar de ser juridicamente correta, era muito confusa do ponto de vista político”. E conclui: “Precisava de ter mais massa cinzenta com ele e de ter avançado com os núcleos concelhios. Agora vai muito tarde, as pessoas já desmobilizaram.”

No dia a seguir às eleições legislativas, Condesso pediu para ser substituído e afastou-se, “não tendo neste momento qualquer atividade político-partidária”. Ainda assim, revelou ao Expresso estar “a preparar um texto para voltar a reunir o Grupo de Tomar”, um movimento cívico que engloba várias personalidades, entre elas os também ex-fundadores do PDR Eurico Figueiredo e Fernando Pacheco.

Dois ex-membros do partido adiantam que “o presidente do Conselho Jurisdicional, Manuel Antão, também se demitiu, e o próprio capitão de abril, coronel Sousa e Castro, cabeça de lista por Lisboa, afastou-se e vai desfiliar-se”. (O Expresso tentou contactar Sousa e Castro, mas sem sucesso.) Ou seja, o PDR perde praticamente todas as figuras mais mediáticas.

Presidente diz que partido vai emergir

Marinho e Pinto nega estar cada vez mais só, insiste que anda a “refletir e a reorganizar o partido” e que brevemente este “emergirá de novo”. Passando ao ataque, considera que “têm saído as pessoas que nunca deviam ter entrado. Gente oportunista, que falhou noutros partidos” e que “viraram as costas porque o resultado das eleições não atingiu as suas elevadas expectativas pessoais”. E avisa: “Ainda há mais para sair.” Fonte do partido diz que “atualmente não há mais de mil militantes, e destes apenas entre 200 a 250 pagam quotas”.

O presidente reconhece que o partido “estava muito desorganizado”, que “nunca soube em concreto quantos militantes teve ou tem”, mas acentua que o seu “próximo grande objetivo são as eleições autárquicas”, porque “é aí que o partido vai lançar as suas raízes na sociedade”.

Três meses depois das eleições legislativas, em que não conseguiu eleger nenhum deputado, o Partido Democrático Republicano (PDR) “está moribundo”. A expressão utilizada por vários membros que bateram com a porta é contrariada por Marinho e Pinto, que diz estar a “refundar o partido”.

Dos seis fundadores já só resta o presidente, Marinho e Pinto, e da Comissão Política, da qual faziam parte 11 membros, só sobram cinco. Fernando Condesso, vice-presidente entretanto substituído por Pedro Bourbon, é um dos fundadores que confirmou ao Expresso ter-se afastado em definitivo do PDR.

O ex-líder parlamentar do PSD afirma ter “percebido desde muito cedo que o desfecho seria este”, porque “as pessoas não conseguiram perceber o discurso jurídico e a defesa de José Sócrates, que, apesar de ser juridicamente correta, era muito confusa do ponto de vista político”. E conclui: “Precisava de ter mais massa cinzenta com ele e de ter avançado com os núcleos concelhios. Agora vai muito tarde, as pessoas já desmobilizaram.”

No dia a seguir às eleições legislativas, Condesso pediu para ser substituído e afastou-se, “não tendo neste momento qualquer atividade político-partidária”. Ainda assim, revelou ao Expresso estar “a preparar um texto para voltar a reunir o Grupo de Tomar”, um movimento cívico que engloba várias personalidades, entre elas os também ex-fundadores do PDR Eurico Figueiredo e Fernando Pacheco.

Dois ex-membros do partido adiantam que “o presidente do Conselho Jurisdicional, Manuel Antão, também se demitiu, e o próprio capitão de abril, coronel Sousa e Castro, cabeça de lista por Lisboa, afastou-se e vai desfiliar-se”. (O Expresso tentou contactar Sousa e Castro, mas sem sucesso.) Ou seja, o PDR perde praticamente todas as figuras mais mediáticas.

Presidente diz que partido vai emergir

Marinho e Pinto nega estar cada vez mais só, insiste que anda a “refletir e a reorganizar o partido” e que brevemente este “emergirá de novo”. Passando ao ataque, considera que “têm saído as pessoas que nunca deviam ter entrado. Gente oportunista, que falhou noutros partidos” e que “viraram as costas porque o resultado das eleições não atingiu as suas elevadas expectativas pessoais”. E avisa: “Ainda há mais para sair.” Fonte do partido diz que “atualmente não há mais de mil militantes, e destes apenas entre 200 a 250 pagam quotas”.

O presidente reconhece que o partido “estava muito desorganizado”, que “nunca soube em concreto quantos militantes teve ou tem”, mas acentua que o seu “próximo grande objetivo são as eleições autárquicas”, porque “é aí que o partido vai lançar as suas raízes na sociedade”.

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