Ópera, concertos, conferências e exposições nos 25 anos do Ministério da Ciência e Tecnologia

31-03-2020
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O ministro Manuel Heitor apresentou nesta quarta-feira em Bragança o programa das comemorações do 25.º aniversário do Ministério da Ciência e Tecnologia, criado em 1995 pelo Governo de António Guterres, sob a liderança de José Mariano Gago, que envolve 23 iniciativas em todo o país ao longo do ano, incluindo um espetáculo da Ópera Estatal de Berlim a 18 junho no Teatro Thalia, em Lisboa.

O espetáculo será antecedido de uma conferência para assinalar os 500 anos do nascimento do músico Vicenzo Galilei, pai de Galileu Galilei. Vão decorrer também conferências e debates sobre temas científicos relacionados com a inclusão, as migrações, a revolução digital, o clima e a biodiversidade em Bragança, Faro, Óbidos, Lisboa, Porto, Évora e na Internet. E ainda um concerto sobre "Shakespeare e a Ciência - To Play or not to Play", também no Teatro Thalia (a 17 de abril) - que está a comemorar os seus 200 anos - e um ciclo de concertos comentados sobre o o tema "Escalas do Tempo" no Porto, Coimbra e Lisboa.

Está igualmente previsto o lançamento de nove livros: a reedição de primeiras edições de oito obras relevantes para a promoção da cultura científica (de Antero de Quental, Almeida Garrett, Charles Darwin, Albert Einstein, Garcia de Orta, Pedro Nunes e Júlio Verne); e o livro "Ciência e Tecnologia em Portugal 1995-2020 - construir o futuro através de Redes de Oportunidade", coordenado por Manuel Heitor e Dulce Anahory.

Convergência com a UE deve continuar

Os resultados da aposta na ciência de sucessivos governos, desde a criação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em 1995, estão à vista na convergência com a UE em indicadores tão importantes como as despesas em investigação e desenvolvimento (I&D) em percentagem do PIB, a população empregada na indústria de alta tecnologia e nos serviços intensivos em conhecimento, a percentagem de cientistas na população ativa ou os pedidos de patentes por milhão de habitantes.

Apesar dessa convergência - que apenas não aconteceu nas despesas em I&D durante a crise económica - Portugal está ainda abaixo das médias da UE. Há, no entanto, algumas exceções, como a percentagem de mulheres cientistas e engenheiras, que são mais de 50% do total, contra 41% da média da União Europeia. Portugal está em quarto lugar no ranking europeu, a seguir à Lituânia, Bulgária e Letónia. E globalmente, o nosso país foi o que mais cresceu na ciência europeia nos últimos 25 anos, porque a base de partida era muito baixa.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, reconhece que "a intensidade de I&D e de nível de qualificações dos nossos recursos humanos continuam a ser apontados como dois fatores críticos da competitividade da economia portuguesa, que afetam o crescimento potencial do PIB". Por isso, "compete-nos continuar a consagrar uma trajetória que garanta a convergência com a Europa e a participação ativa e efetiva do país na Europa do conhecimento".

Depois de ultrapassado o défice estrutural da ciência em Portugal até aos anos 90 e durante a crise, "já sabemos bem que o desenvolvimento, a valorização e a internacionalização do sistema científico português passa por consolidar a afirmação internacional das nossas instituições científicas, em associação com a formação avançada de recursos humanos", sublinha o ministro. "E o envolvimento de um grande número de jovens, investigadores, docentes e instituições científicas no desenvolvimento da ciência e tecnologia em Portugal, é a clara demonstração da capacidade já instalada".

Em 2019 foram atribuídas mais de 1600 bolsas de doutoramento e mais de 60 mil bolsas a estudantes universitários carenciados, havendo 385 mil estudantes inscritos no ensino superior. A despesa em I&D ronda os 1,4% do PIB mas a média da UE é superior a 2%. Portugal atingiu o valor máximo - 1,58% - em 2009.

O ministro Manuel Heitor apresentou nesta quarta-feira em Bragança o programa das comemorações do 25.º aniversário do Ministério da Ciência e Tecnologia, criado em 1995 pelo Governo de António Guterres, sob a liderança de José Mariano Gago, que envolve 23 iniciativas em todo o país ao longo do ano, incluindo um espetáculo da Ópera Estatal de Berlim a 18 junho no Teatro Thalia, em Lisboa.

O espetáculo será antecedido de uma conferência para assinalar os 500 anos do nascimento do músico Vicenzo Galilei, pai de Galileu Galilei. Vão decorrer também conferências e debates sobre temas científicos relacionados com a inclusão, as migrações, a revolução digital, o clima e a biodiversidade em Bragança, Faro, Óbidos, Lisboa, Porto, Évora e na Internet. E ainda um concerto sobre "Shakespeare e a Ciência - To Play or not to Play", também no Teatro Thalia (a 17 de abril) - que está a comemorar os seus 200 anos - e um ciclo de concertos comentados sobre o o tema "Escalas do Tempo" no Porto, Coimbra e Lisboa.

Está igualmente previsto o lançamento de nove livros: a reedição de primeiras edições de oito obras relevantes para a promoção da cultura científica (de Antero de Quental, Almeida Garrett, Charles Darwin, Albert Einstein, Garcia de Orta, Pedro Nunes e Júlio Verne); e o livro "Ciência e Tecnologia em Portugal 1995-2020 - construir o futuro através de Redes de Oportunidade", coordenado por Manuel Heitor e Dulce Anahory.

Convergência com a UE deve continuar

Os resultados da aposta na ciência de sucessivos governos, desde a criação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em 1995, estão à vista na convergência com a UE em indicadores tão importantes como as despesas em investigação e desenvolvimento (I&D) em percentagem do PIB, a população empregada na indústria de alta tecnologia e nos serviços intensivos em conhecimento, a percentagem de cientistas na população ativa ou os pedidos de patentes por milhão de habitantes.

Apesar dessa convergência - que apenas não aconteceu nas despesas em I&D durante a crise económica - Portugal está ainda abaixo das médias da UE. Há, no entanto, algumas exceções, como a percentagem de mulheres cientistas e engenheiras, que são mais de 50% do total, contra 41% da média da União Europeia. Portugal está em quarto lugar no ranking europeu, a seguir à Lituânia, Bulgária e Letónia. E globalmente, o nosso país foi o que mais cresceu na ciência europeia nos últimos 25 anos, porque a base de partida era muito baixa.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, reconhece que "a intensidade de I&D e de nível de qualificações dos nossos recursos humanos continuam a ser apontados como dois fatores críticos da competitividade da economia portuguesa, que afetam o crescimento potencial do PIB". Por isso, "compete-nos continuar a consagrar uma trajetória que garanta a convergência com a Europa e a participação ativa e efetiva do país na Europa do conhecimento".

Depois de ultrapassado o défice estrutural da ciência em Portugal até aos anos 90 e durante a crise, "já sabemos bem que o desenvolvimento, a valorização e a internacionalização do sistema científico português passa por consolidar a afirmação internacional das nossas instituições científicas, em associação com a formação avançada de recursos humanos", sublinha o ministro. "E o envolvimento de um grande número de jovens, investigadores, docentes e instituições científicas no desenvolvimento da ciência e tecnologia em Portugal, é a clara demonstração da capacidade já instalada".

Em 2019 foram atribuídas mais de 1600 bolsas de doutoramento e mais de 60 mil bolsas a estudantes universitários carenciados, havendo 385 mil estudantes inscritos no ensino superior. A despesa em I&D ronda os 1,4% do PIB mas a média da UE é superior a 2%. Portugal atingiu o valor máximo - 1,58% - em 2009.

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